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Após o Divorcio Meu Marido Se Arrependeu romance Capítulo 12

“Reconhecer erros é o primeiro passo para a mudança.”

O despertador tocou e sem demora, Ethan abriu os olhos e percebeu que havia adormecido na cama ainda de toalha. Sentiu o corpo todo dolorido, tinha dormido de mal jeito, nem lembrava em que momento da madrugada havia fechado os olhos. Se levantou e caminhou até o banheiro, tomou um banho gelado e retornou para o quarto indo em direção ao closet onde escolheu um terno e se trocou.

Olhou para o relógio de pulso e viu que ainda eram seis e trinta da manhã, sabia que Helen costumava acordar mais tarde do que ele, pois ela apenas pegava na empresa às dez horas. Terminou de se arrumar e caminhou em direção a cozinha. Os dois haviam acordado que não teriam governanta, Helen havia pedido para deixar ela tomar conta da casa e Ethan não fez objeção.

Foi até a geladeira a abrindo e pegou algumas coisas para preparar um café da manhã. Não tinha o hábito de comer pela manhã, tomava apenas um café forte e sem açúcar, mas ele sabia que Helen apreciava a refeição, então, resolveu fazer algo para ela.

Fez algumas torradas, ovos mexidos, bacon. Cortou algumas frutas para salada e fez chá, pois do pouco que observou a esposa, sabia que ela preferia sempre um chá no lugar do leite ou do café. Olhou a mesa posta e sorriu orgulhoso. Sentou-se e apenas ficou esperando ela chegar, o que não demorou muito a acontecer.

Cinco minutos depois lá estava Helen, vestida para ir trabalhar. Normalmente ela tomava seu café sozinha, pois sabia, que Ethan além de não ter o hábito de comer pela manhã, nunca sentava na mesa com ela. Assim que viu a cena, esfregou os olhos achando estar sonhando. Ethan sempre saía primeiro que ela para não ter que dividir o mesmo ambiente, como se ela fosse uma praga ou coisa parecida. Mas contrariando a rotina, lá estava ele com a mesa posta e bem arrumada sobre o balcão da cozinha americana e parecia esperar por ela.

— Bom dia... Helen.

Helen por um momento ficou sem dizer nada. Era surreal, aquilo não podia estar acontecendo. Piscou duas vezes e respondeu:

— B-Bom dia... está tudo bem com você? — ela não resistiu em perguntar.

Já ele, somente deu um curto sorriso, um pouco nervoso com a situação, mas entendeu o porquê da sua reação e disse:

— Sim. Somente sente-se e coma alguma coisa. — Helen se mostrou hesitante, ficando imóvel no mesmo lugar e isso deixou Ethan de uma certa forma magoado. Com a voz arisca ele proferiu: — Não se preocupe, não está envenenado!

— Eu não duvidaria… — murmurou para si mesma, entretanto, ele escutou e perguntou:

— Você de fato acha que eu teria coragem de te matar? — perguntou erguendo a sobrancelha, não acreditando que ela havia falado em voz alta o que pensou.

Helen por sua vez, recuou se amaldiçoando por ser tão imprudente. Envergonhada, baixou o rosto e disse:

— Pe-perdão, eu só… — Ethan se calou e ficou apenas analisando o rosto delicado da mulher diante de si, que percebendo a mágoa nos olhos do marido perguntou: — Ainda quer que eu me sente?

O empresário assentiu e ela se aproximou devagar sentando na sua frente. Começou a degustar o café da manhã ao lado dele e não dirigiram uma única palavra um para o outro.

"O que está acontecendo com ele?"

“O que mudou?”

Sem respostas para elas, decidiu seguir o marido e pensar sobre isso depois.

Dentro do carro, o ambiente era sufocante. Um silêncio pesado, tenso, que pairava entre eles, carregado de significados não ditos e emoções contidas. Helen sentia cada batida acelerada de seu coração ressoar em seus ouvidos. As mãos trêmulas repousavam sobre o colo, e apesar da aparente calma, sua mente era um verdadeiro turbilhão.

Ela podia sentir que algo havia mudado. Por mais que a mudança parecesse ser positiva, ela temia. A ansiedade apertava seu peito, e os pensamentos se atropelavam em busca de uma resposta lógica, mas não havia nenhuma. A viagem até a empresa pareceu mais longa do que deveria, o peso do silêncio entre eles tornava cada quilômetro insuportável.

Quando menos esperava, o carro deslizou suavemente até parar em frente ao imponente edifício da Carter Enterprises. Por um momento se sentiu aliviada por já ter chegado ao local de trabalho, levou a mão até a maçaneta da porta a abrindo, pronta para descer quando parou ao ouvir a voz grave e rouca do marido:

— Me espere na recepção.

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