Bela Flor - Romance gay romance Capítulo 61

Pov: Hyun-suk

Jaejun estava envergonhado. Me divertia a forma em como ele havia amarrado o terno de corte reto na cintura para podermos sair do restaurante enquanto suas bochechas se mantinham vermelhas.

ㅡ Hyun, viu só o que você me fez fazer? ㅡ ele reclamou quando adentrou meu carro.

ㅡ Você gostou, babe. ㅡ falei calmo, colocando o cinto de segurança. ㅡ você ficou tão gostoso, pena que não pude te ouvir gemer.

Jaejun chiou. Dei partida no carro, vendo-o suspirar e retirar enfim o terno, notando a forma em que seu gozo havia sujado sua calça.

ㅡ Não se preocupe, o prédio que está tem serviço de lavanderia, pedirei para que recolham seus ternos para que os lavem devidamente.

Jaejun se manteve calado por alguns poucos minutos, até que pude sentir sua mão tocar a minha, e meus olhos o contemplou sorrindo, demonstrando que ele havia gostado daquele pequeno momento.

ㅡ Nós vamos mesmo a Scandal hoje? ㅡ o ouvi perguntar.

ㅡ Uhum.

ㅡ E... você vai usar a guia comigo?

Sorri ladino, mantendo meu olhar na estrada.

ㅡ Sim, afinal, você é meu cachorrinho.

Jaejun ri baixo, afundando-se no banco.

ㅡ Você é um bobo.

ㅡ Você gosta, admita.

ㅡ Talvez um pouco...

ㅡ Mas pensando bem... talvez eu te deixe livre, sem guia. Será uma delícia ver como irão te desejar, mas sequer se chegarão perto de você porque sua coleira dirá a quem você pertence.

Sorri de como ele sempre ficava extremamente tímido, mas era essa essência, esse jeitinho típico dele que me enlouquecia.

Jaejun ficava vermelho e tímido por qualquer coisa, principalmente com as minhas provocações, mas quando se entrega, é como se a partezinha dele no qual ele esconde debaixo dessas bochechas infladas, aparecesse. E é quando ele se liberta, quando me implora para que faça o que quero com seu corpo, dando-lhe prazer até seu corpo não aguentar mais.

Seguimos para seu prédio, ele agradeceu por o elevador da garagem nos deixar de frente com a porta de seu apartamento. Assim que adentramos, ele retirou as roupas, ficando apenas de cueca e lamentou a bagunça em suas calças novamente.

ㅡ Se eu mandar isso para a lavanderia, o que vão pensar?

ㅡ Que você é um pervertido. ㅡ sorri, levando as sacolas para dentro de seu closet.

ㅡ Não posso deixar que vejam isso, Hyun. ㅡ ele me segue, ainda chocado com as calças.

ㅡ Babe... ㅡ deixo as sacolas no chão e o olho. Caminho até Jaejun e busco a calça, a deixando de lado quando preciso lhe abraçar. ㅡ precisa entender que ninguém tem nada a ver com o que você faz na sua vida. Se você gozou na calça, eles simplesmente vão limpar, é o trabalho deles. Mas você não vai ser julgado por isso.

ㅡ Você acha?

ㅡ Bom, talvez um pouco, mas está tudo bem. ㅡ ri baixo ao sentir o tapinha que ele deixou em meu ombro e o puxei com um pouco mais de força, girando seu corpo e o encostando contra a parede para vê-lo mais uma vez no dia com seus olhos arregalados para mim. ㅡ Ninguém em sã consciência te julgaria por algo, não enquanto souberem que estou com você.

ㅡ Tsc, convencido... ㅡ ele tenta me empurrar, mas imponho mais força, o fazendo gemer quando meu joelho aperta entre suas pernas.

ㅡ Como disse?

ㅡ Hyun... ㅡ ele suspirou, sua cueca ainda estava molhada, não me importaria em fazê-lo molhá-la mais um pouco. ㅡ porque você está assim? Parece um selvagem...

ㅡ Você não gosta? ㅡ afrouxo o aperto, mas sinto as mãos de Jaejun segurarem meus ombros, apertando minha camisa enquanto seu quadril vem para frente e aperta seu pau molhado por vontade própria no meu joelho.

ㅡ Não é isso, é que... eu sinto que está mais forte.

ㅡ Mais forte?

