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Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 295

Nada naquele momento podia consolar o coração de Amelie, enquanto ouvia a explicação da mãe sobre tudo o que aconteceu no passado. Cada nova revelação fazia com que ela sentisse mais tristeza e pesar.

Já se passava da meia-noite quando Marina acompanhou a filha até o quarto, onde ela se deita na cama sem ter nem mais forças para chorar.

— Por que isso foi acontecer comigo, mamãe? — pergunta Amelie, segurando o braço da mãe, que está sentada ao seu lado.

— Às vezes a vida nos prega algumas peças que não conseguimos entender, filha — comenta Marina, passando a mão levemente pelos longos cabelos pretos da filha. — Sei que nesse momento tudo parece sem sentido, mas sei que com o tempo você voltará a ser feliz. Logo se apaixonará novamente.

— De tantos homens no mundo, eu fui me apaixonar logo por ele — comenta sem acreditar no que havia acontecido.

Logo, uma grande interrogação surge na cabeça de Marina, algo que a incomoda como um punhal em seu peito, a ponto de perturbá-la. Estava sem jeito de perguntar aquilo para a filha, mas se não tirasse aquela dúvida de sua mente, não conseguiria descansar.

— Filha… — começa, sem saber como perguntar aquilo. — Até onde a relação entre você e o Daniel chegou?

Não era preciso uma pergunta direta para Amelie saber o que a mãe estava perguntando, rapidamente, ela se senta na cama, apoiando as costas na cabeceira.

— Não se preocupe com isso, mãe, nunca passamos dos beijos — diz, sentindo o alívio da mãe.

Mas Amelie também estava aliviada, se houvesse dado um passo a mais naquela relação, não saberia como lidar com a culpa, mesmo sabendo que erraria inconscientemente.

— Filha, tente dormir um pouco — sugere Marina. — Amanhã é um novo dia.

— Tudo bem, mãe, boa noite.

Beijando a testa da filha, Marina se despede. Quando fecha a porta, ainda pode ouvir o choro abafado de Amelie. O som lhe aperta o coração, mas ela sabe que, naquele momento, não há mais nada a ser feito. O sofrimento vai persistir por alguns dias, mas Marina acredita que tomou a decisão certa.

A caminho da cama, ela decide passar pela cozinha para beber um pouco de água. Ao se aproximar da sala, percebe Arthur sentado num canto, com a cabeça baixa e a expressão carregada de preocupação. Ele está sozinho, perdido em pensamentos.

— Achei que já estivesse dormindo — comenta Marina, aproximando-se e sentando ao lado dele. Com um gesto afetuoso, passa o braço pelo ombro do filho.

— Como conseguirei dormir depois do que aconteceu? — Arthur pergunta, ainda com o olhar perdido.

— Eu sei, filho, isso é muito difícil de aceitar para todos nós. Mas está claro que quem mais está sofrendo com tudo isso é a Amelie — Marina responde suavemente.

— Eu sei, mãe. É nela que estou pensando agora. Ela não deveria passar por isso.

Marina concorda, balançando a cabeça.

— Você tem razão, ela não deveria — diz, cheia de compreensão. Então, após um breve momento de reflexão, sorri e continua:

— Mas sabe o que consegui enxergar no meio de tudo isso? — pergunta, com um brilho de ternura nos olhos.

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