Além do horizonte romance Capítulo 6

Resumo de Capítulo 6: Além do horizonte

Resumo de Capítulo 6 – Além do horizonte por Paula Tekila

Em Capítulo 6, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Além do horizonte, escrito por Paula Tekila, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Além do horizonte.

Eu precisava agir o mais rápido possível ou forçariam Guadalupe a se casar com Gabriel, Leonel já tinha muitas dívidas de jogo e comprei todas as promissórias que ele havia assinado com outros apostadores da região.

Era uma boa quantia, daria para comprar dois ranchos como o dele.

– Sebastião, vá até o rancho do velho Leonel e traga-o até aqui. Diga que tenho um assunto do interesse dele a tratar. – Pede Atílio e Sebastião concorda com a cabeça.

– Sim senhor.

Ele foi até lá a cavalo, Leonel alimentava os porcos e o peão da fazenda vizinha se aproximou.

– Seu Leonel, meu patrão precisa falar com o senhor agora. Me pediu para leva-lo até lá agora. – Sebastião retirou o chapéu e se aproximou.

– Diga a ele que agora eu não posso ir.

– Ele disse que é um assunto do seu interesse.

Leonel ficou preocupado, afinal o que aquele homem tão importante e rico poderia querer tratar com ele? Montou em seu velho cavalo e foi até lá com o peão.

– Fico feliz em ver que não recusou meu convite desta vez. – Diz Atílio ao recebe-lo em sua casa.

– Sebastião disse que era um assunto do meu interesse.

– Claro que sim e sente-se.

Leonel parecia acuado e acima de tudo muito curioso pelo assunto que eu tinha com ele.

– Reconhece essas promissórias? – Perguntou Atílio.

Entreguei a ele, que examinou uma a uma.

– Sim, são minhas, mas como conseguiu todas elas? Sei que lhe devo um bom dinheiro, mas algumas destas dívidas eu não contraí, pelo menos não com você rapaz. – Leonel olhava todas elas assustado.

– Tem razão, paguei muito por algumas delas e muito mais do que o valor que tinham de verdade.

– E por que você faria isso? Que interesse pode ter em me fazer dever tanto?

– Chegamos ao ponto que eu preciso. – Atílio se levantou, colocou whisky em um copo para Leonel e para si mesmo.

Me levantei e dei alguns passos enquanto ele me acompanhava com olhar preocupado e sequer provou a bebida em seu copo.

– Eu quero algo seu.

– O que poderia querer de um velho como eu? – Indagou Leonel.

– Sua filha! – Atílio sorriu e tomou todo o conteúdo de seu copo em um só gole.

– Guadalupe não é um objeto e nem está à venda. – Gritou ele.

– Claro que não, sua filha é uma moça magnífica e eu a quero ao meu lado.

– Minha Guadalupe não pretende se casar!

– E quem falou em casamento? Quero que ela venha viver comigo nesta casa em troca de eu não te mandar para cadeia por todas essas dívidas e deixar ela e a mãe na rua da amargura. – Ao ouvir tais coisas Leonel ficou furioso, jamais imaginou que Atílio pudesse ser um homem tão cruel.

– Minha filha vem recusado todos esses anos vários pedidos de casamento, por que acha que ela iria querer viver contigo e ainda mais assim amasiada e sem qualquer compromisso marital?

– Sei que vai convencer ela, assim como tem tentado convencê-la a se casar com aquele imbecil do Gabriel e até chegaram a ficar noivos.

– Ela não aceita Gabriel e não aceitará essa sua proposta imunda! – Leonel quebrou o copo no chão com toda a raiva que sentia.

– Você é quem sabe. Ou me traz ela amanhã mesmo, ou te mando para cadeia.

– Já adianto nossa resposta é não! Minha filha é uma moça direita e não vai viver em pecado com ninguém! – Leonel saiu daquela sala a ponto de sofrer um ataque de tanto ódio do que ouviu.

Engoli aquela maldita desfeita e a vontade que eu tinha era de ir pessoalmente buscar ela à força daquele rancho imundo.

Leonel chegou em casa, sem chão não podia sequer encarar a esposa direito.

– Que cara é essa, meu velho? Voltou da casa aquele homem sem conseguir me olhar nos olhos, me diga o que aconteceu?

– Estou perdido, coloquei nossa filha em uma armadilha terrível e ela jamais irá me perdoar por isso. – Diz ele jogando o chapéu velho sobre a cama.

– O que você fez?

– Contraí uma dívida enorme com aquele homem maldito e ele pretende me mandar para a cadeia e tirar nossa casa se Guadalupe não se tornar amante dele.

– Esse homem é mesmo um monstro! – Responde Ester disparando seus batimentos.

– Ele está obcecado por ela e eu devia ter notado que ele faria tudo para conseguir isso, me fez uma armadilha e eu estúpido caí.

– Pobre da nossa filha...

– Não! ela não pagará pelos meus erros, vou me entregar a polícia. Não quero que diga nada sobre isso e se perguntar por que fui preso diga que briguei na taberna e me levaram. Os animais que temos e o leite, darão para vocês se manterem por um tempo. – Ele toca os ombros da esposa que chorava inconformada.

– O que será de nós duas sem você?

– Tem que ser forte para que ela também seja. – Leonel abraça Ester.

Naquela noite Leonel e Ester não conseguiram dormir pensando no que poderia acontecer no dia seguinte.

Longe dali.

– Padre que prazer rever o senhor. – Diz Atílio acariciando a mão do sacerdote.

– Parecia decidido a conquistar Guadalupe.

– E eu estou.

– Então não está sabendo que a família dela foi falar comigo com o intuito de marcar uma data para o casamento o mais breve possível.

