Entrar Via

Você Brilhou em Mim romance Capítulo 1

“Assine esses papéis e dê o fora daqui”, ele gritou, jogando os papéis de divórcio nela.

“Você não pode fazer isso comigo! Você não pode simplesmente me trocar por outra mulher! Por dinheiro!", ela gritou a plenos pulmões.

"Não se atreva a levantar a voz comigo!", ele avisou e, quando ela gritou novamente, ele deu um tapa no rosto dela, fazendo-a cair no chão.

“Saia da minha casa”, disse ele. As lágrimas que escorriam pelos olhos dela não surtiam nenhum efeito nele.

Ela enxugou as lágrimas com as costas da mão. O tapa deixou uma marca vermelha em sua bochecha. “Vou ir embora”, disse ela, derrotada. “Vou te deixar, mas vou levar a Caro. E sua casa. Então, pode ir viver feliz com sua nova mulher e o monte de dinheiro dela”, continuou, com ódio em seus olhos, o qual chegava a ser imperceptível.

“A Caro fica comigo”, declarou ele. Ajoelhando-se no chão, do lado dela, ele disse: “você acha que não sei que você vai correr direto pra polícia ou para o seu irmão pra pedir ajuda? Eu não sou idiota. Não posso arriscar que você conte meus segredos pra eles. Sua filha fica aqui."

"Não! Me deixe levá-la comigo. Por favor, James”, implorou ela. “Não vou conseguir viver sem minha filha”, continuou.

“Então, morra!”, ele gritou. Agarrando o braço dela, ele começou a arrastá-la para fora da casa: “Não quero ver seu rosto nunca mais, se não, vou transformar a vida da sua filha em um inferno.”

“Por favor, James. Eu não vou ir atrás de ninguém. Não a machuque. Eu não vou contar pra ninguém-”, enquanto ela falava, ele bateu a porta na cara dela. Ele se virou e seu olhar recaiu diretamente em mim. Com um suspiro que demonstrava uma clara irritação, ele caminhou na direção do meu quarto.

Afastei-me da porta e corri para o canto mais distante do quarto. O som dos passos dele aumentava gradualmente, fazendo minhas mãos tremerem de medo. Quando sua sombra apareceu pela porta entreaberta, fechei os olhos e disse: “Me desculpe, pai. Me desculpe."

Meu pai e minha mãe brigarem não era algo surpreendentemente novo. Acontecia com frequência. Pai chegava em casa bêbado, ficava bravo com as coisas mais simples e batia na minha mãe. Todos os dias, antes de ele chegar, minha mãe me trancava no quarto para me salvar do temperamento dele, pois eu estaria segura em meu quarto, longe da raiva desse homem, enquanto minha mãe sofria todos os xingamentos, a surra, os tapas e as coisas que ele jogava nela de raiva. O ódio. Tudo. Ela nunca respondia ou retrucava, nunca confrontava nada que ele dizia ou fazia. Não até hoje.

Hoje, mamãe soube que ele a estava traindo e, por esse motivo, decidiu confrontá-lo, o que fez com que ele voltasse para casa exigindo divórcio. Nunca vi minha mãe ficar com raiva de alguém antes, mas, hoje, ela ficou furiosa. As brigas frequentes eram como gasolina sendo derramada sobre o casamento deles todos os dias, e a raiva da minha mãe era a única faisquinha que meu pai precisava para finalmente botar fogo em tudo.

Ela sempre me salvava, nunca deixava que eu recebesse a raiva dele, da qual eu tinha muito medo. Mas e agora? Ela foi embora. Minha mãe foi embora. O pensamento de nunca mais conseguir vê-la me assustava ainda mais.

“Por favor, me perdoe, pai. Por favor, não me bata", não sei pelo que estava me desculpando, mas ele não parecia se importar de qualquer forma.

Agarrando o meu braço com a mão direita, ele me fez ficar em pé. "Vá, me traga um pouco de vinho", ele rosnou. "Rápido", ele me empurrou para fora do quarto.

Arrastei-me com meus pés em direção à cozinha. Lágrimas escorriam pelo meu rosto, e eu não fazia nenhum esforço para contê-las. Por que eu as seguraria? Minha mãe tinha ido embora e nada mais parecia importar.

Depois de tirar o vinho da geladeira, coloquei um pouco dele em um copo. Minhas mãos estavam tremendo de medo, fazendo com que um pouco do vinho derramasse.

“Por que você tá demorando tanto? Você tá fabricando o vinho?”, a voz raivosa dele surgiu da sala de estar.

Limpei o que eu tinha derramado, peguei o copo depressa e fui em direção à lareira, onde ele estava sentado, sorrindo presunçosamente para si mesmo. Ele parecia incrivelmente orgulhoso do que tinha feito hoje.

Como eu não queria chegar muito perto, coloquei o copo na mesinha em vez de entregá-lo em mãos. Ele tomou o primeiro gole e depois cuspiu no chão.

“Esse não, sua garota inútil!”, ele gritou de raiva e jogou o copo em mim.

Por puro reflexo, desviei do vidro, mas perdi o equilíbrio e caí com força no chão. Os pedaços quebrados da taça de vinho perfuraram a pele das minhas pernas. O sangue escorria dos cortes recentes direto para o tapete.

Capítulo 1 1

Capítulo 1 2

Capítulo 1 3

Verify captcha to read the content.Verifique o captcha para ler o conteúdo

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Você Brilhou em Mim