Um bebê para o CEO italiano romance Capítulo 19

— Lorenzo, você prestou atenção em alguma coisa que eu falei? — Átila perguntou enquanto me mostrava o trabalho de Gabriela e as coisas que ela havia feito para o Veneza. Balancei a minha cabeça, não sei se foi em afirmação ou em negação. Eu realmente estava aéreo desde que o destino resolveu sorrir pra mim, trazendo a mulher que me tirou a paz por tanto tempo sem que eu precisasse fazer nenhum esforço para aquilo acontecer. Mas, se fosse preciso, eu o faria e estava disposto a tudo para ter ela junto a mim. — Você nem sequer olhou o trabalho da garota. — Ele falou, ganhando a minha atenção.

— Eu estava pensando em algumas coisas… que não tem nada a ver com trabalho. — Respondi e vi ele levantar a sobrancelha em minha direção. Dei de ombros ao virar a tela do computador para mim. Tentei focar a minha atenção na tela, mas na minha cabeça só vinha a cena da interação de Gabriela com Quim. Eu fiquei tão eufórico ao vê-la que nem pensei na possibilidade de ela ter alguém. Na verdade, eu também não pensei naquela possibilidade dois anos atrás. Aquilo não faria a menor diferença. Eu sabia o que queria e não iria facilitar para nenhum outro que pensasse em tê-la.

— Por acaso você está pensando na pessoa que quer encontrar? — Ele perguntou, e eu dei de ombros — Você estava falando quando a Gabriela quando ela passou mal, o que foi bem estranho. — ganhei a minha atenção novamente — Tive a impressão que vocês se conheciam. Lorenzo, cuidado em que vai se medir. Acho que Quim gosta dela, e eu faço gosto pelo casal. — Senti um gosto amargo em minha boca com as palavras de Átila. A possibilidade de ver ela com outro era assombrosa. Eu me martirizava a cada dia pensando dentro enquanto eu estava na Itália, mas eu, infelizmente, não consegui voltar até agora. Eu gostava de Quim, mas se eu sentisse que ela ainda me queria... Nem ele ficaria no meu caminho.

— Átila. Sempre sendo inconveniente. — Desviei os meus olhos de Átila para a pessoa que acabara de proferir aquelas palavras. Vi Serena se aproximou com um sorriso e um decote que não deixou nada a desejar. Eu nunca me incomodei dela usar aquele tipo de roupa, e ela nunca se sentiu desconfortável por usá-las. Acho que ela gosta de exibir o belo resultado das suas próteses de silicone. — Por que enche a cabeça de Lorenzo com essas coisas? — Ela perguntou, e vi Átila revirar os olhos. Átila, Quim e Serena eram as pessoas que eu confiava em largar os meus negócios, e eles não me decepcionavam. Cada um em sua função, davam um jeito para que tudo funcionasse bem.

— “Essas coisas” se chamam trabalho, Serena. Mas eu me esqueço que você só sabe latir ordens por aí, como se fosse a dona do lugar. — Ele afirmou e ganhou um olhar fulminante dela. Serena tinha aquela péssima mania. Eu não queria nenhum pouco de saber que ela poderia estar maltratando os funcionários, quando nem eu, na posição de dono, o faria. — Por falar nisso, nunca mais pense em tentar humilhar a Gabriela outra vez, ela não funciona para você. — Ela abriu a boca, mas nenhum som saiu dali. Fuzilei Serena com o olhar.

— Que história é essa? — Questionei, com interesse naquele assunto, e pude ver Serena quase mudar de cor, mas não porque se sentiu envergonhada pelo que quer que havia feito. Ela estava com raiva por Átila trazer aquilo à tona. — Alguém vai me explicar do que é que estão falando? — Voltei a questionar, e ambos se entreolharam. Átila me explicou o que Serena havia feito. Ela tentou se afastar em primeiro lugar, mas quando viu que não era boa ideia fazer aquilo, ela jogou a culpa em Gabriela, o que não funcionou. Ambos conhecíamos o gênio ruim de Serena. Por outro lado, apesar de Gabriela ser nova ali, já tinha bem mais gente ao seu favor, o que me fazia lembrar das palavras de Átila. Aquilo voltava para me assombrar, contra a minha vontade.

— Foi apenas um mal entendido. O senador está de prova. — Ela falou, chamou a minha atenção. Eu não gostava de nada da ideia daquele homem perto de Gabriela. Eu conhecia a índole dele com mulheres, mulheres belas como Gabriela. O pensamento dele por perto dela me fez ferver o sangue. eu tinha vontade de proibir que ele entrasse aqui, mas eu não seria estúpido o suficiente para manter os meus inimigos longe.

— Que isso não volte a acontecer, Serena. — Eu ordenei, e ela balançou a cabeça em concordância. Vi a cara de confusão de Átila. Ele, mais do que ninguém, sabia como as coisas deveriam funcionar. Eu estava com raiva pelo que ele havia me falado, mas pelo visto Gabriela não deixou barato, e aquilo seria o suficiente por hora. Não queria começar causando um rebuliço sem me inteirar de tudo o que estava na minha ausência. — Nem com a Gabriela e nem com ninguém. — Falei mais firme, e ela deu um meio sorriso.

