O gosto dela era muito intenso e doce. Seus lábios aveludados não ofereceram resistência aos meus, mas tão pouco se moveram em retribuição. Me aprofundei em sua boca, sentindo a textura de sua língua pequena, quente e vacilante; explorando ainda mais sua doçura surpreendente.
Desejei que ela enlaçasse o meu pescoço, que nossas bocas se fundissem com a mesma vontade febril que me acometia. Toquei seu corpo, buscando algum sinal de desejo, qualquer reação que poderia me libertar completamente.
Mas não houve nenhuma.
Ravena permanecia parada, estática, me permitindo fazer o que quisesse com ela, como se fosse uma boneca sem vida. Senti o desequilíbrio de minha energia, meus poderes estavam em conflito pela fome desenfreada.
O controle nunca foi difícil para mim, sempre fui excepcional nesse aspecto; mas agora eu só queria me enterrar nessa loba esquálida e usar seu corpo até que seu cheiro não se desgrudasse mais de minha pele.
Se não parasse agora, iria consumir Ravena completamente. Seu corpo e seu sangue seriam meus. Para provar, se saciar, se satisfazer como eu desejasse.
Eu deveria parar?
Seus olhos encontraram os meus, confusos e assustados como um filhote de veado. Seus lábios tingidos de vermelho vivo, inchados e apetitosos fizeram minha garganta ressecar no desespero de possuí-la.
- Durma, Ravena. – ordenei, observando suas pálpebras cederam imediatamente e seu corpo se entregar ao sono.
Toquei seus lábios entreabertos com os meus uma vez mais, percorrendo seu corpo com minhas mãos. A pele dela era tão macia que aquecia meu constante inverno.
O calor de sua intimidade estava me enlouquecendo, e tocá-la sobre a calcinha fina de renda não ia ser o bastante se permanecesse em cima dela.
Me levantei na minha velocidade habitual, e cobri a loba para esconder de meus olhos o que era tão desagradável e que eu tanto queria.
Seus murmúrios entre o sono me fizeram ter pensamentos ainda mais devassos, então me afastei até a janela.
Tudo estava calmo e pacifico, poucos de nós caminhava sob o sol. Os dias eram mais quietos e silenciosos.
“- Tomou a decisão certa.”
A voz ressoou em minha mente e meu coração. Meus olhos saltaram de surpresa e descrença.
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