Bela Flor - Romance gay Capítulo sessenta e sete

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POV: Jaejun

Se dependesse de mim, Hyun-suk e eu não voltávamos mais para a casa.

A sensação de dormir e acordar com o barulho do mar enquanto ele me namora, me dá carinhos e me enche de elogios fofos e bregas para até mesmo ele que tem uma máscara que veste para parecer bruto e fechado, é gostoso e viciante.

Mas a realidade é que somos dois homens adultos e temos uma vida. E essa, infelizmente, nos chama de volta.

ㅡ Você tem certeza que colocou tudo na mala? Cadê o seu carregador?

Hyun-suk riu ao me ouvir perguntar aquilo e abriu a mala apenas para me mostrar seu carregador guardado lá.

ㅡ E suas meias? Pegou a carteira, Hyun?

ㅡ Jaejun, relaxa. Eu peguei tudo.

Suspirei, olhando a passagem direta para o mar.

ㅡ Poderíamos morar aqui, não acha?

Hyun-suk riu novamente e abraçou minha cintura. Assentindo.

ㅡ Com certeza. Se quiser, compramos um quarto aqui.

ㅡ Aish, não precisa comprar nada. Era só brincadeira.

ㅡ Eu sei, mas se você quiser, sabe que compro, não é?

Revirei os olhos, assentindo.

ㅡ Claro que sei. Mas acho melhor irmos logo ou...

ㅡ Ou? Não dá para perder o voo, vamos voltar de jatinho, se esqueceu?

ㅡ Como posso me esquecer disso? Mas não podemos deixar o piloto esperando muito, então vamos indo antes que o hotel cobre por mais uma diária.

Hyun-suk buscou as malas, me proibindo de levar a minha própria mala e seguiu para o elevador. Lá, o motorista buscou-as e ele fez o checkout pagando por todas as despesas que tivemos durante os sete dias em Jeju.

De volta até ao hangar de Jeju, o motorista levou as malas até o jato e Hyun-suk se despediu, caminhando ao meu lado até a aeronave também.

ㅡ Está confortável? ㅡ ele perguntou quando sentei a sua frente.

Assenti, trocando os sapatos que usava por chinelinhos de fivela. Hyun-suk se divertia com eles e sempre fazia piadas, mas eram tão confortáveis como se eu estivesse usando apenas meias.

Logo estávamos sobrevoando Jeju e em poucas horas já estávamos de volta a Seul.

Troquei mensagens com os meus amigos e marquei de encontrá-los no sábado à noite para bebermos algumas cervejinhas e colocar todas as fofocas em dia.

ㅡ Como se sente? ㅡ Hyun-suk perguntou mantendo a atenção no trânsito. Já estávamos em seu carro no qual ele pediu para o motorista levar até o hangar de Seul e reservá-lo. Seus dedos tocavam meus pulsos que estavam cobertos pela camisa fina, mas de mangas longas que eu usava.

ㅡ Estou bem, Hyun, de verdade.

ㅡ Use a pomada hoje a noite, amanhã as marcas sumirão um pouco.

Assenti, tocando meu pulso quando ele o largou e desci a blusa, observando minha pele. Não doía, mas estava fortemente marcada devido à última vez que Hyun-suk me amarrou com as algemas.

ㅡ Está com fome? ㅡ sua mão voltou a me tocar, mas desta vez foi sobre a coxa.

ㅡ Um pouco.

ㅡ Quer ir até o Kim's comigo? Tenho uma reunião com Noram a noite, mas posso adiar.

ㅡ Não, Hyun, eu não quero te atrapalhar em nada disso. Pode deixar que peço pelo aplicativo.

ㅡ Tem certeza?

ㅡ Uhum.

Hyun-suk assentiu, parando em um semáforo vermelho. Deveríamos seguir diretamente para meu apartamento, mas ele precisava passar na empresa e buscar alguns papéis que Jun-Ho já havia organizado. Admito que não me sinto muito confortável quando vou até lá com Hyun-suk, sempre há muitos olhares e isso me desconcerta.

Mas Hyun-suk garantiu que ninguém me olharia. Ou caso fizessem e ainda criassem fofoca, seriam demitidas no mesmo segundo.

Era óbvio que ele não tinha controle sobre isso, mas eu gostava quando ele usava do poder que tinha para tentar me proteger.

Subimos juntos no elevador e mesmo que algumas pessoas não olhassem diretamente para nós dois, era óbvio que nos olhavam assim que passávamos.

ㅡ Bom dia, chefe Park. ㅡ Jun-Ho cumprimenta Hyun-suk, sorrindo para nós dois. ㅡ Bom dia, senhor Jeon.

