Alex
— Acho que não entendi direito, Rafa, mas você está me dizendo que é uma mulher? — digo, chocado. Claro que eu não tenho preconceito. Na minha própria agência havia várias seguranças mulheres, mas era para proteção de minhas modelos. Agora saber que eu seria seguido por uma mulher, isso não me deixou nem um pouco confortável.
— Alex, meu amigo, sim, é uma mulher. Ela muito boa no que faz, e saiu daqui faz poucos minutos, talvez vocês até se tenham encontrado.
— Bom, eu não sei? Será? — Fico na dúvida. Mas eu estava preocupado mesmo com as coisas que ainda tinha para resolver.
— Sem problemas. Eu marquei para amanhã mesmo um encontro com ela e quando eu digo que ela é umas das melhores profissionais na área, é porque ela é mesmo.— Rafa diz muito seguro.
— Rafa, eu sei que a sua amiga é profissional, o problema é: Será que ela tem experiência com crianças?
— Eu tenho certeza que sim. — ele diz com fervor. —Tenho certeza de que você não vai nem vai notar quando ela estiver perto de você.
— Hahaha. Com certeza eu vou reparar.— respondo rindo.
— Bom, amanhã você vai conhecer a Jack. Espero que tudo se resolva e logo vocês fique livre disso tudo e consiga colocar a puta da Verônica na cadeia.
— Estou contando com isso. — respondo. Ficamos ali conversando sobre os gêmeos e acabo contando para ele sobre o ocorrido com a Renata.
— Alex já te falei que essa sua empregada está te querendo não é de hoje.
— Realmente, você me disse... — fala suspirando profundamente.
Não era só o Rafa que tinha essa opinião. Outros amigos já haviam comentado que Renata me comia com olhos, eu simplesmente ria e ignorava.
— Só que eu não quero nada com ela, aliás, com mais ninguém! — respondo firme.
— Alex, tenha uma conversa séria com ela. Senão, ela vai se tornar um estorvo igual à Verônica — Rafa me alerta.
Eu estremeço só de pensar nisso. Não quero mais nenhuma mulher, meu coração está fechado, ou melhor, morreu no dia que a Sarah me deixou.
— Eu já pedi para ela me encontrar no escritório e vamos conversar sobre essas atitudes — falo.
Conversamos mais um pouco, e percebo que está quase na hora do almoço, então saio para a agência.
Ao chegar, resolvo alguns problemas e assino algumas papeladas. Em pouco tempo, percebo que o horário de levar as crianças à escola está chegando, mas como não poderia levá-los, eles vão de ônibus escolar. Coloco a mão no bolso e percebo que meu celular não está mais lá. Fico preocupado, onde poderia estar? Procuro por toda sala e nada. Ligo para casa, peço a Renata para falar com as crianças, desejo boa sorte e eles vão para o colégio. Lembro-me do encontro com Rafa e ligo para ele:
— Alô, Rafa. É o Alex. — falo assim que ele me atende.
— Já está com saudades de mim? — Rafa debocha.
— Rafa, fala sério, você se acha demais, né? Não estou ligando para te falar que estou com saudades de você. — debocho e continuo a falar — Liguei porque acho que esqueci meu celular na sua sala. Verifica para mim?
— Só um momento. — ele me responde. Ouço-o colocando o telefone na mesa e andando. Ele pega o telefone de volta. — Alex, aqui não está, até pedi para minha secretaria dar uma olhada na antessala e nada. Tem certeza de que você esqueceu aqui?
— Não sei, Rafa! Começo a achar que o perdi realmente, o problema é que nele há algumas recordações de Sarah.
— Eu sei, meu amigo, então seria melhor você ligar para seu celular. — Rafa me fala e concordo com ele.
— Você tem razão. Eu vou ligar. Pode ser que quem achou me devolva — comento.
— Então liga logo, depois você me fala o que aconteceu — ele completa.
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