Um Sheikh no Brasil romance Capítulo 55

EPÍLOGO

Ri enquanto Seth me carregava nos braços por nossa casa, nosso quarto, o que agora era nosso. Parecia um sonho que a qualquer momento eu acordaria. Mas estava feliz que até agora não havia acordado e esperava que não acordasse ao menos antes dessa noite.

Seth fechou a porta do quarto com a perna e me colocou na cama com cuidado. Parou para me avaliar por alguns segundos, o que me fez sorrir.

― Por que me olhas tanto?

― Não posso olhar minha esposa? ― Ele perguntou faceiro, a sobrancelha levemente arqueada.

― Claro que pode. ― Disse sentindo minhas bochechas corando.

A verdade é que eu estava apreensiva. Não sabia o que esperar, porque na verdade aquela seria a minha primeira noite com alguém. Mas Seth parecia preparado para isso, ainda que eu não estivesse.

― O andar é todo nosso, Ag. Os únicos empregados foram ordenados a continuar no primeiro andar e só temos eu e você nesse andar inteirinho nosso. ― Engoli em seco. Olha que o segundo andar não era pequeno não.

Percebendo a minha apreensão, Seth se aproximou, tirando os sapatos e pulando na cama ao meu lado, onde ele havia me deixado. Observei sua figura próxima de mim e não consegui parar de o encarar enquanto sua mão vinha na direção do meu rosto e seus longos dedos alisavam com carinho e cuidado a minha bochecha.

Minha atenção estava voltada completamente para ele. Os olhos amendoas brilhavam sem desviar dos meus, os longos cílios emoldurando as janelas da alma de Seth. Seu tom acobreado de pele que tanto combinavam com ele brilhavam sob a pouca luz esparsa da janela atrás da cama. Ainda assim, eu não conseguia desviar minha atenção dele e olhar o quarto. Seth tomava toda a atenção minha.

― Amira... ― Sua voz parecia um cortejo profundo, rouco e agradável aos meus ouvidos. ― Você confia em mim? ― Sua voz se juntou ao toque agradável de Seth, que deslizou lentamente pela bochecha até alcançar o lábio superior e por ali ficar emoldurando todo o contorno dele. Não sabia mais como respirar. Essa palavra já tinha sido apagada do meu dicionário.

― Sim. ― Consegui responder num resquício de voz, mas aparentemente foi o suficiente para Seth. Seus dedos pararam de esquentar a minha pele já em brasa para dar lugar aos seus lábios ferventes.

Minhas entranhas se apertaram quando Seth começou a brincar com nossas línguas. Uma tortura constante que me fez fechar os olhos, apenas sentindo. Instintivamente, minha mão subiu até o cabelo de Seth sentindo a maciez da textura, o ferver da sua pele por baixo dos cabelos, enquanto tudo em mim parecia queimar em mil pedacinhos.

Seth puxou meu lábio inferior descendo num rastro que formigava cada célula do meu queixo em direção ao meu pescoço. Um toque tão lento que parecia ativar ainda mais cada mísera célula do meu corpo que ansiava e pedia por um pouco mais dele, apenas um pedaço a mais do seu gosto.

Seth continuou sua tortura. Sua língua começou a lamber tudo que encontrava pela frente. Não sei em que momento ele me deitou, na verdade, nem percebi que estava já deitada. E Seth, por sua vez, não deixou que eu percebesse muita coisa, apenas sentisse. Cada emoção, cada mísero toque torturante.

Sua língua continuou trilhando caminhos torturantes pelo meu pescoço, subindo novamente pelo queixo até encontrar o lóbulo da orelha esquerda. Tomando entre seus lábios, uma mordidinha no ponto certo fez com que eu o apertasse entre meus dedos. Por Deus, por que ele estava me torturando assim?

Minhas mãos que estavam em seu cabelo voaram para seus ombros apertando a pele dele até que a vontade louca de morrer pudesse diminuir ao menos um pouco. Não sabia qual o nome que se dava para o que eu estava sentindo, mas era bom, muito bom.

Seth sorriu parando de mordiscar a minha orelha e voltou seus lábios para os meus tomando o que ele já sabia que era dele. Minhas pernas se apertaram sob a cintura de Seth esperando que a tortura parasse, mas Seth percebendo a minha agonia, parou de me beijar apenas para esclarecer:

― Ag. Isso é só o começo do que quero fazer com você. Ah, se não é... Nós temos tempo, muito tempo... ― E havia um sorriso bobo nos lábios dele.

― Você está fazendo isso só porque antes eu... ― Seth me calou com um selinho para me impedir de falar.

― Minha linda, isso não é tortura... Isso é prazer.

Senti minhas bochechas tomarem escarlate no mesmo segundo, mas Seth ainda fez questão de confirmar! Sua boca desceu pelo meu pescoço num rastro molhado até a minha clavícula. Ali a sua língua lambeu lentamente, descendo mais e mais até se deparar com o vestido que eu usava.

― Você não costuma ter apego sentimental pelas coisas, não é mesmo Amira? ― Ele perguntou, mas eu que já tinha fechado os olhos novamente, levemente tomada pelo torpor, fiquei alguns segundos ainda confusa tentando entender o que ele falava.

― Hã? ― Mas antes mesmo que eu entendesse alguma coisa, um susto gigantesco tomou parte de mim quando vi as mãos de Seth rasgando, sem nenhuma dificuldade, o meu vestido. Não tive tempo nem de processar a informação, antes disso a língua de Seth desceu de encontro o meu seio buscando a ponta entumescida.

