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Após o Divorcio Meu Marido Se Arrependeu romance Capítulo 53

O barulho da porta se fechando ecoou pelo apartamento silencioso, seguido pelo som metálico das chaves sendo arremessadas sobre a mesa de mármore da sala. Ethan estava encostado na porta, o peito arfando, as mãos ainda trêmulas de raiva e desejo mal resolvido.

Helen girou lentamente sobre os próprios pés, com os olhos embriagados de álcool e de uma provocação que beirava a loucura.

A luz do lustre dourado iluminava suas curvas, seu vestido justo, a fenda que subia perigosamente até o alto da coxa. E então, como se tudo aquilo fosse um palco montado para o descontrole, ela levou as mãos até o zíper nas costas e puxou.

— Helen… — Ethan murmurou, com a voz rouca e grave, como um aviso contido.

Mas ela apenas sorriu. Um sorriso travesso, de lábios vermelhos borrados e olhos brilhando de desafio.

O vestido escorregou pelo corpo dela como um suspiro, caindo aos pés com um som suave de tecido no mármore. Sem desviar os olhos ela levou as mãos ate a fina tira da calcinha e baixou devagar. Ethan não desviava os olhos e sua respiração começava a ficar acelerada. Com um sorriso ladino, Helen finalmente tirou tudo, ficando nua, completamente nua, de frente para ele, como se estivesse oferecendo o próprio corpo em sacrifício a um deus de autocontrole.

— E aí, marido… — sussurrou, com os ombros retos, o queixo erguido e uma pitada de veneno nos lábios. — Gosta do que vê?

Ethan fechou os olhos por um segundo. Respirou fundo. Depois mais uma vez. E mais uma.

Não. Não. Ela está bêbada. — pensou.

Isso seria fácil… mas errado.

Quando abriu os olhos novamente, ela ainda estava ali, nua, linda, arrebatadora e completamente sem vergonha.

— Você é um perigo — ele disse baixo, cruzando a sala até ela, tirando o paletó para envolver nos ombros dela.

— Você me trouxe até aqui… agora lide com as consequências.

— Helen… — ele tocou seu rosto, afastando uma mecha de cabelo molhado de suor e bebida. — Você vai me deixar louco.

Ela sorriu.

— Já não deixei?

Ethan bufou, passando uma das mãos pelo cabelo. Depois, sem aviso, passou o braço por trás das coxas dela e a ergueu no colo com firmeza.

Helen se agarrou ao pescoço dele, rindo.

— Vai me carregar pra cama? — provocou.

— Não. Vai tomar um banho. Você está fedendo a tequila e confusão.

— E você tá cheirando a tentação.

O corredor parecia mais estreito do que o habitual. Ethan entrou no banheiro e a colocou de pé sobre o tapete. Abriu o chuveiro, ajustou a temperatura e voltou os olhos para ela.

Helen entrou debaixo da água com um sorriso encantado, os cabelos escorrendo pelas costas, a pele úmida brilhando sob o vapor.

Ethan queria desviar o olhar. Queria mesmo, mas não conseguiu.

Ela estendeu a mão para ele.

— Vem… — sussurrou. — Me ajuda com o banho, marido.

— Você não facilita mesmo…

Ele entrou no box, vestindo apenas a calça, e pegou o sabonete líquido. Ensaboou as mãos, e começou a lavar os ombros dela, os braços, descendo até a cintura com movimentos lentos e cuidadosos.

Helen se aninhou nele, envolvendo os braços ao redor de seu pescoço.

— Eu amo o seu cheiro — disse baixinho, encostando o nariz na curva do pescoço dele. — Amo o jeito que você me segura. Amo o calor da sua pele.

Ethan fechou os olhos. Seus dedos pararam por um segundo.

— Helen, não…

— Só tô falando a verdade. E você sabe.

Ela deslizou as mãos pelas costas dele, deslizou pelo abdômen sarado até a barra da calça molhada, e tentou abrir o botão, mas ele segurou seus pulsos com firmeza.

