Layonel
Ao chegar na empresa me sinto incomodado com os olhares são lançados a mim e Hana. Compreendo perfeitamente que não escondo o meu amor por ela, mas os murmurinhos e pessoas fofocando enquanto caminhamos me indicando algo mais.
Queria que Daisy me acompanhasse a empresa, eu simplesmente gosto de ficar brincando com ela na minha sala mesmo que meu serviço se acumule e sou obrigado a ficar até mais tarde organizando tudo, mas desta vez Hana venceu e não deixou que ela faltasse da escola.
Incomodada com os olhares sobre nós Hana se afasta um pouco mantendo uma distância considerável entre nós e aquilo não me agrada então envolvo meu braço em sua cintura a puxando para próxima do meu corpo.
-Layonel. –Ela me repreende com um olhar duro enquanto entramos no elevador.
-O que foi? Somos noivos. –Relembro somente para ver aqueles lindos olhos cor de mel brilharem.
-Eu sei, mas isso pode te prejudicar. –Diz preocupada.
-Hana eu não vou deixar de gostar de você pelo que dizem ou pelo que acham. –Deixo um beijo em sua testa.
-Estou preocupada. –Ela suspira.
-Não fique. –Digo com calma.
-Está chegando apresentação do dia dos pais de Daisy, você vai ir? Ela está ansiosa. –Sorri tentando mudar de assunto.
-É claro que eu vou. –Sinto meu peito inflar com a sensação maravilhosa que percorre meu corpo por poder participar da apresentação de Daisy.
-Ela vai amar. –Ver aquele grande sorriso no rosto de Hana me acalma.
Assim que o elevador se abre sinto toda a minha paciência, autocontrole e humor se esvair ao ver meu pai sentado na poltrona da recepção à minha espera.
Hana paralisa ao observar meu pai e vejo o desespero tomar conta de seu rosto. Aperto meus dedos em sua cintura e a guio pela recepção até ficarmos de frente para aquele homem alto, de cabelos grisalhos e semblante irritado.
Com certeza não vem coisa boa por ai.
-A que devo a honra pai? –Pergunto com calma.
-A isso. –Ele estende uma página de revista onde estou na praia com Daisy e Hana.
Na foto Hana segura Daisy em seu colo que dorme serenamente enquanto a beijo com carinho. Nessa imagem exponho tudo o que ele odeia e o que escondi a anos.
Meus sentimentos, meu corpo e minha felicidade.
Observo a revista e suspiro sem muita vontade de entrar em uma discussão com meu pai sobre o que está acontecendo mesmo sabendo que seria inevitável.
Como eu esperava a revista acaba com minha imagem e ainda crítica o meu relacionamento com Hana banalizando o meu envolvimento com uma mulher que já tenha uma filha de seis anos e ainda é minha funcionária.
A irritação domina todos os poros do meu corpo e jogo a revista longe encarando o homem a quem tanto respeito com irritação.
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