ㅡ Meu desejo por você. Eu... não sei, a gente fez amor naquele dia, mas ainda quero te sentir. Já... faz tanto tempo que o meu corpo não é controlado pelo seu que sinto um anseio sem limites para que você faça o que quiser comigo.

ㅡ O que eu quiser? ㅡ passeio minha mão por seu pescoço, notando sua respiração mais pesada. ㅡ você está louco para que eu te domine, não é? Seu subzinho do caralho...

ㅡ Não fala assim. ㅡ ele pediu baixo, roçando o pau sobre meu joelho.

ㅡ É o que você é, um subzinho do caralho louco pra foder como um selvagem. Eu sei que você quer que eu marque o seu corpo com as minhas mãos, com um chicote, e com uma corda bem firme... você quer chorar de prazer enquanto implora para que eu te foda com força, e quando eu enfim decidir deixar o seu cuzinho vermelho e pulsante com o meu caralho bem fundo, você vai implorar para gozar, mas só o fará quando eu permitir. E eu posso brincar o quanto quiser com isso, porque eu sou o seu senhor e você me obedece feito um cachorrinho...

Jaejun gemeu baixo, rebolando, perdido.

ㅡ Você quer foder agora? ㅡ pergunto baixo, umedecendo meus lábios quando o vejo fechar os olhos e assentir. ㅡ é uma pena. ㅡ me afasto, vendo como sua fase demonstra confusão. ㅡ porque eu não quero te foder neste momento.

ㅡ Mas, Hyun... ㅡ ele volta a puxar minha camisa, mas seguro suas mãos, apertando-as contra seu próprio caralho, o ouvindo arfar.

ㅡ Talvez depois. ㅡ pisco e lhe beijo em um rápido selar, antes de me afastar e virar. ㅡ tome um banho e se prepare, logo vai anoitecer.

Ainda o ouço bufar, mas sorrio e sigo de volta para a sala, enviando uma mensagem para Hajun, avisando-o de que irei até a Scandal, já que nas últimas semanas, ele e Hanguk ficaram responsáveis por tudo.

E falando no último, me surpreendo quando recebo a mensagem de volta e leio que será Hanguk a usar o quarto de vidro hoje, algo que me deixa boquiaberto porque eu sequer sabia que ele já estava com um novo submisso. Fazia realmente muito tempo que não via meu amigo praticando.

ㅡ Hyun... ㅡ ouço a voz de Jaejun e sorrio quando o vejo parado na porta do quarto, já completamente despido. ㅡ você toma banho comigo?

Eu sei que ele está me provocando, mas não sou eu quem deve se sentir tentado aqui.

Não hoje.

Por isso apenas nego devagar, o vendo fazer bico e abaixar os ombros.

ㅡ Por favor...

ㅡ Prometo que tomo depois.

Ele virou-se, saindo como um cachorrinho triste. Ri baixo, encarando sua bunda redondinha enquanto caminhava. Me joguei no sofá, ansiando pela noite porque certamente seria algo incomparável a qualquer outra vez que Jaejun e eu praticamos. Ele está sedento para foder, e eu para vê-lo implorar por isso.

Desse modo, vejo que não estou pronto de fato e preciso de alguns acessórios para levar comigo.

Me ergo, buscando a chave do carro antes de ir até o quarto e parar na porta do banheiro.

ㅡ Vou precisar sair por um tempo.

ㅡ Mas você volta? ㅡ ele tem os cabelos molhados e um pouco de espuma ali, junto com um pouco que escorre de forma lenta e até excitante por seu peito e intimidade. O admiro, talvez ele seja de fato a coisa mais bela já criada no mundo, mas volto a lhe olhar e assinto. ㅡ tudo bem, amo você.

ㅡ Também amo você. ㅡ sorrio e me despeço, caminhando para fora do apartamento.

Quando chego em meu carro, dou partida e ligo o GPS não me recordando bem do endereço onde quero ir, mas uso meu celular para fazer uma ligação e não demora muito até que a voz feminina me atenda.

ㅡ Ora, ora, Dom Park, ao que devo a honra da sua ligação?

ㅡ Olá, Lady Ameerah, será que poderíamos nos encontrar?

ㅡ Você quer me ver?

Sorri, atento ao GPS.

ㅡ É sempre um prazer vê-la.

Ouvi sua risada soprada.

ㅡ Tudo bem, sabe onde me encontrar.

ㅡ Ainda é seguro?

ㅡ É claro que é, querido. Não se preocupe, sua identidade sempre é mantida em segredo.

