Cyrus
Não era um momento divertido, mas não poderia evitar o sorriso que surgiu em meus lábios.
Me coloquei atrás dela em menos de um segundo, observando seus movimentos frágeis e vacilantes enquanto abaixava as mangas do vestido. Sem que ela percebesse, desatei o nó de seu corpete e esperei que o amontoado de tecido deslizasse por seu corpo magro.
Sua pele era uma mapa dividido em uma infinidade de cicatrizes, marcas mais recentes e feridas não saradas. Os ossos de suas costelas se projetavam para fora, cotovelos, escapula e coluna espinhal; todos eles evidentes como os galhos secos de uma árvore.
Essa loba vivia como uma escrava e não como uma empregada.
Olhei para suas pernas que tremiam violentamente, fazendo a lingerie farfalhar em sua pele. O cheiro de seu medo era intenso e vibrante.
Os lobos eram uma raça forte com um grande poder curativo. Mas Ravena, além de não ter cheiro, não se curava. Ela estava oscilando entre a vida e a morte há muito tempo.
Em séculos de existência nunca conheci um ser tão fraco e miserável e ao mesmo tempo tão forte e resistente. Poderia ser pela suposta maldição?
Os arrepios que percorreram o corpo dela foi um indício de que eu estava extravasando minha aura demais. Ela estava com frio.
- Deite-se. – ordenei, usando o Controle de minha posição para subjugá-la.
Vi seu corpo esquelético se esgueirar para a minha cama. Não era uma visão bonita; na verdade isso era decepcionante, tedioso e irritante. Olhei para seus membros esticados como uma tábua.
Quando ela sentiu meu corpo sobre o dela, seus olhos se fixaram no teto, como se sua consciência não estivesse ali. Sei exatamente o que ela está pensando e o que tanto teme.
O cheiro das flores do rei eram mais intensos em seus fios, como se ela estivesse rolando em um campo repleto de calóptas régias. Meus olhos se fecharam aspirando o perfume da mecha que retive em minha mão.
- Você tem um cheiro delicioso. – confessei, me aproximando de seu pescoço que pulsava mais forte. – Sabe que estou achando muito interessante ter uma nova consorte.
Meus lábios roçaram sua pele eriçada, os batimentos cardíacos dela dispararam. Eu queria devorá-la, reter seu gosto e seu cheiro, me banhar em seu sangue inflamado por sua luxúria.
Não me importava seu medo vicerante, sua dor e desespero. Eu quero que ela ofereça a mim tudo o que tem, que ela se desmanche aos meus pés. Entre lágrimas ou prazer, ou em satisfação.
Farei Ravena implorar para que a tome em meus braços e a devore lentamente.
Tracei uma trilha de beijos famintos até sua boca, e a tomei para mim. Reivindicando o que já era totalmente meu.

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