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Após o Divorcio Meu Marido Se Arrependeu romance Capítulo 31

Helen depois que saiu do banheiro, se jogou na cama macia do quarto de Ethan, soltando um suspiro de satisfação. O quarto de Ethan, apesar de já não ser tão usado, ainda tinha aquele cheiro característico dele: amadeirado, forte e quente.

— Então esse foi seu império durante a adolescência? — ela perguntou, olhando ao redor.

Ethan, que estava encostado no armário com as mãos nos bolsos, riu e disse:

— Se império você quer dizer o lugar onde eu ficava de castigo pelo menos uma vez por semana, então sim.

Helen riu.

— Eu imagino. Você devia ser terrível.

Ele ergueu uma sobrancelha.

— Como assim "devia"? Eu sou um anjo, Helen.

Ela revirou os olhos.

— Sim, claro.

Ethan caminhou até a cama e se sentou ao lado dela, com os olhos fixos em um ponto distante, como se lembrasse de algo.

— Quer saber um segredo? — Helen apenas meneou a cabeça em concordância. — A primeira tatuagem que eu fiz foi escondido da minha mãe.

Helen arregalou os olhos, interessada. Ethan soltou um riso baixo e continuou:

— Eu e um amigo fizemos juntos quando tínhamos dezesseis anos. Ele quase desmaiou, mas eu banquei o durão.

— E quando Amélia descobriu?

— Ela me pegou dias depois. Eu estava saindo do banho e esqueci de trancar a porta. Quando ela viu, ficou uma fera! Pegou uma faca da cozinha e ameaçou "tirar meu couro" ali mesmo.

Helen gargalhou alto, o som de seu riso ecoou por todo quarto. Ela ria de verdade, o corpo balançando levemente, os olhos fechados e as bochechas coradas de tanto rir.

Ethan ficou em silêncio por um momento, apenas observando-a.

Deus... como ela era linda. — pensou.

Não era só o sorriso, não era só o som delicioso da gargalhada, era o jeito que ela ria: Livre, sem medo, sem tentar se conter. E ele gostava disso mais do que deveria.

— Eu adoraria ter visto essa cena. Sua mãe com uma faca e você correndo desesperado.

Ethan sorriu e deitou na cama colocando os braços por trás da cabeça e disse fazendo um bico:

— Não foi engraçado! Eu quase morri! — protestou, mas acabou rindo junto.

Quando o riso dela finalmente cessou, ele a observou por um instante antes de perguntar:

— E você? Nunca quis fazer uma tatuagem?

Para sua surpresa, Helen corou instantaneamente e Ethan franziu a testa, intrigado.

— O que foi?

Ela mordeu o lábio, hesitante e disse:

— É que... na verdade... eu já tenho uma.

Ethan se virou para encará-la completamente, surpreso e perguntou:

— Sério? E eu achando que você era toda certinha.

Helen cruzou os braços, ainda com as bochechas coradas e respondeu:

— O que isso tem a ver? Ter uma tatuagem não me torna menos certinha.

Ethan sorriu de canto, gostando do jogo. Sentou na cama e se aproximou dela encarando seus olhos azuis e disse:

— Depende do que é e do local que foi feito, não é?

Helen corou com o olhar intenso dele e desviou o olhar, mas ele insistiu:

— Então... onde fica essa tatuagem?

Helen desviou o olhar, envergonhada, enquanto ele corava levemente. A ideia de uma tatuagem ali, em um lugar tão íntimo, pegou-o desprevenido.

Engolindo em seco, Ethan se jogou na cama ao lado dela, tentando disfarçar.

— Bom… pelo menos não é um unicórnio na bunda. — ele brincou, encarando o teto.

Helen soltou uma risada, balançando a cabeça.

— Definitivamente não.

Os dois ficaram ali por um tempo, apenas conversando coisas triviais. Falaram sobre os jantares intermináveis da família de Ethan, sobre como sua mãe sempre exagerava na comida, sobre o fato de Helen ainda não ter aprendido a fazer panquecas decentes.

Ele virou a cabeça para o lado e a observou por um momento, vendo como ela ainda apertava os dedos contra a colcha, claramente desconcertada e decidiu mudar de assunto, até porque não queria que sua mente acabasse lhe levando a um lugar perigoso…

— E aí, amanhã você tem que ir cedo para a empresa?

Helen assentiu, aceitando a distração e respondeu:

— Sim, tem algumas reuniões com clientes, nada muito interessante.

— Entendo. Eu também tenho um dia cheio. Mas pelo menos hoje conseguimos sobreviver ao jantar sem ninguém perguntar quando vamos ter filhos.

Helen riu.

— Por enquanto. Da próxima vez, sua mãe vai trazer o assunto à tona, pode apostar.

Ethan bufou respondendo:

— Aposto que sim.

O silêncio se instalou por alguns segundos, mas era um silêncio confortável. Ambos estavam deitados, olhando para o teto, absorvendo a tranquilidade do momento.

Foi então que Ethan quebrou a paz com uma pergunta inesperada:

— Helen, você já amou alguém?

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