O elevador prateado deslizou até o último andar da sede da Carter Enterprises, e as portas se abriram com um som suave. Ethan e Helen saíram lado a lado, impecáveis, elegantes, profissionais ao menos por fora.
Ele de terno escuro, gravata ajustada, o cabelo perfeitamente penteado e a expressão séria. Ela de saia lápis preta, camisa branca justa com dois botões estrategicamente abertos, salto alto e batom em tom vinho. Executivos de primeira classe, um casal de ferro.
Exceto… que por trás daquela fachada, as últimas palavras sussurradas por Ethan no carro ecoavam nos ouvidos dela.
— Mais um botão aberto e eu tranco a porta da sua sala. Com você dentro e com a minha boca entre suas pernas.
Helen entrou em sua sala sentindo as pernas fracas. A pose era firme, o olhar era afiado… mas o corpo já estava entregue. Droga daquele homem.
Não que ela estivesse inocente. Quando se inclinou sobre a mesa de vidro para pegar os relatórios deixados pela assistente, sabia exatamente o que fazia. E sabia que Ethan, da porta entreaberta de sua sala, podia ver perfeitamente o desenho do corpo dela sob a saia justa.
E viu.
— Helen, na minha sala. Agora. — veio a voz grossa pelo interfone, carregada de algo que definitivamente não era “assunto corporativo”.
Ela mordeu o lábio e sorriu, apertando o botão para responder:
— Precisa mesmo ser agora?
— Se eu responder, vamos ter um problema com a política de decência do RH.
— Já estou a caminho, senhor Carter.
Entrou na sala dele devagar, fechando a porta atrás de si. Ethan estava de pé junto à janela, as mãos nos bolsos, os olhos cravados na cidade… ou, mais precisamente, refletindo o corpo dela no vidro.
— O que foi tão urgente, Sr. CEO? — ela perguntou, com um tom debochado.
Ele se virou. A expressão era faminta.
— Você sabe muito bem.
Ethan atravessou a sala e a encurralou contra a parede, com as mãos espalmadas ao lado da cabeça dela. Helen arfou com a proximidade.
— Eu não consigo trabalhar com você andando por aí… com esse perfume, com essa saia, com essa boca.
— Não é culpa minha se você é facilmente distraído.
— Não sou. Exceto quando minha mulher decide ser uma tentação ambulante.
Ele a beijou. Sem pedir. Sem perguntar. Um beijo cheio de mordidas suaves, sussurros roucos e língua quente. As mãos dele desceram para a cintura dela e apertaram com força.
— Cinco minutos. Só cinco. — ele sussurrou, enquanto a guiava até a mesa dele. — Fecha as persianas.
— Ethan, tem uma reunião em quinze…
— Eu sou o dono da reunião. Eles esperam. Você, não.
Helen riu, entregando-se ao toque dele.
As mãos dele subiram pela coxa dela, deslizando por baixo da saia e puxando a calcinha com um gesto hábil. Em segundos, ela estava sentada sobre a mesa dele, os papéis empurrados para o lado, a boca colada na dele.
— Já pensou se alguém entra?
— Eles vão aprender a bater antes. — respondeu ele, já se abaixando de joelhos.
— Ethan…
— Você sabe que não vou conseguir pensar direito enquanto não te ouvir gemer de novo.
E ali, no escritório da presidência, com a cidade inteira à vista, Helen se contorceu de prazer sobre a mesa, os lábios mordendo a própria mão para não gemer alto demais.
“Me diz como. Eu faço de joelhos.”
Ela olhou pra ele com olhos perigosos.
“Comece lavando a louça hoje. Depois a gente conversa sobre outras performances.”
Ethan riu baixinho e respondeu com um último bilhete:
“Lavo a louça. E você. Inteira.”
Helen engoliu seco.
E o resto da reunião passou em um borrão de planilhas e estratégias… porque, claramente, o que mais importava naquele casamento era o quanto ainda sabiam se desejar.
Mais tarde, em casa, Helen lavava uma taça na cozinha quando sentiu Ethan se aproximar por trás, os braços envolvê-la, os lábios tocarem sua nuca com ternura.
— Louça lavada. Agora minha recompensa?
— Você é um cão adestrado.
— Não. Sou um marido desesperadamente apaixonado.
Ela se virou. E ali, entre a pia e os armários, ele a beijou como se o dia inteiro tivesse sido apenas uma espera para aquele momento.
E foi.
Porque mesmo de volta à rotina, Ethan e Helen continuavam descobrindo que o amor, quando regado com riso, desejo e pequenas loucuras ,só fica melhor com o tempo.
E as loucuras? Bom… essas estavam só começando.

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