As duas faces do meu chefe romance Capítulo 41

Layonel e eu tomamos um banho rápido enquanto Daisy corria pela casa fazendo bagunça a procura do seu adorado papai leão.

Como não trouxe roupas, coloco o vestido que usei ontem e quando percebo que ele vestiria um de seus fatídico ternos caro o repreendo até convence-lo a usar uma bermuda tectel e uma camiseta cavada.

Estava calor e ele não conseguia retirar as paranoias que pessoas de mal caráter implantaram em sua mente e só por Deus, fala sério, ele ficou encantador com o look informal que quase desisti da ideia de deixa-lo sair assim.

-Não estou me sentindo confortável. –Diz incomodado com a camiseta.

-Realmente está muito sensual e acho que não deve usar roupas que mostre toda a sua beleza dessa maneira gosto de tê-lo somente para mim. –Cruzo os braços pensativa.

Um grande sorriso cresce em seus lábios e como imaginei seu ego infla instantaneamente.

-Está com ciúmes? –Ergue uma sobrancelha.

-Não posso ter ciúmes de você? Outras mulheres te olhando e te cobiçando. Simplesmente não gosto dessa ideia.

-Isso é novo para mim. –Ele coça a cabeça, mas sorri.

-Então se acostume e não ouse olhar para os lados. –Falo em um tom sério, mas deixando claro que estava brincando.

Vejo seus olhos brilharem de felicidade e ele se aproxima em passos calmos, porém decididos.

-Hana eu nunca fui um homem de ter várias mulheres, nem mesmo quando estava sozinho, por mais que pudesse ter as mulheres que quisesse isso nunca foi algo que me agradou. Você me domou por completo, meu coração é totalmente seu e eu realmente me apaixonei por você, pelo seu jeito descido e único de ser. –Ele acaricia meu cabelo colocando uma mecha atrás da orelha.

Envergonha acabo apoiando uma mão sobre seu peito sentindo seu coração acelerado bater contra os meus dedos. Observo seus olhos e subo meus dedos para seu rosto tocando sua barba com suavidade.

-Eu amo você Layonel Lincoln Drevitch. –Deixo um beijo em seus lábios. –Obrigada por me mostrar o que é o verdadeiro amor. –Sorrio sentindo meus olhos marejados.

-Ainda tenho muito para lhe mostrar. –Ele deixa um beijo em minha testa. –Prometo te fazer feliz. –Me puxa contra seu peito apertando meu corpo contra o seu em um abraço apertado.

-Obrigada! -Sussurro apoiando a cabeça próximo do seu ombro. -Mas você precisa parar de se esconder. Sua família tem que aceita-lo como é. Se os ternos não lhe agradam, então só use quando necessário, você precisa se libertar, precisa liberar o próprio perdão. –Passo os dedos nos seus cabelos compridos os jogando para trás.

-Estou aprendo a fazer isso com sua ajuda. –Apoia a mão na minha bochecha.

-Ótimo vamos conseguir juntos. –Pisco.

-Papai leão. –Daisy grita atrás da porta me assustando.

-Essa pequena não vive sem mim. –Infla o peito se achando.

-Pare de roubar minha filha. –O repreendo.

-Não posso fazer nada. –Deixa um beijo nos meus lábios caminhado em direção a porta.

Quando ele finalmente abre, Daisy solta um grito agudo e fino fazendo meus tímpanos doerem quando vê Layonel. Ela nem mesmo olha para mim e se joga nos braços dele que já a esperava pronto para pega-la no ar.

Segurando-a no colo ele gira Daisy em seus braços fazendo ela gargalhar alto e jogar a cabeça para trás. Layonel a abraça e a enche de beijo na bochecha.

-Minha princesa.

-Papai leão fiquei com saudade. –Diz com um biquinho magoado.

Aqueles olhos verdes acusatórios se voltam para mim e eu desvio o olhar ignorando suas acusações indiretas. Ele também tem boa parcela de culpa em toda essa história.

-Mãe, a tia Ellen mandou entregar para você. –Estende o braço com uma pequena bolsa dependurada em suas mãozinhas.

-Ainda bem que Ellen não esqueceu. -Ele beija o rosto de Daisy e eu seguro a bolsa com a sobrancelha arqueada.

-O que é isso? -Pergunto incerta e duvidosa.

-Como hoje é sábado pedi para o meu motorista buscar Daisy e fiz uma ligação para Ellen pedindo que ela separasse um biquíni para você, pois iremos para praia. Convidei Ellen, mas ela se recusou e disse que precisávamos nos entender. -Ele sorri me observando.

-Vamos a praia?

-Sim. -Ele aponta para trás mostrando a linda vista.

-Eu quero ir. -Daisy se agita.

-Faz muito tempo que não coloco biquíni vai ficar pequeno. -Digo envergonhada.

-Não se preocupe é uma área privativa e são poucas pessoas que vem para cá, provavelmente será somente nós três e alguns poucos vizinhos. –Diz animado.

Layonel parecia ainda mais animado do que Daisy para ir à praia, vendo sua empolgação e agitação eu não criaria causas por causa de um biquíni pequeno.

-Tudo bem então podem me esperar lá em baixo que irei me trocar.

Ele semicerra os olhos me observando e acabo piscando para ele somente para provoca-lo.

-Quer ficar comigo? -Estendo o braço chamando Daisy.

-Não, eu quero o papai. -Ela recusa abraçando Layonel.

-Eu não acredito que estou sendo trocada. –Fala cheia de indignação e Layonel tem a audácia de mostrar a língua para mim enquanto sai batendo a porta do quarto.

Homem exibido.

Tenho vontade de xinga-lo, mas ele já havia saído. Respiro fundo ignorando suas provocações.

Coloco o biquíni que Ellen me mandou e como eu imaginei a calcinha fica pequena na bunda, mas agradeço por ela ter enviado um short que cobria aquele pedaço de pano minúsculo. A parte de cima se encaixou bem em meus seios, mas ainda me sinto desconfortável por usá-lo.

Suspiro me olhando no grande espelho do banheiro. Não gostando do que vejo, a estampa florida da parte de cima do biquíni está um pouco desbotada, mas pelo menos o short que Ellen escolheu era um dos mais novos.

Evitando pensar em minha aparência, visto a saída de praia rendada e calço meus chinelos havaianas descendo a procura dos dois que estavam na cozinha rodeando Maria que preparava uma cesta de comida.

-É claro que os dois não sairiam sem comida. –Cruzo os braços rindo.

Layonel volta seus olhos curiosos para mim e vejo sua expressão se amenizar ao analisar meu corpo. Ele se aproxima apoiando sua mão em minha cintura deixando um suave beijo em meus lábios.

-Você está linda.

Mesmo sendo palavras simples atingem diretamente meu coração que se enche de alegria por saber que ele gostou.

-Obrigada! –Sussurro desviando meu olhar do seu.

-É ainda mais linda quando está envergonhada. –Sussurra em meu ouvido deixando um beijo ali.

Quando vou repreende-lo ele me solta voltando sua atenção para Maria que segura a cesta pronta nas mãos.

Ela me observa com carinho e amor e seus olhos reservam uma gratidão silenciosa que fico tentada a entender, mas não tenho tempo com a agitação de Daisy ao meu lado.

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