– Ela não vai se casar com ele! – Atílio elevou o tom.

– Então o que pretende fazer Atílio?

– Me ajude a me encontrar com ela, precisamos nos falar sozinhos sem ninguém para atrapalhar.

– Na igreja, lá eu estaria de olho nos dois e tenho certeza que ela não recusaria um pedido meu.

– Na igreja?...está bem então, amanhã no mais tardar.

Atílio e o padre se despediram depois de acertar detalhes de algumas obras de caridade.

– O padre já foi? – Perguntou Amélia se aproximando.

– Sim e agora eu irei até a cidade, tenho algo muito importante para resolver e não posso esperar mais um segundo para isso.

Peguei meu carro e minutos depois cheguei a delegacia e o delegado prontamente me atendeu pois naquela cidade imperava a lei do poder.

– O que o trás aqui meu jovem? – Pregunta o delegado ao lhe cumprimentar com um aperto de mão.

– Preciso de um grande favor, sei que não negaria um pedido meu. – Atílio sorriu acanhado.

Entreguei a ele todas aquelas promissórias e eles as examinou com cuidado.

– É uma boa quantia.

– Sim delegado, quero que prenda o velho Leonel ainda hoje! – Exigiu em tom sério.

– E acha que se eu o prender, ele terá como quitar essa dívida?

– Eu sei que não, mas só quero lhe dar uma boa lição.

– Já entendi. – O delegado sentiu pena por ser um idoso, mas era um homem poderoso que estava na sua frente e ele não podia negar.

– E mais uma coisa, não quero que ninguém saiba o motivo dessa prisão, ou me critiquem por ter mandado ele para lá e muito menos que agridam ou assustem a esposa e muito menos a filha dele.

– Claro Atílio, farei tudo conforme deseja...sem violência.

– Confio no senhor. – Os dois apertaram a mão mais uma vez e ele retirou um valor entregando a ele.

Entreguei a ele um bom dinheiro para que tudo fosse feito como eu queria, agora eu só precisava esperar que uns dias na cadeia o fizessem entender e convencesse a filha a vir morar comigo.

Na casa de Guadalupe.

– Faria isso de verdade?

– Claro que sim, suas lágrimas me compadecem...tenho me sentido sozinho naquela casa tão grande. – Atílio falou em tom comovente.

– Sozinho?

– Sim...me faz falta alguém para conversar, uma pessoa compreensível e doce. Assim como você!

Peguei uma de suas mãos, Guadalupe respirou mais aceleradamente e corou as bochechas.

– Não pretendo me casar com ninguém senhor Atílio! – Respondeu altiva.

– Respeito sua decisão, mas isso não te impediria de me fazer companhia naquela mansão tão grande e fria.

Ela se levantou visivelmente irritada com minhas palavras.

– Aceito que queira me ajudar com o papai, mas se pretende obter alguma vantagem... – Ele a interrompeu antes que pudesse terminar a frase.

– De jeito nenhum, vou hoje mesmo fazer tudo o que eu puder para tirar seu pai da prisão e em troca só quero devolver a alegria ao seu rosto.

Beijei sua mão e logo o padre logo entrou, nos despedimos e ele a levou de volta para casa.

Fiquei um tempo na cidade e resolvi assuntos relacionados aos negócios, já quase ao cair da noite fui até a delegacia libertar o ingrato Leonel.

Cheguei na delegacia e fui direto para sua cela.

– O que faz aqui? Veio ver se estou mesmo pagando caro por ter caído na sua armadilha suja? – Diz Leonel sentado naquele banco duro e frio que lá, tinha o nome de cama.

– Sem remorsos meu caro eu vim aqui te levar para casa.

– Não acredito em uma palavra sequer que venha de você.

– Deixe de remorso e pegue suas tralhas. – Atílio se encostou na grade e sorriu. – Vamos homem!

Leonel não questionou minhas "boas intenções" arrumou as poucas coisas que tinha e seguiu de volta para casa.

– Estive com sua filha agora a pouco. – Diz Atílio enquanto dirigia.

– O que fez com ela?

– Calma velho, não se altere assim (suspiro) nós apenas conversamos na igreja.

– Se afaste dela, deixe minha filha em paz! Ela não te fez nada!

– Não posso me afastar dela, nem se eu quisesse... – Atílio não notou, mas em sua fala havia mais submissão do que poder sobre os próprios sentimentos por ela.

Chegamos no rancho e ele mal esperou que eu parasse o carro para sair.

– Leonel? Graças a Deus está em casa! – Diz Ester ao abraçar o marido.

– Papai?

– Sim filha...estou em casa e dessa vez prometo que nunca mais vou falhar com vocês.

– Eu trouxe seu pai de volta para você Guadalupe, assim como havia prometido. – Atílio fez questão de se fazer notar por ela e revelar que havia feito sua “boa ação”.

Leonel queria me fuzilar com o olhar.

– Obrigada Atílio, de verdade muito obrigada! – Diz Guadalupe esboçando um sorriso e uma lágrima de gratidão.

Devolver a alegria a ela deu paz ao meu coração naquele momento, mas eu não podia me desviar das reais intenções que eu tinha.

– Então eu já vou indo, será que amanhã eu poderia vir falar conversar um instante com sua filha dona Ester? Sei que agora está tarde então...

– Minha filha não tem nada para tratar com você!

– Papai me desculpe, mas por favor dessa vez, me deixe responder por mim mesma...sim Atílio, venha amanhã e conversamos.

Saí de lá com um sorriso de orelha a orelha, amanhã eu poderia colocar em prática minha conversa mole e tenho certeza que ela irá cair de encantos por mim.

Uma garota humilde e no fim das contas, apenas mais uma sonhadora e romântica para minha coleção.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Além do horizonte