MARCUS
Eu fervi de raiva e não acreditei em uma palavra do que Luke tinha dito. Por que George ou A Lança teriam matado a mãe dele? Eles não tinham motivo para isso. Nathan não tinha feito nada que justificasse uma execução, pelo menos até onde eu sabia. O homem, segundo o que eu tinha ouvido, permanecera focado no trabalho. Por que teriam matado ela?
Luke, por outro lado, tinha todos os motivos para querer a cabeça dele. Por Olivia, Luke faria qualquer coisa. Não havia limite para o que ele seria capaz de fazer pela filha. Eu admirava Luke por isso, porém nós estávamos tentando fazer as pazes e encerrar a violência. Como matar a mãe dele seria o caminho certo? Aquilo apenas deixaria ele tomado de ódio e sede de vingança, então o ciclo continuaria.
— Vejo que você não acredita em mim. Por que não liga para George e verifica?
Esse seria meu próximo passo, mas não fazia sentido que eles tivessem matado a mãe dele. Eu peguei o telefone e disquei para George. Não demorou para a chamada conectar.
— Senhor.
Interessante. Então eu era oficialmente “senhor” para ele agora.
— Eu tenho uma pergunta.
Houve silêncio, talvez porque ele estivesse esperando que eu explicasse.
— Quem a matou? — Um suspiro escapou dele.
— Fomos nós.
Eu lancei um olhar para Luke, e ele me encarou com raiva. Eu duvidei dele sem motivo.
— Quem ordenou a execução?
Eu não tinha ordenado nada. Na verdade, eu nem conhecia os homens que supostamente estavam me protegendo.
— Ninguém ordenou. Eles avaliam ameaças relativas a você e eliminam essas ameaças.
Que porra ele estava dizendo? Ele não tinha afirmado que recebiam ordens minhas?
— George, primeiro você diz que eles recebem ordens minhas e agora está me dizendo que agiram por conta própria?
Isso não fazia sentido.
— O que ela fez para que eles tirassem ela do caminho? Ela ameaçou usar as informações que tinha sobre nós?
Mesmo que tivesse ameaçado, eu poderia ter falado com Nathan e pedido a ele que fizesse a mãe ter juízo, que fizesse ela recuar. Eles não precisavam matar.
— O fato de ela ter aquelas informações já era suficiente para ser morta anos atrás. Ela teve sorte porque nós a deixamos viver, e ela pôde ver o filho crescer até virar o imbecil que ele é agora.
Ele estava me irritando para caramba. Aquelas pessoas insistiam em recorrer à violência para tudo. Não precisava ser assim.
— Não importa o tipo de imbecil que ele seja, ela ainda era a mãe dele, e vocês a mataram por nada. Eu ia recuperar aquelas informações com ela. Vocês não precisavam ter matado ela!
Eu já estava de pé, sentindo a raiva subir do fundo do estômago e transbordar.
— Eu não ordenei a execução, senhor. Se você quiser fazer mudanças em como o seu pessoal trabalha, então pode fazer isso. Mas, por enquanto, enquanto eles souberem de qualquer ameaça a você ou à organização, eles agirão sem o seu aval. Eu sugiro que você se reúna com eles logo e estabeleça as novas regras.

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