Depois de tudo parcialmente resolvido, nós três nos sentamos, e Átila me mostrou a precisão do trabalho de Gabriela. Eu não tinha a menor dúvida do trabalho dela. Mesmo antes de saber quem era a administradora, eu já tinha total intenção no trabalho dela e, depois de conhecer tudo, eu via que o que Átila falou dela realmente fazia jus e além. Fiquei realmente empolgado com o trabalho dela e mal podia esperar para ver-la, falar com ela. Bem, na verdade o trabalho seria apenas uma desculpa para que eu pudesse ficar a sós com Gabriela.

Quando Átila e eu saímos de Veneza, eu estava completamente saturado com as investigações de Serena. Ela nem fazia a mínima questão de disfarçar, também pouco se importava que estivéssemos na presença de Átila. Eu me lembro muito bem: por estar fugindo de uma investida dela que eu gostava de ir na Passione na noite em que eu conheci a Gabriela. A mulher queria passar a noite comigo e deixou aquilo bem claro. Nunca foi a minha intenção, pois eu conhecia a personalidade de Serena, e ela não me agradava em nada.

Mas foi graças a estar cortando um dobrado para ter um sossego dela que eu queria indo para a Passione, e se tinha uma coisa que eu não me arrependia na minha vida era de ter ido lá aquele dia e ter encontrado Gabriela. Estava tão distraído que nem percebi a mensagem que havia chegado, e senti o meu sangue gelar ao ver que era uma mensagem de Dominique. Aquele era um dos que estava me visitando. Mas eu comia muito bem Dominique, e ele era falso tal qual uma nota de três. Se eu não conseguisse atender as exigências absurdas, a chácara do Nonno iria diretamente para ele. Maldito! Ele iria destruir o lugar que o Nonno experimentou com muito esforço. Era um crápula, e pior era que conseguia enrolar meus pais.

— Senhor Mancini? Mandou me chamar? — Levantei a minha cabeça para ver a mulher que virava a minha cabeça e minha vida de cabeça para baixo. Ela estava parada na porta, e eu percebi que Gabriela não conseguia me olhar direito. Quase a atitude de quem tinha muita coisa a esconder, mas eu sabia que aquilo não tinha nada a ver.

— Sim, Bella. — Falei aspirava a cadeira à minha frente, e ela deu alguns passos, adentrando a sala de vez. Meus olhos correram pelo corpo dela, me fazendo engolir a seco. Mio Dio, como eu desejava aquela mulher, mas eu sabia que eu precisava ir com calma. Por ela, por mim e também por Quim. Depois das palavras de Átila, eu me sentiria um crápula se acabasse magoando ela ou a Quim. — Eu queria parabenizar você pelo belo trabalho no Veneza. — Eu disse, e ela deu-me um pequeno sorriso.

— Estou desenvolvendo o mesmo esquema para a Passione. — Ela me explicou com os olhos brilhantes. Dava para ver que ela amava o que fazia, e eu poderia ficar ali o dia todo a ouvir falar do seu trabalho. Na verdade, eu poderia ficar o dia todo a ouvir falar de qualquer coisa — Acho que será muito bom para ambos os estabelecimentos. — Afirmou, me trazendo de volta à realidade e me fazendo ver que eu perdi metade de tudo o que ela falou.

— Bella, nós precisamos conversar em um lugar fora daqui. — Falei, não me contendo, e ela parou de boca aberta, me olhando como se não quisesse aquilo. Por um segundo achei que ela fosse sair correndo dali, coisa que eu não entendia, pois sabia que ela sentia o mesmo que eu, mas tinha alguma coisa que a prendia. Será que era Quim? — A menos que você tenha alguma coisa com Quim, Bella, me fale, e eu a deixarei em paz. — Quer dizer, na medida do possível. Não faria nada cafajeste, mas também não ficaria de braços cruzados.

— Com… Com o Quim? — Ela questionou, parecendo realmente surpresa com aquilo. Quase sorria abertamente. Aquele era um sinal de que o caminho estava livre ou talvez tivesse um outro alguém. — Não, eu não tenho nada com o Quim. Ele me chamou para sair, mas ainda não o fez. — Apertei as mãos em punho.

— Bella, eu quero te conhecer melhor. Eu teria feito isso tinha tido tempo há dois anos atrás, mas eu estou querendo fazer agora. Não vou pedir que não saia com o Quim. Você deve fazer o que achar melhor para você. Mas eu também sei que você sente o mesmo que eu. Foi impossível não sentir aquilo naquela noite. — Ela me olhou intensamente, seus sentidos se moviam à medida que ela piscava os olhos verdes intensos.

— Eu posso não ter nada com Quim, — Falou, me fazendo apertar os olhos em sua direção — mas não significa que eu estou totalmente livre. — Era uma garota esperta. Eu já havia prestado atenção naquele detalhe há dois anos atrás. Ela não queria se envolver, não queria dar o braço a torcer também. Levantou a sobrancelha em minha direção, e eu ri. — Eu havia me esquecido do quanto você é… Convencido. — Bella falou e, logo depois, vi o seu rosto ser tomado por um vermelho carmim. - Me desculpe. — Pediu.

— Gosto da sua boa memória, Bella. — Afirmei, e ela engoliu a seco. — Não se desculpe. Eu não sou o seu chefe enquanto estivermos a sós. Até porque, sabemos que já fomos bem além disso. — Gabriela puxou uma muscular. Seus pensamentos estavam naquele momento no mesmo lugar que os meus. Eu achei que tinha sido maravilhoso tê-la quase sem esforço nenhum, mas hoje eu tive a certeza que, quando eu a tivesse depois de todos os esforços, seria mil vezes melhor. Eu poderia apostar tudo que tenho.  

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