As duas faces do meu chefe romance Capítulo 54

Resumo de Capítulo 36.1: As duas faces do meu chefe

Resumo de Capítulo 36.1 – Capítulo essencial de As duas faces do meu chefe por Mainy Cesar

O capítulo Capítulo 36.1 é um dos momentos mais intensos da obra As duas faces do meu chefe, escrita por Mainy Cesar. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Hana

Assim que coloco os pés para fora das portas de vidro que davam acesso à rua sou abordada por uma mulher alto, magra, de longos e lisos cabelos negros escorridos. Os piercing em seu rosto chama a atenção e as tatuagens em seus braços magros e desnutridos também.

Acabo franzindo as sobrancelhas ao observar seus dedos finos se envolveram em meus ombros com certo desespero.

- Você precisa deixá-lo. -Afirma com convicção.

-O quê? Do que está falando? - Pergunto perdida.

-Você não conhece ele... - Ela balança a cabeça com convicção.

- Eu não te conheço, você deve estar me confundindo. -Tento soltar suas mãos de meus ombros, mas ela insiste em se segurar com força exagerada e aquilo estava começando a me assustar, afinal, não esperava ser abordada daquela forma, no meio da rua.

-A dias venho querendo falar com você, mas não consegui me aproximar sem ele estar por perto. Layonel não é uma boa pessoa. - Ela afirma praticamente me chacoalhando.

Demoro um pouco para compreender quem era ela é finalmente entendo o que estava havendo ali e não acredito no escuto.

-Valéria, você é Valéria. -Afirmo e ela concorda.

-Você precisa se afastar, ele merece estar sozinho, assim como eu, se culpando pela morte da nossa filha. A culpa foi dele, aquele acidente.... -A corto erguendo uma mão.

-Você está enganada, foi uma fatalidade o que aconteceu com sua filha e ele não merece viver sozinho, nem você merece. Os dois erram e eu concordo nisso, mas acusar Layonel dessa forma, com tanto ódio explícito em sua voz é um exagero. Ele merece sim a felicidade, se culpou e se julgou demais e se ninguém nunca disse na sua cara a verdade por ter dó ou te achar uma viciada, eu vou dizer. A maior culpa da morte da sua filha foi sua, Layonel pode até ter parcela de culpa por estar dirigindo uma moto naquela noite, mas a pessoa que injetou drogas nas veias sabendo que esperava uma criança foi você. -Cuspo as palavras com tanta raiva que preciso me controlar fortemente para não gritar.

Surpresa com minha reação ela dá um passo atrás de certo modo chocada.

-Você acusou ele de forma horrível quando sabia que ele não era culpado e precisava do seu apoio para superarem juntos uma perda tão triste. Jogou o peso da culpa nas costas dele, o fez se isolar, se culpar, se martiriza dia a após dia, apenas para ter seu ego frágil dominado pelo prazer de vê-lo se ferir.

- Ele merece a dor assim como eu. - Diz com raiva.

- Não, ele não merece, você é quem precisa de um tratamento. Nem você merece essa dor Valéria, abra seus olhos, já fazem quantos anos que tudo isso aconteceu? Você merece encontrar uma pessoa e seguir em frente, tentar concertar os erros que cometeu no passado, você merece ser feliz assim como Layonel e nada que você me fale vai tirar a certeza de sabe que ele é o homem mais maravilhoso que eu poderia encontrar. Ele é gentil, amoroso e maravilhoso, trata minha filha como uma princesa e ama ela de forma que nem mesmo o próprio pai faz, você não conhece o homem que viveu ao seu lado suficientemente bem, pois estava preocupada demais em viver a sua vida da maneira que lhe convinha. Layonel é o homem mais perfeito e incrível que poderia aparecer na minha vida e eu estou pedindo que não se aproxime da gente e vá viver sua vida. Vá encontrar a felicidade e não tentar enterrar a felicidade das outras pessoas. -Ofego quase sem fôlego por tentar dizer tudo de uma vez, tirar toda aquela angústia reprimida de dentro de mim despejando nela a verdade, pois era isso que eu queria fazer a muito tempo.

Calada ela olha de mim para alguém atrás de mim.

-O que faz na porta da minha empresa Valéria? -Me surpreendo ao ver Layonel atrás de mim.

- Você se esqueceu do que fez? -Sussurra inconformada.

- Não há sequer um dia na minha vida que eu esqueça daquela noite. -Layonel afirma com pesar e meu peito se comprime em tristeza. -Mas eu aprendi uma coisa ao longo desses meses ao lado de Hana, que me trancar e martirizar pelo que aconteceu aquela noite, não vai trazer nossa filha de volta.

Volto minha atenção para ele surpresa com sua resposta e sinto meus olhos marejarem com aquela declaração.

Apoio minha mão em sua nuca e sorrio com aquela reação inesperada.

- Eu te amo Hana, não vou deixar meu passado ficar entre nós. -Deixa um demorado beijo em minha testa.

Concordo com um aceno, mas algo começa a me incomodar, então resolvo perguntar.

-Valéria te procurava antes? -Pergunto com certa cautela, não por estar desconfiando dele, mas pelo fato de não ter comentado que ela o procurava.

-Na verdade fazem alguns anos que não aparece e achei até que ela tinha seguido a vida dela, mas vejo que não. Algumas vezes ela veio atrás de dinheiro e outras em recaídas pela morte de nossa filha, me acusando e me culpando, mas como eu disse, fazem alguns anos que não a vejo.

-Espero que ela não apareça mais. -Suspiro fazendo uma careta.

-Hoje o dia está bem conturbado e sendo sincero, não quero mais surpresas. -Layonel faz uma careta e sou obrigada a concordar.

Só bastava Ivan dar as caras e bem no fundindo do meu coração pressentia que isso não demoraria a acontecer, afinal ele não ficaria quieto e fugindo pelo resto da vida.

-Ramon, nos leve para casa, não estou com cabeça para dirigir. -Layonel me guia até o carro abrindo a porta para mim entrar enquanto o segurança confirma a ordem com um mandar de cabeça. -As dezoito horas quero que fique encarregado de buscar Daisy na escola e a leve para casa em segurança.

- Sim senhor. -Confirma dando partida no carro.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: As duas faces do meu chefe