ㅡ Tudo bem, chego em alguns minutos.

ㅡ Estarei aguardando.

Encerro a ligação, dirigindo até onde o GPS me guia. Não é um lugar muito distante, porém, é em uma área mais deserta de Seul.

Avisto a construção escura e adentro pelo estacionamento privado. Paro de frente com a entrada e cumprimento o homem que me atende, entregando uma caixa antes mesmo que eu desça do carro.

A abro, lá está a típica máscara preta e de couro que todos usam para adentrar o lugar. A coloco, o entregando a chave do carro e sigo pela entrada, vendo os dois seguranças que há ali, abrirem a passagem para que eu passe.

Uma garota vem até mim, sorrio ao cumprimentá-la e sigo-a quando ouço que Lady Ameerah está me esperando em uma sala privada.

O espaço da Lady Ameerah é diferente da Scandal. Enquanto intitulo meu negócio como uma boate, ela adora que chamem esse lugar de "pleasure rooms, in the dungeon".

Não há música tocando como na Scandal, mas há quartos e cada um deles é mantido trancado haja praticantes ou não, pois cada entrada só é permitida com a permissão dela. Não é um lugar público, isso é quase óbvio, Lady Ameerah é quem costuma convidar cada um, e com isso, suas identidades são sempre mantidas em sigilo.

Eu costumava vir aqui com Hesun quando queria algo diferente.

Alguns quartos têm mobília diferentes do convencional, algumas com jaulas e outros com argolas no teto ou nas paredes. Uns até tinham camas suspensas no teto ou paredes de vidro, possibilitando a visão de quem estivesse no quarto vizinho. Haviam tantas formas de praticar e também se divertir ali que me passava na mente de que um dia, talvez, Jaejun também quisesse conhecer o lugar.

A garota parou diante da única porta vermelha no corredor e a abriu.

Sorri quando notei Lady Ameerah sentada em suas poltronas de couro preto e ao seu lado um garoto estava abaixado, quieto, usando uma focinheira enquanto uma coleira com espinhos de prata rodeavam seu pescoço.

Ele estava sem uma guia, mas ainda assim, manteve na mesma posição quando Lady Ameerah se ergueu e caminhou em minha direção.

Dava para notar como o corpo semi-despido do garoto estava marcado, vermelho com traços de chicote em sua pele alva. Lady Ameerah sorriu ao parar à minha frente. Ela vestia um vestido justo, feito em couro preto e suas mãos estavam cobertas por luvas no mesmo material que iam até seus cotovelos. A vi retirá-las e jogá-las em um outro garoto que estava parado no canto da sala, tão em silêncio quanto o outro, no qual as recolheu e as guardou. Segurei sua destra erguida em minha direção e beijei o dorso.

ㅡ Quanto tempo, Dom Park, senti sua falta.

ㅡ Olá, Lady Ameerah, como está?

ㅡ Bem, eu diria. ㅡ ela sorriu de modo gracioso. ㅡ ao que devo a honra da sua visita?

ㅡ Preciso de alguns itens.

ㅡ Faz tempo que você não vem aqui para isso. Costumava pedir o que sempre usava com o seu garoto e era entregue onde desejasse. Porque mudou nossa forma de negócios?

ㅡ Não estou mais com aquele garoto. Hoje tenho outro.

ㅡ Hm... e porque não o trouxe? Adoraria conhecê-lo.

ㅡ Ele nunca veio a um lugar como esse, talvez eu o traga numa outra vez.

ㅡ Ah, então ele é um baunilha?

ㅡ Não, ele é meu submisso, mas ainda não conhece lugares assim.

ㅡ E ele já tem uma coleira? ㅡ seus olhos, mesmo cobertos pela máscara, eram como os de um felino, tão verdes que pareciam cortar a pele como afiadas esmeraldas.

ㅡ Sim, eu pedi para que fizessem uma especialmente para ele, algo único. Lhe dei a coleira e agora temos uma relação entre senhor e submisso, além de algo há mais fora do BDSM.

ㅡ Hm... então quer dizer que o Dom Park teve o coração fisgado? ㅡ ela deslizou as unhas longas e vermelhas pelo queixo. Sua boca e nariz eram as únicas partes de seu rosto no qual eu podia ver, e seu batom contrastava na mesma cor das unhas.

ㅡ De certa forma, sim. ㅡ sorri, vendo-a indicar uma das poltronas para que eu sentasse ali.

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