Esse conto contém spanking e BDSM, que pode ser incômodo para algumas pessoas.
Eu estava de costas para a turma anotando meu nome no quadro quando começou, a primeira bolinha de papel daquela aula e a décima do dia.
'Srta. Doe. História.'
Eu sei, a matéria não ajudava. Era monótona demais, mesmo que eu chamasse atenção por outros motivos, não consegui ganhar o respeito dos alunos em nenhuma turma.
Me virei para as crianças e vi no final da sala, parado na porta, o professor de Artes e vice-diretor.
Me senti envergonhada por ele estar ali, mas tentei manter o controle, andei de um lado a outro me apresentando e falando sobre a matéria que seria aplicada. Os alunos cochichavam e riam, nenhum deles interessado no que eu falava.
Foi uma hora de total vexame até dispensar os alunos mais cedo, saíram dando graças a Deus.
- Vai me demitir? - brinquei enquanto andava pela sala recolhendo papéis de bala e outros doces.
- Acho mais útil te treinar - Diego entrou na sala e caminhou pelo corredor de carteiras até chegar na minha mesa onde se sentou - adolescentes são difíceis, tem que domá-los.
- Como animais?
- Como monstros.
Nós rimos. Peguei o último pacote de salgadinho e joguei no lixo antes de voltar meu olhar para o professor. Seu rosto sereno e amigável só me fazia pensar no que tinha debaixo daquelas roupas, desde a primeira vez que o vi desejei tirar a sanidade dele, provocando até que perdesse o rumo.
- E quais são suas dicas? -
- Disciplina. Controle. Condicionamento.
Cruzei os braços na frente do corpo e bufei.
- Não concorda?
- Nem um pouco, sei que não fui bem na minha primeira aula, mas esses garotos são como eu, tentar dominá-los só vai torná-los mais rebeldes.
- Vou lhe mostrar, sente-se - ele se virou para a mesa em que estava e apanhou a régua comprida de madeira. Quando se voltou para mim viu que eu não tinha me movido e franziu a testa.
- Não ouviu o que eu disse? - perguntou confuso.
- Passa tanto tempo com adolescentes que não sabe mais conversar com uma pessoa adulta?
- Estou lhe ensinando - ele disse de forma serena, mas percebi uma veia levemente saltada na lateral da sua testa - vou tratá-la como aluna.
Eu ri e balancei a cabeça.
- Acha isso engraçado?
Desci os olhos pelo seu tórax até a pélvis e vi um volume maior que o habitual entre suas pernas, o safado estava gostando daquele jogo.
- Sim, eu acho.
- Jane - ele riu nervoso e passou a mão pelo rosto como se o gesto fosse espantar os pensamentos - sente-se.
- Me obrigue.
Mantive contato visual, apertei mais os braços cruzados, ansiosa pelo que viria a seguir. Diego andou a passos decididos até mim, a régua de madeira firme na mão. Ele agarrou meu pulso e me puxou para frente, meus seios bateram contra seu tórax firme e levantei os olhos um pouco assustada.
- Em primeiro lugar, deve pedir gentilmente - ele aproximou o rosto do meu - me beija.
- Não - eu ri.
- Se não der certo, ordene - ele ficou sério e sua voz mais dura - me beije.
Meu coração errou as batidas e suspirei rápido e assustado, mas dei a mesma resposta.
Seus lábios se chocaram contra os meus, mantive meus olhos abertos e boca fechada o máximo que consegui, ele forçava a língua no pequeno vão alcançando meus dentes, seu aperto em meu pulso ficou mais forte. Senti um fio úmido escorrer entre minhas pernas e soltei um gemido afastando os lábios e devolvendo o beijo com a mesma ferocidade.
Sua mão agarrou a parte de trás do meu cabelo e puxou minha cabeça para trás.
- Lição número dois - Diego soltou meu cabelo e sua mão que segurava meu pulso me virou com força e me jogou contra a carteira onde caí de bruços - punição.
Ele levantou minha saia com um movimento único até acima do quadril, deixando minha bunda mal coberta pela calcinha pequena que eu usava.
- O que está fazendo? - tentei me levantar mas sua mão espalmada encostou nas minhas costas, me segurando inclinada - se acha que vou obedecer, está muito enganado.
- Você vai - senti a régua acertar minha bunda pela primeira vez, uma ardência fez minha pele queimar e minhas pernas tremerem com o choque, segurei a lateral da carteira com força tentando não gemer - vai se sentar?
- Não - minha voz saiu falha, respirei fundo e aguentei um segundo golpe, em cima do primeiro, o que intensificou a dor.
Fechei os olhos apertados, me esforçava para manter a respiração sob controle, odiaria implorar para que ele me comesse quando a brincadeira mal tinha começado.
- Vai se sentar?
- Não.
Outro golpe, pelo menos teve o cuidado de acertar o outro lado, ardia tanto que tive certeza que ele usava toda a sua força, Diego deu uma volta pela sala dobrando as mangas da camisa até os cotovelos.
- Posso fazer isso a noite toda, Jane. Vou lhe perguntar mais uma vez, vai se sentar?
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