Ponto de Vista de Olivia
Eu estava perdendo a consciência e voltando. A primeira vez que acordei foi por causa de água pingando na minha testa, ou pelo menos achei que fosse água. Com dificuldade, abri os olhos e olhei para frente onde vi sombras se movendo. Meus olhos estavam tão pesados que se fecharam novamente e desmaiei.
Na próxima vez que acordei, estava consciente o suficiente para ouvir vozes. Não sabia quem eram aquelas pessoas, mas ouvi uma delas dizer:
— Se ela morrer, você vai junto.
Por que eu iria morrer em um sonho?
— Quem... São... Vocês? — Murmurei.
A mulher deve ter me ouvido porque chamou alguém.
— Ela está viva, está falando. — Ela soava tão animada em me ouvir falar.
Apaguei novamente. Então o sonho mudou. Eu estava em um lindo campo coberto de flores silvestres. Ar fresco e me sentia tão leve e livre.
— Olivia?
Me virei e minha avó estava parada não muito longe de mim. Corri para seus braços e a abracei forte enquanto chorava.
— Me desculpe vovó, por tudo. Me desculpe tanto.
Ela acariciou minhas costas me confortando.
— Está tudo bem agora, minha doce menina. Eu estou bem e você não tem nada pelo que se desculpar.
Rompi o abraço, meus olhos fixos nela. Ela estava incrivelmente linda e radiante. Funguei e a envolvi em outro abraço.
— Ah, vovó. Senti tanto sua falta e sinto muito que não tenha conhecido meu filho. A senhora iria amá-lo, vovó. Ele é o menino mais doce do mundo.
Ela riu baixinho, quebrando o abraço e me olhando com um sorriso.
— Sua boba, é claro que eu conheço seu filho. Estou sempre lá observando vocês dois. Você está fazendo um ótimo trabalho com ele, Olivia, e estou tão orgulhosa de você.
Não pude evitar chorar novamente. Ela enxugou minhas lágrimas e me deu um sorriso.
— Está na hora de ir embora agora, minha doce menina.
Balancei a cabeça negando; era cedo demais, eu queria mais tempo com ela.
— Ainda não, vovó.
Ela me deu um sorriso triste.
— Não é hora de você estar aqui, Olivia, e quanto mais tempo ficar, mais difícil será voltar.
Eu ainda balançava a cabeça negando. Minha avó sorriu.
— Menina boba, quem vai cuidar do seu filho se você ficar aqui? Ele precisa da mãe dele, sabia? Volte para ele.
Samuel, meu filho. Só de pensar nele sozinho sem mim fiquei assustada.
— Vê esse sentimento? Se agarre a ele.
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