Um bebê para o CEO italiano romance Capítulo 63

— O… O que? Do que você está falando, Gabriela? — Questionei assim que ela passou pela porta fazendo aquela pergunta absurda — Você não está fazendo sentido. — Falei, pois era a mais pura verdade. Não sabia de onde ela havia tirado aquilo. Primeiro ela vinha com aquilo de se aproximar de Rodolfo e queria que eu conseguisse o mesmo com Serena. Eu não vi problema especificamente se iria fazê-la bem. Agora ela vinha com isso do nada.

— Com a chácara você vai ter que ficar mais tempo por lá. Não tem como você manter uma chácara com a vinícola permanecendo aqui. — Ela falou, e eu soltei um suspiro. De onde ela havia tirado aquele absurdo? Balancei a minha cabeça e me levantei, dando a volta na mesa e parando na frente dela. Via-a engolir a seco.

— Sim, tem como. Mas, se eu ficar um tempo por lá, eu quero vocês comigo. — Falei, e ela apertou os olhos em minha direção. — Gabriela, não tem a mínima chance de eu ficar longe do meu filho e de você. — Falei e fiz ela soltar um suspiro pela intensidade das minhas palavras. — Agora me diga: Quem colocou essas coisas na sua cabeça? — Questionei e vi ela engolir a seco.

— Eu… Na verdade. Bem, quando eu estava chegando, Dominique me alcançou na entrada... — Ela explicou, e eu me coloquei em alerta. Tinha que ser aquele miserável! Eu iria querer-lo por encher a cabeça de Gabriela com aquelas coisas. O problema dele era comigo e com a chácara. Não tinha que colocar a minha mulher e meu filho nisso.

— Aquele canalha! Por que motivo ele falaria essas coisas a você? — Questionei e vi-a desviar os seus olhos rapidamente — Gabriela, o que ele queria mesmo? — Voltei a questionar, e ela soltou um suspiro fundo e voltou o seu olhar a mim.

— Ele queria que eu o convencesse a deixar a chácara com ele. — Falou, e eu apertei as minhas mãos em punho. Eu não estava acreditando nisso... Era um canalha realmente! Além de canalha inescrupulosa, era covarde e não vinha falar comigo pessoalmente. — Depois ele disse que tinha outros motivos para você estar querendo uma chácara. E terminou dizendo que você iria voltar para a Itália. — Engoli a seco. O maldito era articuloso e estava disposto a me infernizar com aquilo.

— Gabriela, eu já contei os meus motivos para querer a chácara que foi deixada para mim. Eu não quero nada que já não me pertença. — Expliquei, me sentindo coagido por ter que replicar aquele assunto novamente. Era aquela a vontade de Dominique, afinal. — O meu interesse é que aquilo foi um patrimônio do meu Nonno, e é algo que eu quero deixar para o nosso filho. — Afirmei, e ela balançou a cabeça em concordância.

— Eu sei. Eu acredito em você quanto a isso. Eu só não suportaria ficar sem você por perto. Essa noite foi um inferno não dormir nos seus braços. — Pelo menos eu não tinha sido o único a penar. Dormir longe dela e do meu filho tinha sido um sufoco, e eu não queria mais aquilo. — Não seria justo com Gio que você fosse embora logo agora. — Ela só podia estar louca. Ou não estava entendendo tudo o que havíamos falado antes.

— Gabriela, eu falei sério quando disse que só você poderia separar a gente. — Segurei seu rosto entre as minhas mãos. Seus olhos estavam focados nos meus. — Mas apenas a gente. Nada vai me separar do meu filho, nem mesmo você. — Falei, e ela balançou a cabeça. Tomei os seus lábios nos meus com a saudade de uma noite que mais parecia de um ano, e ela retribuiu na mesma intensidade.

Ouvi os passos no corredor antes que a porta pudesse ser aberta. Minha mãe me olhou sem entender. Meus olhos se focaram no homem que estava sentado à mesa com uma xícara em mãos e apreciando a vista. Nem a cumprimentei antes de adentrar o quarto, marchando em direção a Dominique. Ele estava usando os olhos em minha direção, mas eu já estava agarrando o colarinho e levantando da cadeira.

— Lourenço! Por Deus, o que está fazendo? — Minha mãe perguntou em choque, mas eu não me virei para ela. Continuei a encarar a canalha à minha frente e que jazia suspensa — Largue-o, Figlio! Per Dío! — Ela suplicou, e vi Dominique mudar de cor. Só naquele momento eu resolvi soltá-lo, e o mesmo caiu de volta na cadeira, tossindo e segurando o pescoço.

— Nunca mais se aproxima da minha mulher. — Falei em tom de ameaça e apontou o dedo em sua direção. — Muito menos a envolver em nada! Nem lhe dê a entender coisas que não existem! — Minha mãe se colocou no meio como mediadora, impedindo que eu avançasse nele novamente.

— Será que não existem mesmo? — Ele teve a capacidade de me provar. Ou ele era burro ou não tinha amor a própria vida. Eu poderia jurar que era um pouco das duas coisas. Fiz menção de ir até ele, e minha mãe me segurou.

— Já chega! Que história é essa? O que está transitório, por Dío? — Minha mãe questionou, e eu a olhei. Vi que a mesma estava entre a cruz e a espada, mas acontece que ela iria ter que tomar uma festa. Ela trouxe esse crápula até aqui e teria que mandar-lo embora.

Contei a ela o que aconteceu. Da abordagem dele a Gabriela e do interesse dele pela chácara. Minha mãe ouviu tudo sem esboçar uma reação, enquanto Dominique mantinha um ar de superioridade e de quem iria ganhar aquela parada. Ele sempre tinha a mania de apelar para o laço de irmandade dos dois. Daquela vez eu esperava que fosse diferente ou eu não responderia por mim. Eu via as diferenças em Chiara desde que ela aprendeu de Gio e esperava que ela se lembrasse que, se não agisse corretamente, ela iria ter pouco contato com o neto, e aquela era a minha palavra final sobre aquilo.

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