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Após o Divorcio Meu Marido Se Arrependeu romance Capítulo 158

A segunda ameaça havia deixado marcas. Não apenas no protocolo de segurança ou nas estratégias de proteção que Ethan, Liam e James organizavam dia após dia, mas nas entrelinhas da rotina, nos silêncios demorados, nos olhares mais atentos, nos abraços que duravam um pouco mais do que o normal.

Era noite quando Ethan voltou para casa.

A cidade pulsava lá fora, indiferente ao que crescia dentro dele: um nó entre a fúria e o medo, a urgência de agir e o desespero de manter tudo intacto.

Ele entrou no apartamento em silêncio. Tirou os sapatos ao lado da porta, afrouxou a gravata e atravessou o corredor iluminado apenas por abajures. O cheiro suave de lavanda ainda pairava no ar. O lugar exalava aconchego… mas para ele, era um campo de batalha disfarçado de lar.

Chegando ao quarto, Ethan parou na soleira da porta.

Ali, no meio da cama, deitada de lado, com os cabelos soltos como ondas sobre o travesseiro, estava Helen. Dormia profundamente, com uma das mãos repousada sobre o ventre já levemente curvado. Os lençóis revelavam parte do ombro, da coxa, do perfil de quem ainda tinha no rosto um traço de serenidade, mesmo em meio ao caos.

O coração de Ethan apertou.

A visão dela, frágil e serena, era um soco e um alívio ao mesmo tempo. Caminhou até o pé da cama, sentou-se na beira, e ficou apenas olhando.

— Meu Deus… — sussurrou, com a voz embargada. — Como alguém ousa ameaçar isso?

Passou a mão devagar sobre o lençol, sentindo a presença dela com a ponta dos dedos.

— Nada vai tocar vocês. Nem Miranda, nem o inferno inteiro. Eu juro.

Ele se inclinou e beijou levemente a barriga dela por cima do tecido. Ficou ali por alguns segundos, apenas escutando a respiração suave de Helen.

Depois, levantou-se com cuidado e foi até o banheiro.

A água caía quente sobre os ombros largos de Ethan. Os músculos contraídos se desfaziam sob o vapor. Ele apoiou as mãos no mármore gelado da parede e fechou os olhos. A testa encostada na superfície fria fazia contraste com o calor que emanava do peito.

Imagens passavam como flashes pela sua mente: a caixa, a mensagem, a ameaça invisível que parecia cada vez mais perto.

E então…

O som suave da porta se abrindo e as mãos pequenas delicadas e quentes deslizando pelas costas dele, com a delicadeza de quem não queria assustar, mas também de quem sabia exatamente onde tocar.

Ele sorriu. Ainda de olhos fechados.

— Está tudo bem, amor? — veio a voz sussurrada atrás dele.

Ethan virou devagar, buscando seus olhos com ternura.

— Agora sim.

Não esperou resposta de Helen, se aproximou ainda mais e capturou os lábios dela em um beijo urgente, feroz, faminto. Um beijo que dizia: me segura, ou eu desabo. E Helen entendeu respondendo com a mesma intensidade, com o mesmo desejo e com a mesma certeza.

A água escorria entre eles, tornando os corpos ainda mais sensíveis. Ethan colocou Helen contra a parede de mármore, uma das mãos deslizando para a nuca dela, a outra descendo pelas costas até encontrar a curva das coxas.

— Você… — ele murmurou, ofegante entre beijos — é minha salvação. Minha guerra. Minha cura.

Capítulo 158 - Silêncio, Promessas e Desejo 1

Capítulo 158 - Silêncio, Promessas e Desejo 2

Capítulo 158 - Silêncio, Promessas e Desejo 3

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