OLIVIA
Eu tinha ficado ocupada trabalhando em casa, como havia planejado fazer até que todo aquele incidente passasse. De repente, meu pai começou a correr de um lado para o outro conferindo as coisas, mas não me dizia nada. Em seguida, eu vi todos os homens em patrulha. Aquilo me deixou preocupada. Não por mim, e sim por meu filho. Samuel já tinha sido traumatizado por armas antes e eu não queria que a mesma situação acontecesse de novo.
Eu desci correndo para encontrar meu pai.
— Olivia, se você vai perguntar, então eu também não sei. — Ele falou antes mesmo de eu abrir a boca.
— Se você não sabe, então o que todos esses homens estão fazendo aqui? Samuel está prestes a voltar da escola e eu não quero que ele veja tudo isso.
Ele passou a mão pelos cabelos, frustrado.
— Eu realmente não sei o que está acontecendo, Ethan ligou e pediu que eu enviasse homens para buscá-los no aeroporto. Algo deve ter acontecido em Londres e isso pode ter se agravado aqui. Nós vamos ter de esperar eles chegarem em casa para ouvir o que aconteceu.
Aquilo não me servia. Eu não podia deixar meu filho voltar a viver com medo. Tinha levado tempo para ele chegar ao ponto em que estava e eu não queria que regredisse.
— Eu vou buscar Samuel. Lilly está dormindo, por favor, dê uma olhada nela.
Eu peguei as chaves do carro, mas ele me deteve.
— Deixe um dos homens levar você, como eu disse, eu não sei quão ruim é a situação, mas eu prefiro que fiquemos seguros a nos arrependermos.
Ele suspirou.
— Eu ainda estou lidando com a questão das fotos, mas a pista que conseguimos nos trouxe de volta para cá. Eu quero falar com Ethan também e eu não quero meu neto traumatizado. Porém nós não podemos ser descuidados, muitas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo, eu quero vocês todos seguros.
Eu assenti, peguei as chaves e saí de casa. Eu dirigi, peguei dois dos homens no portão e fui até a escola do meu filho. Eu o busquei e depois fui ao shopping com ele. Eu mandei uma mensagem para meu pai pedindo que me dissesse qual era a situação em casa antes de voltarmos.
Uma hora depois, meu pai mandou mensagem dizendo que a situação com os homens tinha sido resolvida e que nós poderíamos voltar. Nós dirigimos de volta e, quando chegamos, havia apenas os nossos homens de sempre no portão. Eu suspirei aliviada, as coisas podiam não ter sido tão ruins quanto meu pai pensara.
Talvez Ethan tivesse exagerado ou só quisesse ser cuidado e mostrar que conhecia gente importante. Dava para jurar que o homem era pobre. Quando nós entramos em casa, a conversa entre eles parecia acalorada.
Assim que Samuel viu Ethan, ele correu até ele gritando:
— Papai, papai!
Eu olhei para Marcus e ele parecia preocupado enquanto observava Samuel. Será que ele não gostava do fato de o menino ainda ficar animado quando via Ethan e chamá-lo de pai?
A expressão no rosto dele me dizia que havia algo errado. Será que ele e Ethan tinham tido alguma desavença? Eu não sabia. Meu marido apenas me lançou um olhar e voltou a se sentar. Aquilo doeu. Era a primeira vez que nos víamos em uma semana.
Por causa do que aconteceu e daquelas fotos, ele estava me ignorando. Talvez ele realmente achasse que eu tinha feito aquilo. Eu subi correndo as escadas, incapaz de tolerar o olhar acusador que ele me lançara. Eu estava magoada, muito. Eu pensei que ele, de todas as pessoas, acreditaria em mim.
Ao telefone ele parecera acreditar em mim. Porém ele também tinha dito que eu estava agindo como se tivesse feito aquilo quando eu disse que não tinha verificado as imagens de segurança.
Eu fui até o quarto de Lilly e ela ainda estava dormindo. Alguns minutos depois, meu marido entrou. Eu olhei para ele e as lágrimas arderam nos meus olhos. Ele não disse uma palavra, mas veio até mim e me tomou nos braços.

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