Ao chegar no estacionamento da Acrópole, ela verificou os todo o lugar, com medo de ser vista saindo daquele carro luxuoso. Não queria alimentar as fofocas sobre ela na empresa.
Não fazia ideia do motivo das demissões de Daniela e suas seguidoras, mas poderia haver mais pessoas que estivessem interessadas em intimidá-la no ambiente de trabalho.
Amélia conferiu mais uma vez, e saiu do carro. Pegou suas coisas e rumou para o elevador. Hoje Ícaro não estaria presente na holding, ele tinha várias reuniões em Santa Catarina. Antes de sair, eles fizeram amor mais vezes do que ela poderia contar.
O relacionamento deles tinha essa dualidade que ela amava. Eles se perdiam no prazer das sessões de sexo, mas também dividiam a cama com momentos íntimos cheios de carinho e romance.
Não se considerava uma mulher sensível a esse ponto, mas ele sabia como fazer ela se sentir feminina, apreciada, desejada. Ícaro falava de coisas nela que ninguém tinha notado.
Ele conhecia suas manias e defeitos, ela procurava motivos para fazer ele perder a cabeça durante suas atividades físicas juntos. E quase sempre, eles acabavam se pegando no chuveiro.
Com ele, adquiriu o gosto por treinar todas as manhãs. Não fazia isso para emagrecer, era mais como um momento que gostavam de dividir. Além disso, ambos tinham um apetite enorme, e gostavam de experimentar comidas novas.
Chegando ao andar da presidência, Amélia encontrou Alberto, que mediu sua figura de cima a baixo. Obviamente ele sabia do relacionamento que ela tinha com seu irmão, e reconheceu as roupas mais sofisticadas que ela estava usando.
Ela não queria chamar tanta atenção, mas não teve coragem de dizer a Ícaro que não usaria aqueles looks elegantes da EMMÈ.
- Bom dia Sr. Darius. – cumprimentou.
- Bom dia Bastos. – ele respondeu seco.
Amélia voltou a caminhar em direção a sua sala, e notou que ele estava seguindo seus passos silenciosamente.
Ao entrar em sua sala, Alberto entrou logo atrás, e fechou a porta em seguida.
- O que deseja, senhor?
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