MARCUS
Eu tinha ouvido a voz de Nathan me chamar aos gritos dentro da minha casa, e meu estômago se revirou quando toda a raiva veio à tona. A ousadia daquele homem de entrar no meu espaço! Ele não tinha respeito nem vergonha depois do que tinha feito? Eu podia não ter prova, porém eu sabia que aquele bastardo tinha algo a ver com o que acontecera com minha esposa.
Ele mesmo tinha me dado a entender, não com todas as letras, mas eu lia nas entrelinhas, e tinha acabado de cruzar um limite quando entrou no meu lar gritando como um louco. Eu corri para a frente e ele estava ali, apoiado no batente da porta.
A calça dele estava ensopada de sangue. Ele sangrava, mas eu não via de onde vinha. Aquilo fez minha raiva explodir. Aquele era meu lar, o lugar onde minha esposa e meus filhos viviam. Eu avancei e comecei a socá-lo sem parar.
— Filho da puta! — Eu desferi um golpe.
— Você tem a audácia de entrar na minha casa depois do que fez!
Eu achei que minha esposa fosse me deter, mas ela não me impediu. No instante em que eu comecei a bater, ela se afastou. Aquilo me serviu, ela estava aprendendo a não sentir pena de quem a machucava, de quem machucava a nós.
Luke apareceu e me observou por alguns instantes. Eu continuava a encher o idiota de socos.
— Por que você não leva isso lá fora? Se não tomar cuidado, você mata ele aqui. — Disse Luke, com os braços cruzados.
Eu parei e então Nathan estava sentado no chão, com o nariz sangrando.
— Olhe... — Luke apontou para a perna dele, e eu não entendi o que ele tentava me dizer. — O sangue na calça dele é demais, ele deve ter perdido mais de meio litro de sangue, está fraco. Você continuar batendo pode só piorar a situação.
Eu dei um meio sorriso e me agachei diante dele.
— Você veio aqui procurando a morte, não foi?
Ele ergueu a cabeça para me encarar. Estava fraco, mas os olhos, desafiadores.
— É melhor você me matar com as próprias mãos do que mandar gente fazer o seu serviço sujo!
Eu lancei um olhar para Luke, e ele deu de ombros. Se Luke nunca tinha mandado ninguém atrás dele, então quem...
— Eu estava esperando por ele. Foi por isso que voltei de Macau. Eu peguei o cara dele, e ele apontou para ele como quem enviou a foto e instruiu a publicar nas redes sociais.
Eu encarei o idiota que supostamente era meu primo, e o homem exibiu um sorriso de canto. Parecia alguém que tinha vencido alguma coisa.
— Por quê? — Eu sabia que ele estava vindo atrás de mim, mas por que tinha de usar minha esposa desse jeito para fazer isso?
Ele não podia ter usado outra coisa? O que ele fizera dizia muito sobre como tinha sido criado, sem moral nem princípios.
— Que jeito melhor de distrair você do que eu quero do que usar sua esposa? — Ele riu com deboche.


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