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Após meu noivo fugir, casei com seu pai. romance Capítulo 8

Cap.8: Astucia é meu nome do meio.

Assim que o carro parou, ela saltitou para fora, seguindo em direção à farmácia. Ninguém sabia o que a moça fardada, com boné cobrindo o rosto, planejava, mas seu sorriso maldoso era evidente.

— Ataduras, pomadas, protetores… Violeta genciana e… — Ela hesitou por um momento, antes de pedir a substância nociva de cor rosa.

Com um sorriso de orelha a orelha, a menina saltitante retornou ao carro. Os seguranças informaram Morgan sobre a parada na farmácia e o trajeto percorrido, enquanto Hanna, discretamente, aplicava uma pomada branca no rosto, criando pintas brancas que cobriam algo.

Empolgada, ela suspirou ao chegar ao local que a fez relembrar seu infeliz casamento. De repente, Murilo surgiu em sua mente. No fundo, sentia-se culpada por tê-lo rejeitado, mas já estava casada, sem opções. Apesar de considerá-lo um bom pretendente para o futuro, seria injusto deixá-lo esperando enquanto cumpria o acordo.

Após passarem pelo grande portão e virarem à esquerda, seguindo por uma estrada entre as árvores, ela se encantou com a beleza do lugar. As árvores e a riqueza de plantas a levaram a uma entrada separada: uma grande porta de madeira talhada, aparentemente aberta, já que um dos homens a destrancou sem a chave.

Seguindo-os até o andar de cima, ela encontrou diversas portas.

— Uau... — murmurou ela sem fôlego. — Ele não estava brincando quando disse que eu teria um lugar grande...

— Este andar tem sete quartos, — informou um dos homens. — Você pode escolher qualquer um deles para morar. Avise-nos qual será sua escolha. No entanto, o senhor Farrugia não disponibilizou empregados para este anexo. Você deverá cozinhar e limpar tudo. A casa será sempre abastecida com o que for necessário, e um funcionário estará à sua disposição quando precisar que algo seja trazido.

— Preciso de roupas! — anunciou de imediato, ignorando-os e caminhando pelo corredor. Ela abria todas as portas dos quartos, deixando-as abertas com os olhos brilhando a cada decoração.

— Senhor Farrugia já providenciou tudo, — o homem disse com precisão, evitando o olhar de Hanna. — No final da tarde, alguns funcionários trarão caixas com tudo que precisa, desde produtos de higiene e cuidados pessoais até peças de roupa. A despensa da cozinha já está abastecida com tudo que você precisa.

— A única regra desta mansão é que você não pode sair. — Ele fez uma pausa, como se ponderasse suas palavras. — Há biblioteca, sala de jogos e, na lateral, uma área ao ar livre com piscina. Logo alguém virá para lhe mostrar o local.

Hanna estendeu a mão como um teste proposital. — Obrigada! — ela disse com ironia. — Vocês são muito gentis.

“Mas também, o que eu poderia esperar? Viver algum tipo de romance? Além do fato que eu chamei aquele homem de velho, realmente pensei que ele tivesse em torno de uns cinquenta anos, mas não é nada disso e ainda é lindo... Uau... eu ainda sou tão patética, só faltou eu me apaixonar por ele, isso nunca!”

Hanna continuava a se martirizar sozinha naquele amplo e perturbador silencio, enquanto os seguranças agora estavam no escritório de Morgan lhe atualizando sobre todos os passos de Hanna.

— O que ela estava comprando na farmácia? — perguntou Morgan aos homens que permaneciam com suas posturas imponentes a sua frente.

— Pomadas, ataduras e coisas para o rosto, antes não parecia... eu não sei explicar já que ela estava usando um boné, mas ela não parecia ser deformada... — murmurava o homem apreensivo encarando outro. — mas depois... Parecia que tinha muitas manchas e de repente ela disse que tinha feridas que poderiam até mesmo explodir.

Naquele momento Morgan se sentou ansioso passando os dedos entre os fios de seu cabelo de tão inquieto que ficou.

— Ela é tão horrível assim? — perguntou de repente inseguro, eles confirmaram com a cabeça então ele sinalizou para que eles saíssem. — então é melhor que fique naquele anexo, ninguém pode ver a pessoa que se uniu a família Farrugia, nem que ela é casada comigo, a partir de hoje Hanna Ortiz vai ficar presa naquele anexo! — asseverou ele para si próprio com rigidez.

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