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Após o Divorcio Meu Marido Se Arrependeu romance Capítulo 18

Helen e Zoe estavam sentadas em um restaurante charmoso no centro da cidade. A mesa, decorada com um pequeno vaso de flores brancas, tinha pratos quase intocados, pois a conversa parecia muito mais interessante do que a comida. Zoe estava visivelmente animada, seus olhos brilhando de curiosidade enquanto se inclinava para frente.

— Tá, agora me conta, Helen! — disse Zoe, sorrindo travessa. — Como assim você veio para a empresa com o Ethan hoje?

Helen suspirou, mexendo distraidamente no suco com o canudo.

— Ele só quis ser gentil depois do que aconteceu ontem. — respondeu, tentando parecer indiferente.

— Sei… — Zoe ergueu uma sobrancelha, desconfiada. — E o que foi que aconteceu ontem?

O sorriso no rosto de Helen sumiu e ele encarou Zoe nos olhos.

— Não viu a matéria?

— Matéria?

Helen pegou o celular o mexendo e procurou nas redes socias. Elevou a sobrancelha em confusão percebendo que a matéria havia sido removida.

— Vamos Helen me conta logo o que o idiota do meu irmão fez dessa vez!

Helen depositou o celular sobre a mesa e suspirou fundo antes de começar a falar.

— Uns paparazis tiraram uma foto de Ethan com Miranda saindo de um motel.

— O QUE?

— Zoe calma…

— Calma? Meu irmão não pode estar desfilando com essa vagabunda dessa maneira. Ele deve respeito a você. Ah ele vai me ouvir e…

— Eu o peitei ontem, Zoe. — Zoe se calou e encarou a cunhada nos olhos esperando que ela continuasse. — Disse tudo o que estava entalado na minha garganta. Falei como me sentia, como ele me magoou, e que não podia continuar ignorando isso.

O rosto de Zoe se iluminou de orgulho.

— Ah, Helen, eu sabia que você tinha isso dentro de você! — exclamou, batendo palmas de leve. — Você merecia se fazer ouvir. Ele ficou como?

— Na verdade ele tentou dizer alguma coisa, mas… eu não deixei! Hoje pela manhã, ele preparou uma mesa de café da manhã e insistiu em me levar para o trabalho.

— Preparou uma mesa de café da manhã? O Ethan cozinhou para você?

— Zoe… não foi bem isso, mas… — Helen sorriu. — confesso que me deixou surpresa.

— Que fofo! Daria tudo para ver isso!

— Zoe…

— Helen…

Helen suspirou fundo e se calou. Sabia que a cunhada tinha esperanças que seus sentimentos atingissem o coração de Ethan, Helen também desejava por isso, mas ela sabia que era um caminho muito longo a ser percorrido.

Zoe sorriu satisfeita e disse:

— Isso significa que alguma coisa mexeu com ele. Você pode não ver agora, mas eu conheço meu irmão, ele não faz nada sem motivo.

Antes que Helen pudesse responder, uma presença inesperada as interrompeu. O salto alto ecoou pelo chão de mármore do restaurante, e ambas sentiram o cheiro de um perfume forte e sofisticado antes mesmo de olharem para cima.

Miranda estava parada ao lado da mesa, com um sorriso presunçoso no rosto. Seu olhar se deteve primeiro em Zoe, depois em Helen.

— Mas que coincidência agradável… — disse ela, fingindo simpatia. — Zoe, querida…. Helen.

Zoe se forçou a não revirar os olhos.

— Miranda. — respondeu, forçando um tom neutro.

Helen manteve-se em silêncio, apertando levemente o garfo em sua mão. A presença da amante de Ethan era o último acontecimento que queria enfrentar naquele dia.

Miranda, no entanto, não parecia se importar com a tensão na mesa, muito pelo contrário, parecia se divertir com ela.

— Helen, entregou o celular de Ethan? Mas acredito que tenha esquecido de dar o meu recado… — disse, inclinando levemente a cabeça para o lado. — Por gentileza, pode repassá-lo hoje?

O coração de Helen afundou dentro do peito, mas ela manteve o rosto impassível. Não daria o gosto a Miranda, sorriu encarando a mulher nos olhos e disse:

A comida à minha frente já não tinha sabor, e o ambiente agradável do restaurante havia se transformado em um cenário sufocante. Eu me sentia pequena, vulnerável, e isso apenas confirmou aquilo que eu já sabia: Ethan apenas estava sendo gentil por pena!

Zoe falava algo ao meu lado, provavelmente tentando me confortar, mas eu não conseguia processar. Minha mente estava em outro lugar, pintando imagens que eu tentava desesperadamente evitar: Ethan e Miranda juntos rindo. Ele atendendo ao telefonema dela, interessado na tal “surpresa”.

Fechei os olhos por um instante, tentando afastar os pensamentos, mas eles eram implacáveis. Por que isso ainda me afetava tanto? Eu sabia que nada ia mudar, que o Ethan e a Miranda se amavam e iam continuar se vendo, talvez agora ele fosse um pouco mais discreto… mas nada iria ser diferente.

— Helen, você está bem? — Zoe perguntou, tocando de leve minha mão sobre a mesa.

Assenti, forçando um sorriso que nem eu mesma acreditei.

— Só estou cansada. — menti. — Acho que vou para casa.

Zoe franziu a testa, claramente preocupada.

— Tem certeza? Você não tem mais nada na empresa para resolver?

Balancei a cabeça. A última coisa que eu queria era ir para aquele ambiente e correr o risco de ver Ethan. Ou pior, ver Samanta por lá, pairando como uma sombra, se divertindo com minha fraqueza.

— Não, eu… preciso de um tempo sozinha.

— Eu te levo em casa e…

— Não Zoe, termina seu almoço, eu pego um táxi, tudo bem. — digo olhando nos olhos da minha cunhada que suspira visivelmente triste. Paguei minha parte da conta e saí do restaurante sem olhar para trás. A cada passo que eu dava, o peso em meu peito aumentava. Minha mente me torturava com cenários que talvez nem fossem reais, mas que pareciam vivos o suficiente para me ferir.

Quando finalmente cheguei em casa, me joguei no sofá, sentindo um nó na garganta. Respirei fundo, tentando me acalmar. Eu não podia deixar Samanta me afetar assim. Eu não podia permitir que ela tivesse esse poder sobre mim.

Mas, por mais que tentasse me convencer disso, a verdade era outra:

Ela era a mulher que o Ethan amava e isso nunca ia mudar.

Minha mente sabia disso, mas meu coração se recusava a aceitar. Fechei os olhos com força, tentando afogar a dor que queimava dentro de mim. Mas era inútil. As palavras de Miranda ainda ecoavam, o rosto dela ainda pairava diante dos meus pensamentos como um lembrete cruel de que ele nunca seria meu.

O cansaço me venceu e, antes que percebesse, fui afundando no sono ali mesmo, no sofá. Minha mente doía, mas nada se comparava a dor que eu sentia no meu coração, às vezes, penso em desistir de tudo e a pergunta que gira na minha cabeça, por quanto tempo ainda irei suportar?

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