Alex
— A dor que sinto é tão grande — comento com o Humberto enquanto seguro a foto dos meus filhos.
— Meu amigo, vai dar tudo certo. Seus filhos estarão aqui em breve e a Renata será presa — ele fala e quero acreditar no que diz, mas é difícil.
— Cadê a Jackeline? — pergunto, procurando por ela e não encontrando.
— Ela falou que iria ia pegar água e nos encontraria — diz, levanto-me e saio atrás dela
— Jack... Jack... Jackeline? — Eu a chamo, não a vejo e começo a procurar pelo apartamento todo.
Entro no meu quarto e depois vou ao banheiro sempre a chamando, mas nem sinal dela. Desço, procuro-a nos outros cômodos, Humberto me ajuda, e nada.
— Não a encontro em lugar nenhum! — ouço Humberto falar.
— O cofre! — falo. Corro até meu escritório e o vejo aberto. — Não! Não! — grito.
— O que foi houve? — Humberto me pergunta e respondo alterado.
— Ela saiu! — Começo a andar de um lado para o outro. Apanho meu celular e tento ligar para ela. Humberto, sem entender nada, pergunta.
— Como assim, ela saiu? — ele pergunta surpreso.
— Sim, saiu. Estou tentando, ligar pra ela, mas não me atende. — Estou frustrado.
— Onde ela pode ter ido? — Humberto indaga.
— Atrás da Renata. Só pode ser isso! — Fico desesperado.
— Ela vai aparecer. Você vai ver! — ele diz, esperançoso.
— Espero que sim! — respondo querendo ter a esperança dele.
A campainha toca, corro na expectativa de ser Jackeline. Abro a porta e meu coração se parte. Eram os policiais Alves e Faria.
— Senhor Mendonça, como está? — a policial Faria pergunta.
— Nada bem! Estou preocupado com o desaparecimento dos meus filhos e agora também com o da minha namorada! — explodo nervoso, saio da porta e os deixo passar. Estou com muito medo do que possa vir a acontecer com eles.
— O senhor não sabe onde a senhorita Baptista se encontra?
— NÃO!!!!! — declaro e dou um soco na parede.
— Já tentou falar com ela? — a policial Faria pergunta.
— Sim, mas ela não me atende. Já liguei várias e várias vezes.
— Alex, será que a Jackeline não está no quartel? — pergunta o Humberto e olho para ele com esperança.
— Pode ser. Quando saímos da delegacia, ela estava falando com o chefe dela. Vou ligar agora para Rubens. — Pego o meu celular e faço a ligação.
— Alô, Alex! Tudo bem? — Rubens diz assim que me atende.
— Não. Nada está bem. Renata sequestrou meus filhos e Jackeline desapareceu. Ela não está com você? — pergunto com medo da resposta.
— Desculpa, não a vi e nem falei com ela hoje! — Ouço a sua resposta e fico em alerta.
— Rubens, isso é impossível. Eu estava do lado da Jack quando ela falou com você hoje. — digo, desesperado. E todos na sala me olham sem entender nada.
— Não, Alex, impossível. Estive em reunião o dia inteiro. — ele responde e fico sem entender o que aconteceu.
— Então, com quem que ela estava falando, se não era com você? — pergunto, confuso.
— Não faço ideia, Alex. Vou ver aqui se alguém falou com ela hoje e lhe retorno — ele avisa, agradeço e encerramos a ligação. Humberto me olha e pergunta.
— Então?
— Acho que a Jackeline estava falando com a Renata e não com o chefe dela — respondo e tento me lembrar se ouvi algo da conversa.
— E por que você acha que ela estava falando com a Renata? — o policial Alves pergunta curioso.
— Na hora que estávamos no estacionamento da delegacia, ela recebeu uma ligação. Vocês se lembram? — pergunto olhando para eles, que concordam comigo e continuo. — Só pode ter sido a Renata. Vou ligar novamente para Jackeline.
— Se ela foi se encontrar com a Renata, precisamos localizá-la — o policial Alves fala e olha para a amiga dele, que acena em concordância.
— Senhor Mendonça, preciso do número do telefone da senhorita Baptista — a policial Faria pede e passo o número do telefone dela. — Salvei aqui. Vou passar esse número para a central para que seja feito o rastreamento do celular dela.
— Ok! Precisam encontrar a Jackeline e também os meus filhos — peço para eles.
— E nós vamos encontrá-los — o policial Alves afirma. Vejo a policial Peres ligar na central e passar o número da Jackeline. Ela me olha e diz. — Senhor Mendonça, tenta ligar para ela agora. Vamos fazer o rastreamento.
— Ok! — tento ligar mais uma vez, esperando que ela atenda. — Vamos Jackeline, atenda, vai.
— Alô.— atende.
— Jackeline, pelo amor de Deus. Onde você está? — grito de alivio por finalmente ela ter me atendido.
— Eu estou no quartel.— ela mente. E tenho vontade de dar uns tapas nela.
— Mentira! Liguei para Rubens, e ele nem falou com você hoje.
— Alex... — ela me chama e sinto que algo não está certo.
— Jackeline, por favor. Onde você está? — pergunto novamente e olho para a policial Faria, que faz sinal para que eu continue a falar com ela.
— Eu estou... — ela gagueja.
— Por favor, não me diga que você está indo atrás da Renata. — pergunto, desacreditado.
—Eu não estou — ela mente. Meu Deus, essa mulher quer me matar do coração!
— Por favor, me fala onde você está? — peço mais uma vez.
— Eu não posso dizer.— Seu tom de voz me diz que algo não está certo.
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