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Após o Divorcio Meu Marido Se Arrependeu romance Capítulo 159

A estrada era longa, cercada por campos amarelados e árvores esparsas que dançavam com o vento frio do fim de tarde. James mantinha as mãos firmes no volante, mas sua mente estava um turbilhão. A cada quilômetro que se afastava da cidade, mais fundo mergulhava em lembranças e perguntas sem resposta.

O GPS indicava que faltavam apenas dois minutos até o destino. Ele passou por uma placa enferrujada que dizia “Bem-vindo a Santa Amélia”, uma cidadezinha esquecida no mapa, do tipo que parecia ter parado no tempo. Casas simples, ruas silenciosas, e um silêncio inquietante no ar.

James estacionou diante de uma casa modesta, com a pintura descascada e o jardim negligenciado. Respirou fundo, tentando preparar-se para o que estava prestes a encontrar. Subiu os degraus da varanda com passos firmes e bateu à porta de madeira envelhecida.

Não demorou muito para que ela se abrisse.

A mulher à sua frente parecia carregada de uma tristeza antiga. Os cabelos grisalhos presos num coque simples, olhos fundos e olheiras profundas. Quando viu James, congelou. A mão permaneceu na maçaneta, mas os olhos… os olhos reconheceram algo de imediato. Antes mesmo que James dissesse qualquer coisa, ela murmurou, com a voz embargada:

— Eu sei quem é.

James hesitou, não esperava por isso. Ficou em silêncio, esperando que ela prosseguisse.

A mulher baixou os olhos, suspirou fundo, e então, com amargura:

— O que minha filha fez dessa vez?

A pergunta pairou entre os dois como uma lâmina. James engoliu em seco, observando a expressão cansada da mulher. Ela parecia não se surpreender, apenas… exausta. Como alguém que já não esperava boas notícias.

— Posso entrar? — perguntou ele, enfim.

Ela assentiu, abrindo espaço.

O interior da casa era simples, mas limpo. Uma sala pequena, com móveis antigos e fotografias em preto e branco nas paredes. O cheiro de madeira envelhecida misturava-se com o de café recém-passado. James sentou-se no sofá, enquanto a mulher se acomodava à sua frente, as mãos retorcidas no colo.

— O nome dela é Helen — começou James, direto, a voz firme, mas baixa. — A garota. Miranda está… ameaçando-a. Já aconteceram duas situações graves. Não posso provar ainda, mas tudo aponta para ela. E… há um bebê envolvido.

A mulher fechou os olhos ao ouvir isso, como se cada palavra fosse um golpe em sua alma. Ficou assim por um instante, respirando com dificuldade. Então se levantou lentamente.

— Venha comigo.

James a seguiu em silêncio por um corredor estreito, até que ela parou diante de uma porta no fim. Havia algo sombrio no ar. Ela segurou a maçaneta, hesitante por um segundo, como se ainda tivesse a esperança de que aquilo fosse apenas fruto da sua imaginação.

Mas abriu.

O quarto estava escuro, abafado. Ela acendeu a luz.

James deu um passo para dentro… e parou.

O choque foi imediato. As paredes estavam cobertas de fotos. Fotos dele, de Ethan, de Helen. Recortes de jornais, capturas de tela, impressões em papel comum… algumas rabiscadas com frases confusas. Mas o que fez o sangue de James gelar foram os textos abaixo das imagens de Helen.

“Ela vai pagar.”

“Ela tirou tudo de mim.”

“Ele era meu.”

Capítulo 159 - A Porta que Nunca Deveria Ser Aberta 1

Capítulo 159 - A Porta que Nunca Deveria Ser Aberta 2

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