Estava no depósito contando meu estoque de whisky quando ouvi a porta da frente abrir, olhei no relógio e vi que ainda nem passavam das cinco da tarde. Voltei para o bar e me surpreendi com meu namorado ali em pé, tirando a jaqueta de couro para exibir os braços enormes sob a camisa de malha fria.
- Carlos - eu corri para ele em um abraço apertado tão intenso que mesmo com seu peso, quase o fiz cair - quando voltou dos Estados Unidos?
- Ontem - ele mantinha um riso baixo e sincero - se lembra do meu irmão, Willian?
- Ah - finalmente me dei conta do outro homem atrás dele.
- Sim, eu me lembro. Mas o que fazem aqui?
- Achamos que era hora de apresentarmos vocês - Willian se afastou me dando a visão da mulher perfeita que estava com ele - essa é Rebeca, minha noiva.
- E essa é a Jane, minha namorada - Carlos lançou um olhar apaixonado para mim - por enquanto.
- É um prazer conhecê-la.
- O prazer é meu - respondi.
Prazer era o que eu teria na cama se tivesse ao menos uma chance com essa mulher, Rebeca usava um vestido azul claro que marcava bem suas curvas.
- Vocês querem beber algo? - eu os guiei até o bar - meus funcionários ainda não chegaram, mas acho que ainda sei um drink ou dois.
- Não se preocupe - Willian se colocou do lado de dentro do bar - fui barista por algumas semanas no verão, depois que saí da escola, o que querem beber?
Dei de ombros e pedi uma gin tônica, Rebeca se sentou na banqueta alta ao meu lado e viramos, ficando a de frente pra outra.
Carlos parou atrás de mim, com a mão apoiada na minha lombar, em silêncio enquanto nós duas conversávamos.
Rebeca ria de tudo o que eu falava e seus olhos eram atraídos vezes demais para o meu decote, não me incomodei em disfarçar que olhava pra ela também. Ela cruzou as pernas e jogou o cabelo para o lado oposto, estava me provocando.
Carlos era romântico muitas vezes, seu corpo era grande e bruto, gostoso demais, mas há tempos eu não provava alguém tão delicado como Rebecca.
Ela flertava comigo e isso era nítido, os olhos injetados de Willian mostravam que ele tinha notado e gostava daquilo. Minha impulsividade me fez acariciar seus cabelos, ela se inclinou para frente e eu cruzei o restante do caminho, juntando nossos lábios.
O som da coqueteleira que Willian agitava parou e senti a mão de Carlos nas minhas costas ficando mais pesada.
Rebeca se afastou devagar e sorriu.
- Desculpe, eu não sei o que deu em mim.
Eu estava bem mais tranquila, coloquei a mão em sua nuca e a beijei mais profundamente, suas mãos foram direto para os meus seios apertando de leve. Eu ri e me afastei quase caindo do banco, mas Rebeca não queria parar, ela desceu as mãos para minhas pernas apalpando e apertando os lábios outra vez nos meus.
- Você é tão macia - ela sussurrou, afastei as pernas fazendo a camiseta longa que eu usava como vestido subir, Rebeca levou a mão até o núcleo - e molhada.
- Se empolga fácil, não é - eu brinquei - já fez isso antes?
- Não, mas desde que vi sua foto no Instagram de Carlos, só penso nisso.
- Por isso a trouxe aqui, amor. Sabia que você ia gostar - Carlos rosnou no meu ouvido.
Eu gemi, joguei minha cabeça para trás apoiando meu corpo nele enquanto ela descia beijos pelo meu pescoço, esfregando a mão na minha intimidade.
Willian deu a volta no bar se colocando ao lado dela.
- Querida?
Rebeca pareceu se assustar com a voz dele e endireitou o corpo.
- Desculpe, Will.
- Tudo bem, eu não me oponho, mas - ele deu um breve olhar para sua pélvis - o que sugere que eu faça com isso?
Carlos segurou firme minha cintura e pressionou seu corpo contra o meu, me mostrando que também estava duro.
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