As duas faces do meu chefe romance Capítulo 55

Resumo de Capítulo 37: As duas faces do meu chefe

Resumo do capítulo Capítulo 37 do livro As duas faces do meu chefe de Mainy Cesar

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 37, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance As duas faces do meu chefe. Com a escrita envolvente de Mainy Cesar, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Hana

-Layonel você vai comer doce de novo? Vai acabar passando mal. -Afirmo vendo ele fuçar dentro da geladeira em busca das guloseimas que Maria costuma fazer.

-A minha filha, nem adianta, esse daí não aprende, já até desisti dele. -Maria diz enquanto preparava o jantar.

- Estou ansioso, não adianta brigarem comigo, só me acalmo quando a taxa de glicose aumenta e isso exige uma quantidade de doce extra. -Resmunga com a cabeça dentro da geladeira e logo sai com uma fatia mais do que generosa de bolo de chocolate com três tipos de recheio, pois as camadas grossas de cor diferentes chegam a dar água na boca.

- Você já fez um exame de diabetes Layonel? -Questiono preocupada.

- Sim, costumo fazer uma bateria de exames a cada seis meses. Ordens médicas, irritantes no meu ponto de vista, mas necessárias. -Balança os ombros sentando em minha frente na bancada.

-Menos mal. -Suspiro. -Ellen está demorando no banho de Daisy. -Olho o relógio e percebo que faz mais de meia hora que as duas foram para o banheiro.

- Ela deve estar brincando de Elsa enquanto encharca Ellen da cabeça aos pés. - Ele ri concentrado em seu bolo e sou obrigada a rir também.

-Ainda precisamos conversar com Ellen sobre o emprego.

- Vamos aproveitar hoje enquanto jantamos.

- Minha ajudante nem chegou e já vou perde-la? -Maria ri balançando a cabeça em negação.

-Você sempre disse que não queria ninguém na sua cozinha Maria. -Layonel retruca e leva um tapa bem dado no braço.

-Cala boca menino. Não queria nenhuma sirigaita, rabo de saia se empertigando nessa casa para dar em cima de você. Ellen não é dessas e graças a Deus, Hana domou seu coração, já estava começando a achar que tinha trocado de lado.

Não contenho a gargalhada ao ouvir o que Maria diz e Layonel chega a afogar com o pedaço do bolo que estava comendo.

Maria pega um copo de água e coloca na frente dele enquanto ele bate no peito e seus olhos ficam vermelhos e lacrimejados. Ele toma a água e respira tentando se acalmar, mas a tosse é mais forte.

-Porra Maria, você acabou de dizer que achou que eu fosse gay? - Diz entre as tosses que persistem.

- Não fala palavrão na minha cozinha. -Layonel recebe uma panada e se encolhe na defensiva.

-E ainda apanho. -Bebe mais um pouco de água fazendo uma careta. - Você não diz nada? Somente ri? -Questiona indignado e eu balanço os ombros apoiando a mão no abdômen.

- Eu sabia que você não era gay menino, mas você nunca trazia ninguém para casa. Hana salvou minhas esperanças. -Maria me abraça.

- Eu também te amo Maria. -Apoio as mãos nas dela sentindo meu abdômen doer de tanto rir.

- Eu sou muito homem viu Maria. Fala para ela Hana. - Diz indignado.

-A você quer que eu diga o que? -Faço-me de desentendida e recebo um olhar ameaçador.

- Ele ficou bravo. -Maria ri dando um beijo em minha testa.

-Vocês duas me pagam. -Serra os olhos e volta a comer o bolo com irritação.

-Vai se afogar de novo. -Faço uma careta.

-No momento não estou conversando com vocês duas. Cadê a Daisy? Ela está demorando muito, somente ela me entende. - Diz chateado.

- Acho bom você amansar a fera, vou até o banheiro ver o que aconteceu com aquelas duas e não mexam nas minhas panelas. -Maria que tacou lenha na fogueira foge me deixando com o mal humor em pessoa.