― Seth...

Ele provavelmente estava me ignorando de propósito, porque a tortura continuou pela extensão do seio. Minhas mãos aproveitaram para apertar seus braços, sentir o volume por debaixo da camisa, aqueles braços que eu não fazia ideia de quando ele arrumava tempo para malhar. Passeei meus dedos pelos seus ombros e apertei a massa de um dos seus peitos enquanto sentia que podia esmorecer nos braços de Seth se ele continuasse com a tortura.

― Seth... ― Tentei mais uma vez. Felizmente, fosse a minha voz torturada ou outra coisa que eu não sabia, Seth decidiu que a tortura havia sido mais do que suficiente, parando de lamber-me para voltar aos meus lábios beijando-me.

Meu coração parecia a qualquer momento prestes a uma taquicardia, mas ao que eu podia sentir, com minha mão ainda no peito de Seth, o seu também não estava muito diferente. Sorri.

― Muito tempo... ― Disse Seth como se pensasse alto. Abri os olhos apenas para encontrar seus olhos tempestuosos, parecendo viver muito a frente e imaginando coisas que naquele momento eu não conseguia compreender.

A boca de Seth desceu em vários selinhos até encontrar minha barriga beijando-a. A sua mão, por sua vez, se aproveitou do momento para subir lentamente do calcanhar em direção ao joelho e a perna. Seus dedos pareciam dedilhar a minha pele como se ele estivesse compondo uma música. Seus longos dedos pousaram na parte interna da minha coxa fazendo um movimento circular excitante que me fez fechar os olhos novamente e só sentir.

― Vamos brincar um pouquinho... Você tem que ficar quietinha, se não vou ser mal com você. Que tal? ― Perguntou Seth abrindo um largo sorriso.

― Quietinha? Como assim? Eu já não estou quietinha? E você já não está sendo mal, Seth? ― Para minha surpresa, Seth gargalhou.

― Não, eu ainda não estou sendo mal, Ag. Oh, mas eu vou ser se eu ganhar esse jogo, que tal? ― Olhei fixadamente para Seth. Ainda nublada das sensações que sentira a pouco não percebi o brilho de malícia que passava nos olhos de Seth. Aproveitando da minha inocência quanto a noite de núpcias, ele sabia exatamente o que estava fazendo.

― Fechado. E se eu ganhar?

― Se você ganhar, eu sou todo seu, Ag. Você pode escolher o que quiser. ― Sorri.

― Quero só ver. ― Disse. Seth sorriu voltando a me beijar nos lábios com um selinho só para descer novamente num rastro nauseante até onde antes seus dedos pousavam na minha coxa. Percebendo o que ele ia fazer, tentei o demover dos planos diabólicos puxando a sua cabeça novamente para cima.

― Não, não, assim não va-vale. ― Seth riu sem mover um músculo.

― Você não ditou regras, albe.

― Mas agora estou ditando. ― Tentei.

― Agora só tente o que você prometeu. ― Cravei um lábio sob o outro. Argh, porque ele tinha sido tão esperto?

Seth não demorou para começar a beijar minha carne enquanto segurava minha perna para que eu não conseguisse tirá-la da sua direção e acabar com as torturas. Comecei a sentir que apertar um lábio sob o outro não seria suficiente quando sua língua começou a lamber a parte interior da minha coxa subindo lentamente até minha virilha.

Que se danasse o maldito trato, eu não ia aguentar.

Não sei quando comecei a resmungar, mas minha cabeça parecia nublada em outra dimensão quando a língua de Seth começou a puxar minha intimidade e lamber com vigor. Se houvesse uma definição de paraíso, acho que aquela era perfeita. Não percebi que estava fora da minha consciência até o momento que Seth parou de me lamber abruptamente.

― Hey! Porque parou? ― Disse exasperada e no mesmo momento me senti corar por cobrar que ele continuasse. Seth pareceu achar graça gargalhando e suas duas mãos vieram até as minhas bochechas enquanto ele me olhava nos olhos analisando tudo com um olhar malicioso que me fazia ficar ainda mais vermelha.

― Por que assim você vai chegar muito rápido. E quanto mais demorar, mais preparada para mim você vai estar e mais gostoso para nós dois vai ser. ― Ele me disse arqueando uma sobrancelha e abrindo o sorriso mais safado de todos. Antes que eu voltasse a protestar, seus lábios voltaram a cobrir os meus e sua língua voltou a brincar com a minha.

Depois de alguns minutos de beijos, Seth voltou sua atenção para minha intimidade novamente. Sua língua voltou a lamber a extensão dos lábios e a agonia pareceu ser tão palpável que me vi buscando as mãos de Seth e as apertando com força. Eu o queria naquele momento e toda aquela espera estava acabando comigo.

Embora Seth parecesse saber o exato momento para parar ou quem sabe para acabar comigo. Como se eu aguentasse mais. Não, eu estava muito perto de desmaiar ali, se é que isso fosse possível.

Seth então voltou a me beijar enquanto eu o ajudava a se livrar de todas aquelas peças de roupas que ele estava. Senti minhas bochechas corarem ao vê-lo completamente nu. Não que eu não estivesse com vergonha de estar assim na frente dele, mas o ver assim parecia deixar tudo real.

― Não precisa ficar com vergonha, amira. ― Ele respondeu num sussurro.

Continuei olhando para o seu corpo esculturado. Os ombros largos, o quadril marcado por um belo V, os braços levemente torneados, o documentário parecendo uma flecha apontada para mim. Se eu já não era um tomate, estava quase lá.

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