Resumo de Capítulo 28 – Capítulo essencial de As duas faces do meu chefe por Mainy Cesar
O capítulo Capítulo 28 é um dos momentos mais intensos da obra As duas faces do meu chefe, escrita por Mainy Cesar. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Layonel
Ao chegar na empresa me sinto incomodado com os olhares são lançados a mim e Hana. Compreendo perfeitamente que não escondo o meu amor por ela, mas os murmurinhos e pessoas fofocando enquanto caminhamos me indicando algo mais.
Queria que Daisy me acompanhasse a empresa, eu simplesmente gosto de ficar brincando com ela na minha sala mesmo que meu serviço se acumule e sou obrigado a ficar até mais tarde organizando tudo, mas desta vez Hana venceu e não deixou que ela faltasse da escola.
Incomodada com os olhares sobre nós Hana se afasta um pouco mantendo uma distância considerável entre nós e aquilo não me agrada então envolvo meu braço em sua cintura a puxando para próxima do meu corpo.
-Layonel. –Ela me repreende com um olhar duro enquanto entramos no elevador.
-O que foi? Somos noivos. –Relembro somente para ver aqueles lindos olhos cor de mel brilharem.
-Eu sei, mas isso pode te prejudicar. –Diz preocupada.
-Hana eu não vou deixar de gostar de você pelo que dizem ou pelo que acham. –Deixo um beijo em sua testa.
-Estou preocupada. –Ela suspira.
-Não fique. –Digo com calma.
-Está chegando apresentação do dia dos pais de Daisy, você vai ir? Ela está ansiosa. –Sorri tentando mudar de assunto.
-É claro que eu vou. –Sinto meu peito inflar com a sensação maravilhosa que percorre meu corpo por poder participar da apresentação de Daisy.
-Ela vai amar. –Ver aquele grande sorriso no rosto de Hana me acalma.
Assim que o elevador se abre sinto toda a minha paciência, autocontrole e humor se esvair ao ver meu pai sentado na poltrona da recepção à minha espera.
Hana paralisa ao observar meu pai e vejo o desespero tomar conta de seu rosto. Aperto meus dedos em sua cintura e a guio pela recepção até ficarmos de frente para aquele homem alto, de cabelos grisalhos e semblante irritado.
Com certeza não vem coisa boa por ai.
-A que devo a honra pai? –Pergunto com calma.
-A isso. –Ele estende uma página de revista onde estou na praia com Daisy e Hana.
Na foto Hana segura Daisy em seu colo que dorme serenamente enquanto a beijo com carinho. Nessa imagem exponho tudo o que ele odeia e o que escondi a anos.
Meus sentimentos, meu corpo e minha felicidade.
Observo a revista e suspiro sem muita vontade de entrar em uma discussão com meu pai sobre o que está acontecendo mesmo sabendo que seria inevitável.
Como eu esperava a revista acaba com minha imagem e ainda crítica o meu relacionamento com Hana banalizando o meu envolvimento com uma mulher que já tenha uma filha de seis anos e ainda é minha funcionária.
A irritação domina todos os poros do meu corpo e jogo a revista longe encarando o homem a quem tanto respeito com irritação.
-Saia daqui agora pai. –Falo irritado.
-Não me expulse do que é meu. –Ele se altera.
-Já foi seu. -Grito de volta. -A partir do momento em que assumi a liderança e você passou tudo em meu nome essas empresas são minhas, mas se faz tanta questão de tê-las de volta apenas pegue. Eu nunca me importei e você sabe muito bem disso. –Dou um passo à frente o enfrentando, mas Hana apoia a mão em meu peito me impedindo.
-O que o senhor sabe sobre mim? –Ela semicerra os olhos o observando. –Apenas o que leu nessas revistas e por isso tirou conclusões precipitadas a meu respeito? Eles me taxam como a secretária que deu o golpe no homem rico, mas saiba o senhor que eu jamais faria isso.
-Sendo assim vá atrás de outra pessoa e deixe meu filho em paz. –Ele diz com desdém e sinto vontade de fazê-lo engolir todas aquelas palavras.
-Claro que eu procurei senhor Drevitch, mas se acha que estou com Layonel por dinheiro ou por aparência está incrivelmente enganado. Eu lutei tanto contra esse sentimento, me martirizei, me culpei, me julguei da mesma maneira que o senhor está fazendo agora. Eu mais do que ninguém me preocupo com a imagem dele. Com o que irão dizer ou pensar. Com o que irão publicar. Me dessespero em imaginar que a empresa poderia ser afetada com o nosso relacionamento. Eu lutei fortemente com o sentimento latente que crescia em meu peito, mas quem manda no coração? Quando percebi já estava apaixonada e mesmo assim me recusei a aceitar, me afastei, afastei a minha filha da única figura paterna que ela tem. E você vem me acusar e me julgar? Você não sabe nada sobre a minha vida. –Ela ri com os olhos cheios de lágrimas.
-Hana... –Ela me cala.
-Não sabe o quanto eu sofri. O que passei calada e em silêncio ou quanto tempo lutei. Você nem imagina como é difícil educar um filho quando o pai a abandonou e ela pede diariamente por carinho paterno. Não faz ideia do que é passar por dificuldade e não ter a quem recorrer e se apoiar, mas pela sua filha aguentar calada as pancadas da vida para ver o seu sorriso. Me julgue, me culpe, me banalize, me odeie, me xingue, me maltrate, me insulte, faça o que o quiser, mas não ouse falar da minha filha. Não diga que amo o seu filho pelo dinheiro que ele tem, porque isso é uma tremenda mentira. Me apaixonei por Layonel pelo homem incrível que ele é, por ser mais pai de Daisy do que o próprio pai dela. Eu amo o seu filho por ser carinhoso, atencioso, amoroso e incrivelmente educado, mesmo quando eu sou uma tremenda idiota e tento afasta-lo de mim e da minha filha por medo de tudo isso que está acontecendo, por medo dela perder mais uma vez o pai que tanto ama. –Ela suspira cansada e abatida.
Aperto minhas mãos em sua cintura na tentativa de acalma-la, mas ela estava irritada demais. Vendo que meu pai a escutava com atenção um tanto impressionado com a ousadia da minha linda mulher deixo que ela continue.
-Você mesmo julga e culpa o seu filho como se ele fosse o maior erro da sua vida, mas olha esse prédio. É ele quem sustenta tudo isso por anos, é ele quem faz a cada dia o seu nome crescer. Ele não é culpado pelo passado. Ele também foi vítima, também perdeu, mas assume os seus erros e paga calado por eles. Vendo você nas revistas e nos jornais eu cheguei a admira-lo, mas hoje vejo que é apenas a casca vazia de um homem que acreditei ser incrível e justo. Se o problema é eu ser a funcionaria de Layonel, ótimo estou me demitindo. –As lágrimas que ela segurava agora escorrem por seu rosto.
Ela se solta dos meus braços e caminha a passos largos para a sua sala.
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