-Layonel. -O chamo mais ele me ignora. -Ei, pare de fazer birra. -Vejo um pequeno sorriso surgir em seus lábios. - Eu sei que você quer rir.

Seus lindos olhos verdes divertidos se voltam para mim.

- Vou provar que não sou gay. - Ele se levanta como um verdadeiro leão e ataca sem um pingo de piedade ou pudor.

Seus lábios se encontram com os meus em um gosto de chocolate e suas mãos puxam minha cintura pegando-me no colo e colocando-me sentada sobre a bancada da cozinha, ele se enfia entre minhas pernas encaixando seu quadril no meu enquanto cruzo as pernas em sua cintura retribuindo o beijo com volúpia e desejo.

-Não meu amor, você não é. Não tem como diminuir a dor que você sente pela tragédia que aconteceu no passado, mas você não pode se deixar levar por esse lado. A culpa não foi sua, foi um acidente, poderia ter acontecido de várias outras formas ou com várias outras pessoas. Talvez Agatha fosse sofrer nesse mundo, a tantas possibilidades, mas se culpar não está entre elas. Você não um monstro, você é maravilhoso Layonel. Eu queria tanto que você entendesse, que você por um momento visse o homem incrível e gentil que você é. Eu te amo tanto, mas tanto, que nem tenho palavras para expressar.

-Eu também te amo minha rainha, mas dói tanto. -Vejo seus olhos lacrimejarem e quero de todas formas arrancar toda aquela dor de dentro do seu peito, mas isso seria impossível.

-Se chorar vai aliviar a dor que você guarda aqui. -Apoio a mão sobre seu peito. -Então chora meu amor, não há vergonha em expressar aquilo que sentimos.

Ele maneia a cabeça e vejo algumas lágrimas escorrer por seu rosto enquanto ele apoia a cabeça em meu ombro e o embalo em meus braços da maneira que posso. Sinto algumas lágrimas molhar minha pele e meu peito se comprime vendo-o tão desolado e angustiado, mas a única coisa que poderia fazer nesse momento de fragilidade era estar ali por ele, junto dele e para ele.

-Você não está sozinho. -Sussurro beijando seu rosto e seus braços se envolvem em minha cintura com mais força, seu rosto se enfia na curva do meu pescoço enquanto deixa as lágrimas lhe tomar e pequenos soluços escapam por seus lábios.

Não falo nada, apenas deixo que toda a dor que ele guardou por anos se liberte em lágrimas pesadas e dolorosas, pois era isso que ele precisa. Liberar toda a dor que preenchia seu peito, que dominava seus pensamentos e o angustiava.

-Será que um dia Agatha vai me perdoar? -Sussurro e um pequeno soluço escapa de seus lábios.

-O meu amor, ela sabe que a culpa não é sua. -Afago suas costas com carinho e ele concorda em silêncio. - Ela olha por você meu amor, ela sabe que você não queria isso. Ela te entende meu anjo, ela te compreende. -Aperto ainda mais meus braços em volta do seu corpo.

-Eu já disse que te amo? -Ouço uma pequena risada seguida de um fungar.

-Sim, mas pode dizer novo que jamais vou cansar de ouvir. -Confesso.

-Casa comigo? -Ele ri mais alto e se afasta para me observar.

-Sim. -Passo o polegar em suas bochechas enxugando suas lágrimas e sabia que a mudança de assunto era dispersar os seus pensamentos da dor que somente ele guardava e sentia, mas expressa-la e expô-la desta maneira já foi um grande passo dado por ele, então na minha opinião a cura de sua dor estava um pouquinho mais próxima.

Não que ele fosse esquecer a filha que perdeu e nem mesmo teve a oportunidade de conhecer, mas que conseguiria olhar para trás sem desabar e se culpar pela morte dela.

-Desta vez você não hesitou. -Um grande sorriso se estende por seus lábios. -Vou continuar pedindo até mesmo depois de nos casarmos. -Afirma e acabo rindo.

-Vou continuar aceitando. -Beijo seus lábios suavemente.

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