Cap.80: não pode durar muito.
— Onde esteve? — Morgan perguntou a Danica, levando-a para perto da mesa de repente. A erguendo e a sentando sobre a madeira maciça do móvel.
— Morgan... — ela protestou, tentando o afastar, ao mesmo tempo em que sentia seu corpo arrepiar com os lábios dele sobre seu pescoço, distribuindo beijos. — Céus... — ela apertou os olhos, se praguejando por ter se esquecido de cobrir o rosto.
De repente, Morgan se afastou com os olhos curiosos sobre ela. Ao fungar seu cheiro, ele apertou os olhos e suas lembranças foram ativadas com o perfume. De repente, a memória de Hanna veio à sua mente e ele encarou Danica.
— Por que vocês têm o mesmo cheiro? — perguntou ele, desconfiando.
Hanna gelou, ainda sentada sobre a mesa, sem saber o que dizer. Naquele momento, ela tinha cometido um grande erro.
Morgan segurou uma das mechas de seu cabelo e sentiu novamente o delicado odor.
— Do que está falando? — ela perguntou, balbuciando. — E de quem está falando?
— Você está com o mesmo cheiro de Hanna Ortiz. O que está acontecendo? — ele perguntou em seguida, recuando.
— Não... — Morgan sorriu cético, balançando a cabeça negativamente e ficando tonto.
— O que está pensando? — ela perguntou cética, ao ter uma ideia. — Eu... mesmo que você não permita, eu estou indo para o anexo também. É mais seguro para mim. — avisou ela com falsa indignação.
— Mas isso não justifica seu cheiro. — asseverou Morgan.
— Bom... eu mal tenho roupas para vestir, essa é a verdade. — confessou ela, abaixando a cabeça com falsa vergonha, demonstrando estar deprimida por isso. — Até mesmo os perfumes que eu uso, são de sua esposa. Ela que me permite usar tudo que preciso por sempre estar presa naquele anexo como uma prisioneira.
— Ah... — ele suspirou, voltando à calma. Mas Hanna acabou percebendo que revelar a verdade não traria coisas positivas. Ela não sabia, mas Morgan tinha seus princípios em relação à mentira.
— Não use mais, foi assustador pensar que você era ela. — ele comentou com o olhar sério sobre Hanna, que engoliu em seco.
Ela desceu da mesa de forma lenta e se aproximou dele.
— Mas... como você sabe que Hanna tem esse cheiro? Você nem mesmo a conhece. — perguntou ela com um sorriso de canto, a fim de o testar.
— Eu senti esse cheiro hoje. Onde você esteve? Saiu? — perguntou ele, interessado em saber dela. Mas Hanna queria saber o que ele falaria.
— Você não me respondeu, como sabe que ela tem esse cheiro, já que você disse que não entrava naquele anexo? — ela perguntou, agora com a voz mais alterada. Morgan ergueu as sobrancelhas e desviou o olhar, pigarreando uma vez.
— Eu fui até lá após um certo ocorrido desagradável, um conflito entre ela e Líara. — ele contou, desviando o olhar e coçando a ponta do nariz.
— O que mais? — ela perguntou, o encarando de esguio.
— Eu fui ver se ela estava bem, porque ela teve contato com uma água imunda que poderia ter infeccionado sua pele. Eu queria ver se seu rosto estava bem e acabei presenciando ela no banheiro... — ele comprimiu a face com desconforto e nervosismo por estar contando isso a Hanna, que ficou ainda mais sem reação.
— Está dizendo que você a viu sem roupa? — perguntou ela, demonstrando frustração. Hanna estava encenando tão bem que estava deixando Morgan desconfortável.
— Vi... — ele suspirou, apreensivo.
— Você gosta dela? — ela perguntou, suspirando desapontada, mas Morgan estava incrédulo.


VERIFYCAPTCHA_LABEL
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após meu noivo fugir, casei com seu pai.