Além do horizonte romance Capítulo 19

Resumo de Capítulo 19: Além do horizonte

Resumo de Capítulo 19 – Uma virada em Além do horizonte de Paula Tekila

Capítulo 19 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Além do horizonte, escrito por Paula Tekila. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

– Atílio, Atílio por favor acorde! – Eu acordei, com Lupe me dando uma forte sacudida e desesperada me chamando aos gritos.

– O que aconteceu? – Perguntei ofegante e suando frio, segurei seu rosto tentando acamá-la e me acalmar também.

– Você estava me apertando muito forte Atílio, mas não falava nada que eu pudesse entender. Estava dormindo?

– Me perdoe por te dar esse susto, meu amor. Eu tive um pesadelo terrível!

Abracei ela tão forte, parecia que o mundo queria arrancá-la dos meus braços. Amélia chegou e poucos segundos depois Leandro, não tínhamos o costume de trancar a porta do quarto ,pois é era claro que Amélia não iria nos vigiar, mas depois do pesadelo que tive eu percebi que agora havia mais um homem em casa.

– O que está acontecendo? Ouvimos os gritos. – Leandro perguntou aflito.

– Foi apenas um susto, estamos todos bem. – Cobri a nudez parcial de minha esposa com o braço, Leandro percebeu meu desconforto ao ter alguém a nos olhar.

– Perdoem-me por ter entrado assim, achei que pudesse ser uma emergência. Com licença! – Leandro saiu constrangido.

Amélia ficou ali parada esperando nossas explicações.

– O que aconteceu Lupe?

– Não me ouviu dizer que tive um pesadelo Amélia? – Respondi irritado com a pergunta.

– Eu te ouvi filho, mas quero ouvir dela.

– Sim Amélia, Atílio teve apenas um pesadelo e fiquei muito assustada. – Guadalupe ainda tremia em meus braços.

Eu não podia acreditar que Amélia, a mulher que trocou minhas fraldas estava duvidando de minha palavra.

– Vou deixar os dois a sós, tenho que terminar de preparar o café da manhã.

– Eu já vou descer para te ajudar. – Guadalupe disse se acalmando aos poucos.

Perto dali...

Leandro desceu as escadas, pensando na visão de Guadalupe seminua tendo os seios censurados apenas pelo braço de Atílio. Deu um sorriso e parou um instante, se lembrou do compromisso com Luíza...não poderia deixar a garota sem ilusões de ter algo com ele.

Amélia passou por ele e indagou.

– Tenho estranhado essa sua disposição para acordar tão cedo, me lembro que Atílio e você só se levantavam da cama com uns bons beliscões.

– Para ver como mudamos com o tempo, Atílio se tornou um homem de família. – Ele sorriu ao se lembrar das travessuras dos dois.

Eles conversavam enquanto desciam as escadas.

– Você também pode se tornar um homem exemplar, ter uma família e prosperar por aqui.

– Ainda não sei Amélia, preciso desfrutar da vida um pouco mais antes de me amarrar com um matrimônio a alguém.

Os dois chegam na cozinha.

– Achei que tivesse gostado de Luíza. – Amélia sorriu para ele.

– E gostei sim, ela é uma graça de garota.

– Mas não o suficiente para levá-la a sério, parece que estou ouvindo Atílio uns poucos meses atrás falando de Guadalupe.

– Acha que a história vai se repetir comigo? – Leandro sorriu ao perguntar.

– Creio que as chances são enormes.

– Pois eu a desafio Amélia!

Amélia sorriu, a mesma dose de soberba e orgulho de Atílio estava em Leandro, Luíza precisava ser astuta como a amiga foi e saber lidar com aquele homem cujas intenções não eram boas para com ela.

Ele ficou na cozinha vendo Amélia preparar o café da manhã e tentar convencê-lo de que o casamento era um passo fundamental para a vida de qualquer pessoa.

– Já que está aqui, me ajude a levar esse bolo para a sala de jantar. – Amélia deu a ele uma bandeja, Leandro a pegou meio desajeitado.

Ele sorriu e os dois foram.

Ainda no quarto...

Guadalupe se levantou, Atílio se sentia angustiado por aquele sonho. A abraçou forte segurando seu rosto junto ao dele.

– Jure para mim, que me deu de verdade o seu perdão e que nunca vai me trair princesa.

– Foi com isso que sonhou Atílio?

– Sim, sente meu coração? – Ele pegou a mão dela e colocou sobre seu peito desnudo.

– Ele bate forte, como o meu.

– Se um dia eu perder você, quero que ele pare!

