Resumo de Capítulo 49 – Uma virada em Além do horizonte de Paula Tekila
Capítulo 49 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Além do horizonte, escrito por Paula Tekila. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
– De novo com esperança de tê-la de volta? – Amélia pergunta para Atílio.
– Sim Amélia e dessa vez eu farei tudo.
Guadalupe
Adalberto me levou para dentro e os peões trouxeram Igor, ouvi dizerem que ele estava ferido.
– Eu vou matar aquele bastardo, vou arrancar a pele dele. – Igor disse para Adalberto, limpando o sangue da própria boca.
– Se o senhor quiser eu mesmo posso acabar com ele, basta que me dê a ordem patrão.
– Se você fizer mal a ele, quem te mata sou eu! – Guadalupe enfrentou Igor em medo.
– Calada sua miserável, só não acerto as contas com você por que estou ferido. Mas te juro que isso não vai ficar assim! Tranque ela no quarto Adalberto.
Fui trancada no quarto, felizmente com meu filho junto. Passamos o dia todo trancados, felizmente Nádia levava comida e água. Sinto muito medo do que vai acontecer agora, depois de tantas confusões.
Dois dias depois, Igor se recuperou da surra e a foi até o quarto onde Guadalupe estava confinada com o filho, desde a briga.
– Você não faz ideia de como me decepcionou te ver com ele.
– Nos encontramos casualmente Igor, eu juro por Deus! – Guadalupe respondeu.
Igor a segurou com força.
– Para o seu bem Lupe, é melhor que nunca mais se encontre com ele e para evitar isso, você nunca mais vai sair sozinha.
– Você não pode me prender para sempre! – Guadalupe gritou.
– Tem razão, não posso te prender. Está livre se quiser se juntar a ele de novo, todas as portas ficarão abertas para que vá, mas sem o meu filho é claro.
– Eu fui uma estúpida em acreditar que você poderia ser um homem bom Igor. – Ela respondeu enquanto as lágrimas lavavam seu rosto branco.
– Já sabe que agora está proibida de cruzar a porta com meu filho e vamos seguir nos amando, como antes.
Celina
Atílio nunca mais me tocou desde que a viu, chama o nome dela enquanto dorme e isso parece uma maldição. Vou acabar de uma vez por todas com essa dor, não posso viver para sempre na sombra dessa maldita cega.
Esperei que ele saísse para cuidar da fazenda, fui até o escritório dele e encontrei a arma que ele sempre mantém lá. A paguei, meu pai me ensinou a atirar desde os sete anos de idade, disse que temos que aprender de tudo um pouco nessa vida.
– Para onde está indo assim tão cedo? – Amélia questionou Celina.
– Apenas dar um passeio pela fazenda.
Saí e torci para não me encontrar com Atílio pelo caminho.
– Paulo, sele um cavalo para mim e rápido! – Celina pediu.
Logo ele fez o que eu pedi, montei nesse cavalo e vou tirar Guadalupe de uma vez por todas do meu caminho. Cheguei na mansão, um dos capangas estava na porta e me interceptou.
– Precisa de alguma coisa dona? – Adalberto perguntou e Celina respondeu.
– Vim para falar com Guadalupe.
– Não imagino o que minha patroa teria para falar com a esposa de Atílio!
– Isso deixe que eu resolvo com ela, apenas me anuncie. – Celina disse furiosa, não estava disposta a esperar mais.
– Certo!
Fiquei esperando ansiosamente.
– Guadalupe disse, para a senhora entrar.
– Com licença.
Assim que entreguei, Igor estava esperando por mim na sala.
– O que veio falar com minha esposa?
– Interessa apenas a ela. – Respondi sem medo algum dele.
– Malcriada, é assim que você se coloca tão superior a Guadalupe? Andaram me contando sobre as comparações que estabelece entre as duas. – Igor foi irônico com Celina, mas ela não se intimidou.
– Sua mulher não é digna de ser comparada, ela é tão pouco, que nem para isso serve.
– Se Guadalupe é tão pouco diante da sua magistral existência, não entendo o que faz aqui.
– Por favor Igor, ela veio falar comigo. Nos deixe a sós! – Guadalupe pediu a ele, naõ tinha medo de enfrentar Celina.
– Certo, se é o que prefere eu me retiro.
– Saber de tudo o que?
– Benjamin é seu, seu de verdade Guadalupe!
– Não entendo.
– Matilde foi trabalhar na casa de Atílio ao meu comando, eu queria me vingar dele por todas as contendas que tivemos. Aí eu soube que você estava esperando um filho dele, mandei que ela ficasse vigilante para roubar a criança. – Igor revelou me meio a dor e sangue;
– Matilde ia roubar o meu filho?
– Sim Lupe, mas antes disso há uma outra coisa que preciso dizer, antes que seja tarde. Sou um homem amaldiçoado, meu pai roubou muitas terras nessa vida e assim adquiriu riquezas, mas houve uma que nos marcou para sempre. Era a fazenda de uma velha cigana, ela não aceitou perder as terras e me amaldiçoou a não ter descendência jamais, por isso minha primeira esposa morreu antes de dar à luz ao nosso filho.
– Mas você teve, Lucília te deu Benjamin.
– Não Lupe, Lucília morreu com nosso filho no ventre. No mesmo dia, Adalberto deu a ordem a Matilde para induzir o seu parto com as ervas que ela conhecia, o bebê morto foi retirado do ventre de Lucília por uma outra parteira e um dos peões o levou para a cabana de Matilde e assim enganamos a todos.
– Não posso acreditar em tamanha maldade Igor! – Guadalupe gritou e se afastou.
Ela soltou minha mão e como doía vê-la chorar tanto.
– Atílio e os outros homens foram buscar o gado, já a um tempo meus homens causavam danos a cerca para que no dia do seu parto, parecesse apenas mais uma coincidência, o fato de não estarem lá.
– Benjamin é meu filho e de Atílio, eu sou mãe de verdade. Deus!
– Pode duvidar dos meus sentimentos, mas eles sempre foram reais Guadalupe. O chá que você toma toda semana é para evitar a gravidez, eu abri mão de tentar de novo, para que você vivesse.
A dor estava me deixando sem ar e aquele era o momento do fim.
– Me perdoe, por favor me perdoe Guadalupe!
– Sim, eu perdoo. Você me disse a verdade e ela libertou todos nós. – Guadalupe estava magoada, mas negar o perdão a uma pessoa em seu leito de morte era desumano e ia contra a sua fé.
Guadalupe
Ouvi um forte suspiro e sei que foi o último da vida dele, Deus não posso acreditar que meu filho está vivo e que estávamos lado a lado todo esse tempo sem saber da verdade. Atílio precisa saber que tem um filho comigo e que estamos livres para viver o nosso amor.
Isso se ele me aceitar de volta, desde que eu escolhi esse destino ele havia se tornado novamente o mesmo homem cruel e orgulhoso de antes. Eu não sei qual Atílio irei encontrar e sinto medo da resposta, mas ele não é maior do que a minha felicidade.
– O médico chegou, felizmente não estava muito longe daqui e os peões o trouxeram correndo para cá. – Adalberto disse aliviado em conseguir ajuda, mas Guadalupe revelou que já era tarde demais.
– Diga a todos que Igor Antunes, está morto!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Além do horizonte
Amei este livro,super indico a leitura.Parabéns à autora Paula Tekila.Super emocionante :)🥰...