VINCENT
Eu deveria estar no meu mundo ideal, afinal, consegui o que sempre desejei.
Uma companheira pra mim, alguém que preenchesse minha alma solitária.
No entanto, me sentia mais vazio do que nunca.
Libertamos a matilha de Clárens e a levei comigo pro castelo. Essa noite, eu marcaria ela como minha.
As mãos dela tocavam meu corpo e sua boca beijava meu pescoço.
O quarto deveria parecer quente e excitante, mas pra mim era como uma caverna gelada.
— Vincent, você me deixa louca, meu lobo — ela geme no meu peito e se afasta pra começar a se despir.
É uma mulher linda, mas enquanto olho pra ela, só consigo pensar que gostaria que o cabelo fosse vermelho-fogo, os olhos azuis e sedutores, a boca mais atrevida e sensual.
Baixo o olhar... e aqueles não são os seios enormes que me deixam completamente duro e que eu sonho em me afogar entre eles. A pele do ventre não é tão branca, nem tão macia.
A boceta dela não me enlouquece nem me domina ao ponto de me fazer gozar só de imaginar ela aberta pra mim.
Quem é essa mulher que vive nas minhas fantasias sexuais, que invade meus pensamentos e me faz comparar Clárens o tempo todo com ela?
“Artemis, você tem certeza absoluta de que essa loba é nossa companheira? Por que eu não sinto isso no meu coração?”, pergunto mais uma vez ao meu lobo interior, a voz do instinto que guia tantas das minhas decisões.
“Claro que é nossa companheira, Vincent. Como acha que eu confundiria nossa fêmea? A menos que... ela tenha feito algo pra enganar meu faro. Será que ela tá usando algum feitiço? Será que ela é…?!”
— Vincent — ouço o gemido feminino, enquanto ela se aproxima nua até onde estou.
A luz da lua ilumina todo o corpo dela.
— Amor, o que foi? Você... você não me acha bonita? Não gosta de mim? Isso não é o que você sempre quis?
— Esperei por você a minha vida toda, Vincent — sussurra, acariciando meu peito e descendo a mão em direção à minha virilha... que não está nem um pouco acordada.
— Eu também. Também esperei minha vida inteira pela minha companheira — levanto a mão e seguro o queixo dela.
— Você não tinha um filhote do seu antigo companheiro morto?
Pergunto e vejo como ela congela por um instante, mas logo se recompõe, voltando a ser a doce Clárens.
— Sim, meu amor. Mas… achei que você se incomodaria em criar o filhote de outro macho. Eu... deixei ele na minha antiga matilha. Ele está bem cuidado lá.

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