— Chega. — disse com a voz baixa, sombria. — Você tá bêbada. Não vou tocar em você assim.

Ela soltou uma risada arrastada, provocativa.

— Então me leva pra cama, senhor Carter. Prometo que vou ser boazinha.

E foi exatamente o que ele fez.

Saiu do box, pegou uma toalha e a envolveu com cuidado. Depois, sem dizer uma palavra, a carregou no colo até o quarto. Colocou-a sentada na beirada da cama, abriu uma gaveta e tirou uma camisa de malha dele, larga e macia, e começou a vesti-la.

Ethan ficou imóvel por longos segundos. O corpo em combustão, mas a mente grata por aquele martírio ter acabado. Pelo menos, por enquanto.

Ele a envolveu com os braços, devagar, e virou de lado na cama, trazendo-a para junto de si, tirando com cuidado a mão dela de dentro de sua roupa, e cobrindo o corpo dela com o cobertor.

— Você vai me matar, chatinha — murmurou contra o cabelo dela. — E ainda vai sorrir no meu funeral.

Fechou os olhos e ficou ali. Apenas ouvindo a respiração suave dela, sentindo seu calor contra o peito, o perfume doce da pele misturado com o sabonete recém-usado. E torcendo para que, quando o sol nascesse… a vontade de beijá-la ainda não fosse tão incontrolável quanto agora.

Mas ele sabia, estava completamente ferrado, e no fundo… adorando cada segundo.

✲ ✲ ✲

Helen acordou menos de uma hora depois, virando-se devagar, com um gemido sonolento. A primeira coisa que sentiu foi o calor, abafado, envolvente, quase sufocante. Passou a mão pela testa úmida, empurrou os cobertores com preguiça e então murmurou:

— Tá muito quente aqui…

Com os olhos ainda semicerrados, levou os dedos até os botões da camisa que vestia, a dele, e começou a abri-los um por um. Ethan ainda estava acordado, mas fingia dormir. Sentia cada movimento dela como se seu corpo fosse um radar para aquela mulher. Quando ouviu o som do tecido sendo afastado e sentiu o calor da pele dela de novo, precisou morder o interior da bochecha para não perder o controle.

Helen se virou, jogando a camisa aberta para o lado, revelando os seios firmes, o corpo nu sob a penumbra do quarto. Ela afastou levemente as pernas, buscando uma posição mais confortável, ou pelo menos era o que parecia. Mas ele conhecia aquele jeito dela…inocente, perigoso, e irresistível.

E como se não bastasse, ela se virou de costas para ele, e roçou, de forma absolutamente proposital, a curva da bunda diretamente contra o volume rígido que crescia cada vez mais sob o short dele. Ethan cerrou os dentes, o maxilar tenso, o corpo em estado de alerta.

— Helen… pelo amor de Deus… — sussurrou, quase raivoso, quase um pedido.

Mas ela apenas se aninhou mais. Os movimentos suaves, lentos, cheios de intenção. Como se estivesse castigando cada fibra de controle dele. E então, como se quisesse aniquilá-lo de vez, virou-se novamente, o corpo colado às costas dele, e o abraçou por trás.

E foi ali que Ethan quase perdeu o juízo.

Sentiu os sei0s dela pressionando as suas costas, os bicos duros, eriçados, e o calor da feminilidade dela roçando em sua perna, com uma delicadeza perigosa, quase sagrada. Ela deslizou os dedos pela lateral do seu corpo, como quem desenha as linhas do próprio desejo e ainda gemeu. Era macia, quente, doce e absolutamente mortal.

Ethan fechou os olhos com força, soltou um gemido baixo, gutural, e sussurrou:

— Isso… isso é tortura karalho.

Helen não respondeu. Apenas sorriu contra a pele dele. Um sorriso preguiçoso, provocador, e ainda assim, absurdamente encantador. O tipo de sorriso que precede a rendição, ou a guerra, e ele sabia que estava prestes a perder.

E no fundo, queria perder. Completamente. Para ela.

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