ㅡ Bom dia. ㅡ respondo um pouco tímido, mas sigo com Hyun-suk até sua sala.

ㅡ Você só precisa assinar, chefe. ㅡ Jun-Ho avisou segurando um pilha de papéis. ㅡ são algumas liberações de verba para construções.

Hyun-suk suspirou, sentou-se em sua cadeira e buscou os papéis.

Jun-Ho parecia admirar Hyun-suk, ele parecia gostar de trabalhar com ele também. Seu sorriso era constante e estranhamente chegava até mesmo a me dar conforto.

quando ele coçou o pulso sem jeito e vi a pulseirinha que talvez tenha sido a que Hyun-suk me contou que comprou para ele como forma de agradecimento por ele e Hajun terem lhe ajudado a comprar o anel que ganhei.

Hyun-suk está concentrado, ele assina muito rápido e sequer lê os papéis.

Certamente ele tem mesmo muita confiança em Jun-Ho, porque eu, sendo um grande apreciador de filmes e novelas, não assinaria nada sem ler. Ainda mais sendo um homem tão rico como ele.

Vai que ele passa a fortuna toda pro secretário?

Ri com a história fictícia que criei em minha mente e trouxe a atenção de ambos para mim.

Ah, desculpa. ㅡ sorri sem jeito, vendo meu namorado sorrir tranquilamente antes de voltar a assinar. ㅡ Hm... sua pulseira é muito bonita. ㅡ comentei com Jun-Ho, vendo-o sorrir tímido e agradecer.

Hyun-suk parou novamente, levando o olhar até a pulseira, mas franziu o cenho.

O que aconteceu com o seu pulso?

atentei também quando Jun-Ho tocou nas marcas vermelhas ali e tentou cobrir quando puxou o terno que usava.

ㅡ Ah, não foi nada chefe Park.

Tem certeza? Pode falar se algo estiver acontecendo.

Eu juro, estou bem. Isso aqui foi... ontem, eu acabei usando um relógio antigo e ele era apertado.

ㅡ Hm. ㅡ Hyun-suk cerrou os olhos e assinou as últimas folhas.

Entregou-as a Jun-Ho e avisou que estava de saída comigo, que não voltaria, mas se precisasse, o secretário lhe ligasse.

ㅡ Até mais, Jun-Ho. ㅡ acenei, seguindo de volta para o elevador enquanto Hyun-suk segurava minha cintura.

para o carro, Hyun-suk ligou enfim a internet em seu celular e revirou os olhos quando as inúmeras notificações chegaram quase em simultâneo.

Ele olha algumas mensagens, rindo quando me mostra a mensagem de Hajun e Hanguk que no dia anterior foram para a Scandal e fizeram um evento onde todos deveriam ir de branco, intitulado

ㅡ Alguém usou o quarto de vidro? ㅡ perguntei, vendo Hyun-suk me olhar de canto.

Você gosta do quarto de vidro, não é?

ㅡ Gosto de assistir. Usar? Deus me livre!

Hyun-suk riu alto e me contou que quem usou ontem foi Hanguk e seu submisso misterioso.

para meu apartamento. Enquanto Hyun-suk dirigia, franzi o cenho ao receber inúmeras notificações dos

mesmo instante, o celular de

Quer que eu atenda? ㅡ perguntei buscando o

ㅡ Quem está ligando?

ㅡ É o Hajun.

Que merda ele quer? Põe no alto-falante,

Quando atendi a chamada, Hyun-suk perguntou em

Você não está me ligando agora para saber qual a ração que Mingu come, não é? Eu te disse que é a premium! Que tipo de tutor você é que não sabe disso? Eu não deveria ter confiado meu filho por uma semana a

ㅡ Hyun-suk, escuta. É caso sério.

que o meu Park tinha, morreu. O prédio em que eu morava era a poucos minutos da empresa, então não me espantou quando Hyun-suk chegou ao prédio e adentrou a garagem, mas ele sequer saiu do carro quando chegou a

merda aconteceu? ㅡ ele perguntou a Hajun usando o tom de voz grave e

ㅡ Onde você tá?

de chegar no apartamento do Jaejun,

meu celular vibrar novamente. O busquei e vi que era Jackson ligando. Me senti mal por negar a chamada dele, mas estava começando a ficar nervoso com Hajun ligando para o meu namorado

eu preciso que fique aí. Eu vou

ㅡ O quê? Por quê?

ㅡ Porque vazou, Hyun-suk. Deu merda!

voltou a tocar. Desta vez

espere aí, chego em dez

chamada com Hyun-suk se findou. Franzi o cenho, decidindo atender Rini e como com Hajun, pus a chamada no

ㅡ Oi, noona.