Um chefe irritante e irresistível romance Capítulo 190

O nome de Andressa, mesmo depois de tudo o que aconteceu, ainda consegue mexer com Marina de uma forma que ela não esperava. A lembrança das preocupações que a atormentaram mais cedo agora retorna com força total, como um eco incômodo em sua mente. A ligação parecia trazer consigo um peso inesperado, um presságio de que algo mais sério poderia estar acontecendo. Mil pensamentos atravessam sua mente. Por que Andressa estaria ligando? O que poderia ser tão urgente a ponto de ela procurá-la depois de tudo?

— Vai atender? — Victor pergunta, observando o conflito evidente no rosto dela.

Mesmo sabendo que aquela ligação poderia trazer mais complicações, ela decide atender.

— Alô? — sua voz soa hesitante, enquanto segura o celular próximo ao ouvido.

— Alô, estou falando com Marina? — Uma voz masculina pergunta do outro lado da linha, formal e direta.

— Quem deseja? — Marina responde, com um tom preocupado, enquanto aperta o celular com força.

— Me chamo Leonel, sou médico aqui do Hospital São Gabriel. Estou com a Andressa, e ela pediu que eu ligasse para você — explica o homem, numa seriedade evidente em sua voz.

A fala do médico soa como um alarme para Marina. Seu coração acelera e ela sente um nó se formar no estômago. O nome de Andressa, já tão influenciado de emoções conflitantes naquela noite, agora traz um peso ainda maior.

— O que aconteceu? Ela está bem? — Marina pergunta rapidamente, deixando a preocupação evidente em cada palavra.

Victor, ao lado dela, percebe o tom de urgência na conversa e a observa com atenção, tentando entender o que estava acontecendo.

— Andressa está em estado crítico, mas consciente — Leonel continua, com cuidado em sua escolha de palavras. — Ela insistiu muito para que eu entrasse em contato. Disse que precisa falar com você pessoalmente.

Marina fecha os olhos por um momento, tentando processar a informação. Seu coração, já agitado, parece acelerar ainda mais.

— Estou a caminho — responde ela, decidida, antes de desligar o telefone e olhar para Victor.

— O que houve? — ele pergunta, com o cenho franzido.

Hesitando, ele respira fundo e explica:

— A Andressa está no hospital… e quer me ver.

O anúncio faz Victor entrar em alerta instantaneamente. Suas mãos apertam o volante com mais força, e sua expressão endurece, como se uma conexão invisível tivesse sido feita em sua mente. Algo dentro dele, quase instintivo, liga a presença de Andressa no hospital a seu pai.

— O que exatamente ela disse? — Victor pergunta, enquanto sua voz fica mais séria.

Percebendo a mudança no tom dele, Marina hesita por um momento antes de responder.

— Não foi ela quem me ligou e sim o médico que, coincidentemente, se chama Leonel.

Cada vez que escutava algo sobre aquele assunto, mais Victor ligava os pontos das coisas.

— E se for mais uma armadilha dela? — ele pergunta, desconfiado.

— Não acho que a Andressa brincaria com uma coisa tão séria. O médico disse que ela está em estado crítico, mas consciente. E... pediu para me ver — explica, tentando não deixar sua própria preocupação transparecer demais.

Victor franze o cenho, enquanto as suspeitas tomam forma. Ele respira fundo, como se tentasse organizar os pensamentos que começavam a se agitar. Sem dizer mais nada, ele dá partida no carro, agora com um novo destino claro.

— Você não acha que isso tem a ver com o meu pai? — ele pergunta, desviando o olhar rapidamente para ela antes de voltar sua atenção à estrada.