Além do horizonte romance Capítulo 47

Resumo de Capítulo 47: Além do horizonte

Resumo de Capítulo 47 – Capítulo essencial de Além do horizonte por Paula Tekila

O capítulo Capítulo 47 é um dos momentos mais intensos da obra Além do horizonte, escrita por Paula Tekila. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Alguns dias depois...

Guadalupe

Assinei os papéis da separação, pedimos ao tabelião para que fizéssemos isso em salas separadas. Atílio pediu para não me ver neste dia e o pedido foi aceito, assinei e fui para casa chorar até meus olhos secarem.

Era o dia do meu casamento, tantos sentimentos me amarguravam o coração. Lembranças dos dias tão felizes que tive ao lado de Atílio e do quanto eu estava nervosa no nosso grande dia, não estava feliz ao dizer sim a ele, mas conforme os dias passaram eu compreendi o quanto o me fazia bem estar com ele por que eu já sentia amor.

Mais uma vez minha mãe estava ali comigo, me ajudando a colocar o vestido. A cerimônia seria realizada aqui mesmo, na casa dele e eu pedi que apenas a família estivesse comigo. Não sei se Jamile e Gabriel virão aqui, em respeito a Atílio e nem mesmo Sebastião que era um dos padrinhos.

Me casar contra a vontade de todos não estava sendo fácil.

– Você está muito bonita filha! – Ester diz para Guadalupe.

– Obrigada mamãe, por estar aqui me dando a sua força apesar de tudo.

– Estou ao seu lado, sempre. – Ester pega na mão da filha e Célia as avisa sobre a chegada dos convidados.

– Todos os convidados já estão esperando e o padre já chegou.

– Eu já vou. – Guadalupe diz e a mãe pergunta.

– Tem certeza?

– Meu coração diz sim e não ao mesmo tempo mãe, mas esse bebezinho que está lá embaixo, precisa de mim e ele já me ama como eu o amo também.

– Que Deus te abençoe e que você possa ser feliz Lupe.

Fomos para a sala, ouvi vozes conhecidas e tinha que pelo menos tentar sorrir.

– Você está lindíssima! – Igor a elogiou tocando delicadamente sua mão.

O padre não celebraria a nossa união como um casamento formal, para o catolicismo as pessoas só se casam uma vez na vida perante Deus. Então ele nos daria uma benção, ele fez as orações e simbolicamente Igor colocou a aliança em mim e eu nele.

Pela primeira vez me tocou como mulher e surpreendeu-me com um beijo na boca.

– Um brinde a minha família! – Igor levantou uma taça ao dizer.

Recebi alguns abraços enquanto a minha mãe ficou com Benjamin.

– Sabe que sempre terá sua velha casa esperando por você. – Leonel fala entristecido e Guadalupe responde.

– Sim papai, eu agradeço a minha mãe e ao senhor por tudo.

Nos abraçamos forte.

– Saiba que eu desejo que você seja feliz Guadalupe. – Luíza disse, mas dentro de seu coração duvidava.

– Obrigada, Jamile e Gabriel?

– Desculpe Lupe, eles não vieram. – Sebastião respondeu.

Almoçamos todos, havia música e muita fartura. Depois que minha mãe foi embora e boa parte dos convidados também, pois o silêncio estava invadindo aos poucos aquela casa.

– O patrão pediu para que a senhora beba isso. – Nádia entrega uma xícara para Guadalupe e a jovem pergunta.

– E o que é?

– Apenas um chá, típico de minha região. O sabor pode não ser dos melhores, mas deve tomar isso ao menos uma vez na semana. – Igor ajudou a levar a xícara mais rápido até a boca dela, não podia falhar.

Não questionei nada, apenas tomei tudo de uma vez e o sabor era terrível.

– Célia, cuide de Benjamin! – Igor pediu.

– Sim senhor.

Igor pegou em minha mão e sei que me levava para o quarto, ouvi a porta se fechar. Um medo invadiu meu corpo e eu quis chorar, mas não posso fazer isso.

– Eu sei que pode parecer diferente estar com outro homem Lupe, mas vai se acostumar pouco a pouco.

Enquanto falava, ele retirava meu vestido pouco a pouco. Até que eu estava sem nada e Igor me levou para sua cama, seus beijos eram diferentes o cheiro não era o mesmo e nem o toque das nossas peles.

– O que aconteceu? – Atílio pergunta para Sebastião.

– O senhor exagerou na dose e passou a noite aqui fora.

– Diabos, que dor de cabeça. – Atílio disse alisando a testa.

– Venha, vou lhe ajudar a ir para dentro.

Sebastião me ajudou e entramos na casa, Amélia já me procurava por todos os cantos.

– Onde passou a noite filho? – Amélia perguntou.

– Nem queria saber.

– Ao relento, quase dentro do galinheiro. – Sebastião respondeu e Amélia o repreendeu.

– Nunca mais vai beber desse jeito!

– Quem te vê cuidar tanto assim até acha que você é minha mãe Amélia, não se preocupe eu espero não repetir a dose. – Atílio falou e com isso deixou Amélia preocupada.

Amélia

Me dói tanto quando ele fala essas coisas, se soubesse como me custa calar essa verdade. Atílio precisa se casar logo e tentar levar uma vida mais tranquila, pelo menos isso. Sebastião o ajudou a se deitar na cama e eu fui preparar um café amargo e forte para curar a ressaca.

Fui até o quarto e levei o café.

– Filho, seu casamento é daqui a dois dias. Não desaponte sua noiva, tente manter a calma e seja paciente. Tenho certeza de Deus vai abençoar a união de vocês.

– Deus só une uma pessoa a outra uma vez nessa vida, Amélia. O padre está certo em tudo o que disse, ele mesmo está lamentando celebrar essa união, mesmo que simbólica.

– Deixe que Deus se encarregue de tudo Atílio, todos os dias oro por você.

– Minha vida estaria perdida sem a senhora e sem Jamile. – Atílio chorou ao dizer.

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