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Uma Lycan Rejeitada para o Rei Vampiro romance Capítulo 10

Cyrus Valack

O pescoço alvo e macio se inclinou para mim, expondo suas artérias pulsantes, afastei os cabelos finos e claros daquela criança que me oferecia de bom grado seu sangue doce.

A carne macia cedeu a minha boca, e o gosto intenso daquele rico néctar desceu pela minha garganta. A menina sorriu feliz apesar da dor que sentia, elas sempre sorriam.

{Cyrus?} Nathaniel me chamava pela comunicação mental que unia todos os meus súditos.

Não respondi, e bloqueei sua busca por minha presença. Meu primeiro ministro me procurava por um único motivo; para que eu cumprisse o propósito da celebração na corte mais cedo.

A esta altura ele já sabia que a nova consorte estava abandonada no meu quarto, e eu havia saído assim que a deixei inconsciente na minha cama. A criança lupina sucumbiu à pressão da minha presença antes mesmo de sair da corte.

Carregá-la até o quarto foi o mesmo que levar uma pena entre os dedos.

Seu corpo esquálido e maltratado não era a única coisa que foi massacrada. Quando invadimos aquele covil de escórias, assisti o final do ato repulsivo que fizeram com aquela criança. Me admirava que ela ainda estivesse viva, quando arranquei a cabeça de seus corpos.

A loba não aguentaria uma noite comigo, não nas atuais condições em que estava. O sangue dela nem mesmo fluía com a mesma intensidade que o de um humano. Não pude evitar considerar uma morte rápida e respeitosa para um ser como aquele.

Mas mudei de ideia quando me lembrei do motivo que me fez poupar sua vida e trazê-la para Northshore como minha consorte. Quando meus olhos cruzaram com os dela na escuridão de minha forma espectral, pude sentir uma corrente pulsante de ar que trouxe seu cheiro até mim.

Camuflado sob aquele asqueroso odor que recobria todo o seu corpo, havia um cheiro familiar. Um perfume que remete às calóptas régias da florestas, as flores do rei.

Soltei a garota de cabelos dourados que estava em meu colo, por algum motivo o sangue de uma virgem se tornou amargo e intragável. Limpei meus lábios com o lenço e olhei para a garota pálida no chão que continuava a sorrir debilmente.

- Por que eu não acho que ela vai morrer como as outras.

- Acho que não estamos falando da mesma garota, vossa alteza. – Nathaniel apertou o meio da testa, fechando os olhos, um claro sinal de sua tensão e preocupação. – Nós dois vimos o que fizeram com ela, é impossível que se torne uma consorte depois de se sujeitar aquilo.

- Naty, meu caro amigo Naty. Está subestimando meu poder de intuição. – levei mais um gole do licor aos lábios, sentindo seu gosto melhorar meu paladar. – Aquela loba sobreviveu a tudo o que fizeram com ela naquela sala, também pode sobreviver à loucura.

- Um dos nossos capturou um lobo que estava fugindo durante o ataque. – ele me estendeu os papeis. Verifiquei os selos e assinaturas, eram relatórios detalhados do que tinha acontecido durante a invasão da alcateia Lua Negra. – Olhe o que ele disse quando foi capturado. – Naty apontou para a última folha de papal. – A moça é amaldiçoada, o lobo covarde afirmou que antes que uma semana se complete, todos nós estaremos mortos.

- É mesmo? Uma maldição.... – girei minha caneta que usava para assinar os relatórios. – Isso está ficando ainda mais interessante. Quem você acha que irá morrer, ela ou eu?

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