– Não diga uma loucura como essa, Deus pode te castigar. E por falar em Deus, temos que frequentar a missa...estou em dívida com ele por tudo de maravilhoso que tem acontecido entre nós. – Guadalupe sorriu.

– Sim iremos a missa todos os domingos.

Os dois tomaram um banho juntos, fizeram amor rapidamente e se arrumaram para o café da manhã.

Na sala de jantar.

– Não precisa esperar por eles, e você deve estar ansioso para levar o cavalo de volta a Luíza.

– Faço questão de esperar meus anfitriões Amélia, e além do mais já devem estar descendo. – Leandro sorriu ansioso e querendo logo que que os dois se juntem a eles.

– Já chegaram. – Amélia anunciou.

– Acho que quase nada cheira tão bem, quanto os bolos de Amélia. – Atílio suspirou fundo sentindo aquele doce aroma pelo ar.

– Prometo que vou pensar nisso, patrãozinho.

Atílio deu um tapa de leve no ombro do amigo e foi me direção a fazenda, não antes de parar e ver o exato local onde havia visto a esposa e o primo juntos. Até mesmo o ferrete estava no mesmo lugar.

– Não sei o que esse pesadelo quis me dizer, talvez eu tenha ficado enciumado assim como Sebastião está. Meu primo é um homem culto e sempre teve uma legião de mulheres aos seus pés. – Atílio se recordava daquele sonho terrível.

Guadalupe estava jogando milho para as galinhas entoando uma cantiga, Amélia estava tirando umas folhas para preparar um chá.

– Por que duvidou da minha palavra mais cedo? – Atílio surpreende Amélia com aquela pergunta.

– Não duvidei filho, apenas quis ouvir o que Lupe tinha a dizer.

– Você me julga capaz de tudo, não é?

– Eu sei do grande amor que tem por ela filho, mas sei também que ai dentro de você há uma fera adormecida. Tenho medo de que mais uma vez se deixe dominar por ela, como aconteceu no dia do seu casamento.

– Eu mudei de verdade Amélia, precisa confiar em mim!

– Eu confio meu menino, mas ainda não me disse, que tipo de pesadelo você teve?

– Nada que valha a pena dizer, foi um grande devaneio e não vai se repetir.

– Espero que sim. ¬– Amélia disse fazendo um carinho no rosto dele.

Sebastião pegou aquele envelope, sua vontade era pisotear ou rasgar aquela porcaria inteira. Ele pediu então a Lourenço para levar o tal telegrama para a cidade e despachar antes que o trem partisse.

– O que será que esse paspalho engomado está planejando com tal de telegrama? Boa coisa não deve ser, tomara que se canse bem rápido da vida no campo e vá embora de uma vez por todas. – Sebastião tinha vontade de rasgar aquele telegrama.

Na cidade Gabriel havia conseguido um trabalho entregando jornais pela cidade, não ganhava grande coisa, mas pelo menos podia pagar um canto para ficar e comida. Ansiava por vencer na vida e voltar como um homem a altura de disputar com Atílio pelo amor da mulher de sua vida.

– Não me importam quantos anos terei que sacrificar para voltar para ela, ou se a encontre com filhos daquele monstro. Eu vou tirar Lupe das garras de Atílio, preciso voltar para a minha família como um vencedor e não como o mesmo Gabriel digno de pena que fui no passado!

Morando naquela pequena vila na cidade fez alguns amigos, como dona Esmeralda e sua neta Jamile. Ela é uma jovem bela de 18 anos, humilde e muito respeitosa...desde que Gabriel se mudou para lá ela se sentia mais vaidosa e cheia de vontade de ser vista por ele.

Da janela de casa sempre o via passar carregando os jornais, seu coração disparava e ela sentia borboletas no estômago. Era o amor que tomava forma e aos poucos ocupava todo o seu coração.

– Está mesmo encantada por esse rapaz, não é? – Esmeralda perguntou enquanto fazia seu bordado e olhava para a neta Jamile que sorria encostada na porta da casa sem motivo algum.

– Ele é muito bonito e sei que é um rapaz bom, vovó.

– Entre, não deve ficar se oferecendo dessa forma...ele sabe que é solteira e está em idade de se casar. Deixe que Gabriel venha até nós, se assim for sua vontade.

O fato de não ter o pai para protegê-la a tornavam um alvo fácil para os homens mal intencionados. Ao mesmo tempo, dona Esmeralda pensava em como seria o destino dela caso ficasse de fato sozinha no mundo.

Esmeralda

Preciso conseguir um bom marido para ela, quando eu partir ficará sozinha e não posso permitir que sofra nas mãos de pessoas erradas. Gabriel é um bom rapaz e ela o ama, preciso fazer algo sobre isso!

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