Um bebê para o CEO italiano romance Capítulo 56

Eu acho que eu não estava preparada para a mãe de Lorenzo. Definitivamente eu não estava, mas eu tinha que fingir aquilo para pelo menos convencer a mim mesma. Quando ele me falou que logo ela estaria aqui, eu não imaginei que fosse dois dias depois dele soltar a bomba, e agora eu estava tentando não entrar em surto — se é que aquilo era possível. Sinceramente, eu tinha as minhas desconfianças.

Eu já tinha ensaiado mil maneiras de cumprir a mulher. Com educação recebida, depois eu tinha ensaiado um cumprimento esnobe e até um jeito de não querer estranhar a avó do meu filho. Entre tudo aquilo, eu só não havia imaginado como seria encontrar o antigo caso de Lorenzo. Se eu fosse pensar bem, eu também fui um antigo caso dele — e de uma noite apenas. Balancei a minha cabeça para expulsar aqueles pensamentos. Eu já havia passado aquela fase depois da conversa com Julia e com o próprio Lorenzo.

— Os dois estão tendo um caso. — Ouvi as vozes abafadas atrás da porta. Eu estava sem estoque, fazendo uma contagem de tudo que precisava passar por uma revisão de abastecimento.

— Mas ele está com Gabriela. Me parece bem apaixonado. — Ouvi, mas eu não reconheci a voz. A que falei antes foi a de Laura, eu tinha certeza. Parece que o assunto ali éramos eu e Lorenzo. Continuei no meu lugar, achando interessante aquela troca de informações de Laura com alguns dos garçons.

— Tudo fingimento da parte do nosso querido chefe! — Laura afirmou, me fazendo rir. Ela tinha passado a me tratar melhor depois que soube dos meus envolvimentos com Lorenzo, mas parece que aquilo era só na minha frente — ou a trégua havia acabado. — Ele sempre teve um caso em cada lugar, a prova é que a ex dele está vindo. Soube que nunca se separaram de vez. Serena que o diga. O caso dos dois é antigo, não é à toa que ela sempre se achou a primeira dama. — Laura falou, e eu senti o meu sangue ferver.

— Mas ele sempre colocou a caranguejeira no lugar dela… — Agora eu reconheço a voz. Era Cássio, o garçom, quem estava conversando com Laura. — Até a demitiu, por causa de Gabriela e o filho que ninguém nunca viu. — Ele falou, não dava para saber de que lado ele estava realmente, mas não estava sendo coagido por Laura e as calúnias dela.

— Eu acho que Serena tem razão. Essa criança pode não ser a mesma do Mancini. — Apertei as minhas mãos em punho, mas não pude deixar de reparar que não era a primeira vez em menos de um minuto que Serena era citada. Aquela conversa tinha um propósito, afinal, Cássio era um fofoqueiro de plantão e sabia-se que muito do que eles falavam logo chegaria a alguém. Eu podia jurar que o alvo era eu.

Escutei as vozes se afastando e continuei parando no meu lugar. Parece que eu havia pisado em cimento e estava totalmente presa ao chão depois de ouvir tudo aquilo, não por acreditar em nada do que ouviu de Laura. Eu estava tentando assimilar aquilo tudo e achar o motivo de Serena ser citado, pois o motivo era que a conversa fosse espalhada. Eu tinha as minhas dúvidas sobre Lorenzo já ter tido algo com Serena. Ele teria me falado e ele não fez aquilo, e se não o fez é porque não aconteceu.

Assim que cheguei em minha mesa, me senti ainda um pouco atordoada. Eu tinha ficado um pouco mais no estoque. Quando eu saí não vi Laura, mas passei por Cássio, e o mesmo só balançou a cabeça em cumprimento a mim. Senti vontade de perguntar a ele, mas sabia que não valia a pena, e eu já tinha errado por ouvir conversas pela metade. Daquela vez eu iria me manter na minha, mas com certeza que eu estaria preparada para o que viesse.

— Gabriela, está tudo bem? — Ouvi a pergunta e levantei a minha cabeça, dando de cara com Quim. Eu apenas balancei a cabeça em concordância, e ele apertou os olhos, não acreditando em mim. Eu dei-lhe um sorriso tranquilizador, ou ao menos tentei. — Você tem certeza? — Quim voltou a perguntar, e eu confirmei.

— Você veio buscar a nova planilha da Passione? — Questionei mudando de assunto e vi ele levar a mão na nuca. Seu rosto assumiu um leve tom avermelhado, o que me fez olhar para ele com mais atenção. Ele estava tímido, e eu até podia imaginar o motivo.

— Também. — Levantei a sobrancelha em direção a ele, fazendo com que Quim permanecesse mais vermelho. Eu já havia percebido a interação dele com Lorena, e aquilo me senti feliz por eles — Eu vim chamar Lorena para sair.

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