Um bebê para o CEO italiano romance Capítulo 34

— Mamã… — Meu filho chamou de onde estava sentado no tapete com os seus brinquedos em volta. Helen havia dado banho nele antes de deixá-lo em casa, o que eu agradecia muito, pois eu ainda estava com os resquícios da dor de cabeça devido às palavras de Quim no escritório. Me abaixei junto a Giovanni e o deixeii para mim. Meu filho não reclamou, já que era aquilo que ele desejava. — Amo… — Ele disse me fazendo olhá-lo, e em seguida abriu um risinho doce para mim. Naquele momento eu decidi que não valia a pena trazer os problemas de fora para os momentos com o meu pequeno e peguei o brinquedo que ele me oferecia.

— Você é tão lindo. Tudo de mais importante da minha vida. — Gio me olhou como se tivesse entendido as minhas palavras perfeitamente. — Agora eu acho que você também é a coisinha mais importante na vida do seu pai. — Falei e toquei o narizinho dele, e ele repetiu o movimento comigo, arrancando uma risada minha e, consequentemente, dele também. Soltei um suspiro e peguei outro brinquedo, incentivando-o a usá-los.

— Papá... Papá — Olhei-o de novo, pois estava demorando para aquilo acontecer. Mas eu achei engraçado ele falar aquela palavra logo depois que Lorenzo apareceu. Ele não chamou Diogo assim. Era o que eu achava que iria acontecer, tendo em vista que Diogo era a figura masculina mais próxima que ele tinha. Ainda estava impactada olhando o meu filho quando o interfone tocou. Deixei ele junto com os seus brinquedos e fui atender. Para a minha surpresa — na verdade, nem tanta surpresa assim —, era Lorenzo.

Fiquei parado um tempo depois de liberar a entrada dele. Ainda não estava acreditando naquela forte coincidência. Olhei em direção a onde Gio estava, e ele continuou a brincar distraidamente, nem parecendo que havia falado “Papá” perfeitamente. Assim que a campainha tocou eu fui até lá, dando de cara com Lorenzo com algumas sacolas à mão. Eu não poderia ter deixado de notar aquilo, já que ele as estendeu aumentou assim que eu abri. Eram sacolas do Tortelline, e eu não poderia dizer que não senti aquilo estranho, principalmente por ele não me avisar que viria. Mas também não poderia esperar menos.

— Bella, sinto por não ter avisado que vinha, mas eu queria pegar o Gio acordado. Vocês já jantaram? — Perguntou ao passar por mim, e eu balancei a minha cabeça em negativa e ganhei um sorriso dele. — Trouxe uma comida especial do Tortelline, e um vinho da chácara. — Falou, me fazendo olhá-lo com interesse. Por um momento eu fiquei vendo-o se movimentar ali, na minha casa, como se estivesse na sua própria, e isso com pouco tempo de conhecimento. Antes que eu pudesse falar alguma coisa, o gritinho e os passos incertos de Gio me desviaram a atenção para ele.

— Meu amor! — Fui em direção a ele o pegando no colo. Os olhos dele estudaram Lorenzo ao vê-lo direito. — O que aconteceu? — Questionei, e Gio indicou o pai, que riu para ele. Arregalei os meus olhos levemente. O que estava sentindo? Gio não tinha muito tempo de convivência com Lorenzo. Aquilo só poderia ser o sentimento paterno se fazendo presente. A mesma ligação que havia comigo era inevitável com eles também.

— Eu posso? — perguntou Lorenzo, estendendo os braços em direção ao filho. Senti o meu peito se encher naquele momento. Era uma emoção ver aquela cena que eu pensei que nunca iria acontecer. Passei Gio para ele, que foi sem reclamar um pouquinho sequer. Não poderia ser diferente, depois de tudo o que ele demonstrava. Lorenzo apertou Gio a ele, o cheirou e ganhou um risinho do nosso filho. — Você é tão lindo… Tão nosso! — Afirmou, me olhando com uma emoção que encantava a qualquer um.

Eu fiquei olhando aquele momento, como a espectadora que eu estava aprendendo a ser. Gio ficou totalmente em paz com Lorenzo, e aquilo era muito bom. A campainha voltou a tocar, e eu franzi o cenho. Deveria ser Helen, que esqueceu alguma coisa de Gio na casa dela. Ainda sob a névoa do encantamento, caminhei até a porta e engoli a seco ao ver quem estava parado ali.. Eu realmente não esperava Diogo. Helen havia me dito que ele e Julia, ambos estavam presos no trabalho. Eu me lembrava bem da última vez em que os dois estiveram juntos. E Diogo não sabia que Lorenzo estava vindo aqui. Ele não aceitaria Lorenzo ter vindo em minha casa e não ter ido procurá-lo pra uma conversa de homem para homem, no maior estilo homem das cavernas.

— Diogo, eu não achei que fosse chegar por agora e vir direto para cá. — Me segurei na porta, impedindo que ele visse o interior do apartamento. — Helen disse que você e Julia estavam pegados no trabalho. — Ele apertou os olhos em minha direção e tentou ver o apartamento. Dei-lhe um sorriso amarelo, atraindo mais a sua desconfiança.

