ISABELLA
O corpo enorme dele me fazia sentir pequena, mesmo sendo considerada uma mulher alta. Comparada a ele, eu parecia minúscula.
Ele me pegou no colo com facilidade, me sentando de lado em suas coxas.
Estávamos quase nus! Debaixo da minha camisa, a brisa acariciava a minha bunda.
Eu deveria resistir, certo?
— E… espera. O que você vai fazer? Por que está se ferindo?
Interrompo, segurando sua mão quando vejo uma garra mortal saindo de seu dedo e apontando pro peito.
— Você precisa beber do meu sangue. Ele contém magia que vai te ajudar — seu hálito gelado sopra no meu rosto e mordo o lábio inferior, hesitante.
— Sangue? Podemos trocar magia de outras formas — digo.
— Que formas? — sua mão envolve minha cintura e me puxa ainda mais pra ele, me deixando extremamente nervosa.
— Ouvi dizer que através do acasalamento, os bruxos trocam magia… mas agora seu corpo está fraco demais. Não acho que conseguiria me acasalar com você… por mais que eu esteja desejando isso.
Ele fala direto, com a voz baixa e rouca, olhando intensamente pro meu corpo enquanto sua mão acaricia minha coluna.
Seus olhos azuis se fixam nos meus seios, e quando olho pra baixo, percebo que estão visíveis sob o tecido fino da camisa.
Os bicos rosados começam a endurecer e se destacar.
Sensações quentes percorrem meu corpo, concentrando-se entre minhas pernas.
Desde quando fico excitada assim por um desconhecido?
— Pode ser de outro jeito — seguro o rosto dele e o faço levantar o olhar, agora com um brilho brincalhão. Ele está se divertindo me deixando nervosa?
— Com runas. É mais primitivo, mas funciona…
— Eu não sei fazer essas runas…
— Mas… mas você tem magia. São runas básicas. Eu posso te ensinar. Só que agora… não consigo usar a minha.
— Você tem nojo de beber meu sangue? — ele se inclina, e seus lábios ficam a centímetros dos meus. O cenho franzido.
Meu nariz sente o cheiro da magia dele o tempo todo. É exatamente como o inverno e uma montanha nevada — um cheiro que sempre me acalma e que eu adoro.
— N… não. Se for o seu sangue, não tenho nojo — admito. Parece que uma mulher desconhecida e ousada tomou o controle da minha consciência.
— Então, a menos que prefira a segunda opção — que, aliás, seria minha preferida — você tem um segundo pra colocar essa boquinha deliciosa sobre meu ferimento, Isabella, e beber do meu sangue. Não gosto de repetir ordens, ainda mais quando sua segurança está em jogo.
Ele abre um corte profundo no peito. O líquido vital começa a escorrer por sua pele branca — e aquilo deveria me causar repulsa.
Na feitiçaria também existem pactos de sangue, mas não assim… tão selvagens.
Ele segura minha cabeça com delicadeza e me inclina pra frente. Meus olhos se fecham e passo a língua no rastro de sangue que escorre.
Ouço um rosnado grave acima da minha cabeça. Todos os músculos dele estão tensos. Quero ouvi-lo de novo, provocar nele as mesmas reações que ele provoca em mim.
Abro os lábios e sugo diretamente da ferida, sentindo a magia gelada descer pela garganta.
Seus dedos acariciam lentamente minhas coxas, mas girar o rosto assim é desconfortável.
— Espera um segundo, pequena — sua voz baixa e sensual ordena, e paro com relutância.
Ele segura minha cintura e me levanta um pouco, me deixando de joelhos na frente dele.
— Abre as pernas, Isabella — ele pede com tom dominante, sem espaço pra recusa.
Hesito por um segundo e ficamos nos encarando, desafiando um ao outro.
Sou poderosa desde que nasci. Nem meu pai pode me dar ordens como quer. Só obedeço por respeito. Então… por que estou me rendendo tão fácil à dominação desse lobo?

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