Cedrick
“Eu sei, mas é bom que pensem que conseguiram o que queriam, até mesmo que estou irritado com minha Luna, que há divisões entre nós. Eles se acham infalíveis, mas deixaram muitos rastros pelo caminho.”
“Acham que não vou acreditar nas palavras da Raven, mas eu acredito em cada uma delas. Sei que ela não seria capaz de inventar uma coisa tão absurda. Vamos seguir as pistas dela.”
“A tal da Diana?”, pergunto, embora já imagine a resposta.
“Como suspeitávamos, escoltei ela até as masmorras pra interrogá-la, mas nem tive tempo de nada. Parece que já tinham dado algum veneno de ação lenta pra ela”, Vincent confirmou o que eu já temia.
“Garota burra, com certeza ameaçaram ela com a mãe, mas não podiam fazer nada contra aquela senhora, porque eu a tinha colocado sob proteção tentando evitar isso. Raven avisou, mas mesmo assim ela se deixou levar pelo medo e escolheu acreditar no chantagista.”
Já estávamos chegando nas portas da mansão e Vincent e eu conversávamos sobre todas as pistas a seguir. De longe, vejo minha irmã me esperando com uma expressão preocupada na porta de entrada.
“Cedrick, faz muito tempo que tenho uma desconfiança no meu coração. Não quis te dizer nada, porque acho que apesar da nossa amizade, você escolheria não acreditar em mim. Sua culpa cega não te deixa…”
“Eu sei”, interrompo olhando o rosto angustiado de Amalia, que se aproxima do meu corpo com os olhos vermelhos de tanto chorar.
“Sei que é impossível que Ronan tenha planejado tudo isso sozinho. A chefe das criadas está envolvida, e só pode ser por ordens de alguém. Se prepara, logo os rebeldes vão atacar de novo.”
“É uma distração pra nos entreter e alcançar os objetivos deles, que é passar a Arruba que fizeram a Raven ver por outro ponto da fronteira, através do contrabando. Mas dessa vez, não vamos jogar do mesmo jeito de sempre.”
Por mais que me doa na alma, mais do que os chicotes, tenho que admitir que esse assunto todo não é tão complexo quanto parece. Não se a gente buscar a resposta lógica no lugar certo, ou melhor, na pessoa certa.
Eu me recusei a ver a verdade. Meu coração não queria aceitar, mas não posso continuar ignorando.
*****
Raven
Não sei quanto tempo dormi.
Meu corpo parece flutuar, sei que fui drogada com algum calmante, talvez o mesmo que aplicam na Lady Amalia.
Suspiro e me sento na cama, cobrindo o rosto com as mãos.
Pelo visto, o Beta não é um traidor e só queria me acalmar… ou sei lá. Já não sei de nada e começo a duvidar do meu julgamento sobre tudo e todos.

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