— O que está seguindo aqui, Gabriela? — Perguntou, me tirando do seu caminho. Abriu a porta, me colocando de lado, e entrou no apartamento. Por cima do seu ombro eu vi que ele deu de cara com Lorenzo e Gio em seu colo. A minha preocupação no momento foi só com o meu filho. Eu não estava nem aí se eles estivessem se pegar na porrada, contanto que o meu filho estivesse a salvo. — O que você está fazendo aqui novamente? — Dei a volta em Diogo e tentei pegar o meu filho, que parecia estar se divertindo com tudo aquilo. Para o meu desespero total, choque e um pouco de confusão também.

— Ele está bem aqui! — Lorenzo afirmou e voltou os seus olhos ao meu irmão, que estava atento à interação entre nós três. — Acho que é bem claro a resposta pra você, não? — Ele questionou a Diogo, e eu quase revirei os olhos ao ouvir o meu irmão bufar. Não sabia se ele estava levando aquilo no desdém ou se pularia no pescoço de Lorenzo. — Ele é meu filho! Você acha que eu vou me manter longe dele? — Voltou a questionar. Me virei para Diogo, apenas para vê-lo engolir a seco.

— Acho que vocês precisam se entender. — Constatei. Lorenzo se manteve quieto, já Diogo não poderia deixar a oportunidade passar novamente. Eu sabia que o meu irmão era cimento, e aquilo tudo era um prato cheio para ele.

— Gabriela, esse canalha se aproveitou de você! — Puxei uma longa força muscular e pedi forças para não revirar os olhos diante daquele drama sem tamanho. Ouvi um riso nasalado de Lorenzo e o lancei um olhar ameaçador. O mesmo deu de ombros e foi até os aeroportos de Gio, se abaixando com ele e me dando um momento com Diogo.

— Já chega! De novo essa mesma história? Achei que você já tinha superado isso, principalmente depois de tê-lo confirmado com um soco sem nem receber uma reação da parte dele. — Apontei Lorenzo e vi um pequeno sorriso brilhar nos lábios do meu irmão. — Ninguém se aproveitou de mim. Tente superar isso, se não por mim, pelo Gio. — Apontei com a cabeça em direção onde os dois estavam e vi Diogo perder as suas defesas.

— Tudo bem. Eu vou tentar não ficar remoendo tudo isso. Pelo menos você tirou da cabeça a ideia de sair com aquele outro cara. — Joguei as mãos para o céu. Não tinha jeito. Mesmo quando ele parecia se conter em algo, tinha que vir aquele jeito super protetor dele e falar mais alto. Ele nem fazia ideia de como aquilo me irritava, sempre me irritava. Ouvi Diogo rir e fui em direção a Lorenzo e Gio. Ambos nos receberam com entusiasmo.

Depois de Lorenzo e Diogo fazerem as pazes — contra as suas vontades, mas era a minha e, no fim, era só aquilo que importava —, fiz com que dessem as mãos e até se abraçassem. Sem dizer uma palavra, eles o fizeram. Gio adorou brincar com os dois. Claro que não iriam virar melhores amigos de uma hora pra outra. Eu podia sentir uma animosidade entre eles, mas os mesmos trataram de disfarçar aquilo. Quando Julia chegou, um pouco mais tarde, estávamos terminando o jantar. Ela olhou de Lorenzo para Diogo sem acreditar no que via.

— Eu ainda não posso acreditar. — Ela falou enquanto estava na cozinha. Eu estava esquentando um pouco da comida que Lorenzo havia trazido e já lhe tinha servido uma taça do vinho maravilhoso. Diogo tentou fazer-se de indiferente, mas eu vi como ele gostou de tudo. Julia olhou mais uma vez em direção à sala. — Se eu dissesse que eu iria encontrar essa cena ao chegar do trabalho, eu diria a quem quer que fosse que estava ficando louco. — Falou, e eu ri, tirando a comida do microondas.

— Eles… Na verdade Diogo sentiu que essa coisa infantil dele já estava ultrapassada e que Lorenzo faz muito bem ao Gio, afinal, é pai dele! — Ela balançou a cabeça em concordância e levou a taça à boca, tomando um gole. Vi os seus olhos brilham. Isso porque nem havia experimentado da comida ainda, não que ela não cozinhasse divinamente bem também. Apesar de eu não gostar nem um pouco de Laura, não podia negar que ela era uma chefe excepcional e que não permitia desejar em nada. — Uau. Isso aqui é incrível! — Afirmou, e eu ri, colocando o prato à sua frente.

— Pode apostar que é! — Eu afirmei, e Julia riu. Quase pude ouvi-la gemer ao provar a comida. — Não gosto da Laura, mas ela cozinha divinamente bem. Não é à toa que o Tortelline tem vários prêmios. — Ela me olhou, e eu tomei um gole do vinho na minha taça.

— Eu adoraria ver a cara de cada um naquele lugar ao saber que você tem um filho com o deus da beleza ali na sala. — Ela falou, e eu quase ri, só não o fiz pois imaginava como seriam as suas reações. Com foices e toca em chamas, pronto para me pôr na fogueira.

— Isso está bem perto de acontecer. — Senti um arrepio ao voltar a lembrar-me das palavras de Quim. Eu ainda tinha que ter aquela conversa com Lorenzo, antes que pudéssemos falar a todos sobre o nosso filho.

— Já está mais do que na hora. Esse cara conseguiu mudar a minha opinião sobre ele, não só por causa dessa comida e desse vinho maravilhoso. Desde que o vi, percebeu o modo como ele olhou pra você e Gio. Sabia que ele poderia dar a vida por vocês. — Eu ri ao levar a minha mão a dela. Eu não tinha dúvidas daquilo e sabia que qualquer escolha com Lorenzo seria a certa.  

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