Resumo de Capítulo trinta – Uma virada em Bela Flor - Romance gay de Evy Maze
Capítulo trinta mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Bela Flor - Romance gay, escrito por Evy Maze. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
POV: Hyun-Suk
Nunca tive momentos na minha vida cujo não tivesse o controle total.
Sou excepcionalmente conhecido por minha destreza e poder. Todos os que conhecem Park Hyun-Suk ou a minha empresa sabem bem o que faço e o que sou capaz de fazer.
Diria que sou o típico homem de poder.
Aos trinta, tenho o poder e dinheiro que muitos não terão sequer em duas vidas seguidas. Sim, eu estou me gabando. Mas a questão aqui não é essa, e sim uma outra que é bem recente em minha vida, mas que está me mudando por completo.
Jeon Jaejun.
O jovem de dezenove anos com cabelos vermelhos. O garoto cuja mãe adotiva não amou e cuidou, mas que ama amar e cuidar seja lá de quem for. O garoto no qual por uma noite de aventura, decidiu aceitar o cartão de um completo estranho intimidador.
O garoto no qual eu faço questão de chamar todos os dias de "meu bem".
Sim, o único homem que me mudou, me fez sentir paixão, calor, e que me faz sentir feliz a cada novo dia ao seu lado.
E toda essa explicação tem um porquê, e esse lhe direi agora.
Talvez seja um pouco vergonhoso, mas por mim tudo bem. Meu nível de desespero fez-me juntar todos os que chamo de amigo para me ajudar, então agora, semanas após o fatídico furo na mídia com Yujin, estou sentado num dos sofás de minha casa sobre o olhar intimidante do próprio.
ㅡ Olha, eu não vou mais esperar. ㅡ Yujin diz se erguendo. ㅡ que palhaçada, Hyun-Suk, diz logo o que quer.
ㅡ Espere Hajun chegar. ㅡ digo. ㅡ por favor...
ㅡ Eu concordo com o bonitão aí. ㅡ Hanguk diz, e dá razão a Yujin, o que dependendo do momento, pode ser até perigoso. Meu amigo sorri para o outro, fazendo-me bufar. ㅡ Estou ficando com sono, Park.
ㅡ Que porra, deita aí e dorme então. ㅡ digo.
ㅡ Vou deitar a minha pomba na sua mão, você não disse que era um assunto urgente?!
ㅡ Se for pra ficar ouvindo vocês como dois bárbaros prestes a se matarem, eu me retiro. ㅡ Yujin avisa.
ㅡ É mesmo um assunto importante. Mas eu preciso que todos estejam aqui.
ㅡ Então cadê aquele comedor de chicotes do inferno? ㅡ Hanguk pergunta, mas no mesmo instante a campainha toca, fazendo-me erguer o corpo rápido, e sorri.
ㅡ Eu ouvi isso. ㅡ Hajun diz ainda do lado de fora. Riu ao abrir a porta e o observo sequer me dar um oi, logo indo adentrando minha casa, deixando o casaco que vestia sobre um dos sofás. ㅡ seu corno.
ㅡ Você que é corno aqui. ㅡ Hanguk defende-se, e eu até olho para Yujin, porque de todos aqui ele é o mais educado. Porém...
ㅡ Porque comedor de chicotes? ㅡ ele pergunta numa risada extremamente alta.
ㅡ Porque Hajun já pediu três chicotes meu emprestado, e nunca devolveu nenhum.
ㅡ Eca, quem empresta chicote? ㅡ sou eu quem pergunto, e credo, eca mesmo!
ㅡ Não são chicotes usados, seu idiota, são novos. ㅡ Hanguk diz.
ㅡ Por isso a revolta, sacou? ㅡ Hajun diz, sentando-se. ㅡ mas enfim, estou aqui. Espero que a sua mensagem de "socorro, o vibrador ficou preso", seja mesmo real.
ㅡ Credo, Hyun-Suk, você é tão passivo... ㅡ Jin diz carregando uma careta na cara, mas senta-se junto aos outros, olhando fixamente para mim. ㅡ vai, desembucha.
ㅡ Certo. Eu preciso que prestem bastante atenção, ok? ㅡ digo e vejo assentirem em concordância, fazendo-me morder o lábio inferior em nervosismo antes mesmo de confessar. ㅡ eu preciso transar.
De início todos ficam quietos, e até se entreolham, mas Yujin é o primeiro a ficar de pé, buscando seu celular e chave do carro depositados no móvel de centro.
ㅡ O quê? Para onde vai?
ㅡ Me desculpe, mas não quero participar de orgia nenhuma. ㅡ ele diz, já caminhando para a porta.
ㅡ Que orgia o que, seu louco, não é nada disso não. ㅡ trato de falar logo, me erguendo para buscá-lo e trazê-lo de volta.
ㅡ Ufa. ㅡ Hajun diz, e até põe a mão sobre o peito. ㅡ fodi com dois ontem, não tô aguentando mais nada.
ㅡ Quê? ㅡ pergunto voltando com Yujin e o sento no sofá. ㅡ que dois?
ㅡ Longa história... ㅡ diz sorrindo e relaxa o corpo, cruzando as mãos sobre a cabeça. ㅡ mas vá, prossiga.
ㅡ Eu não quero transar com vocês. Quero transar com Jaejun.
ㅡ E porque não transa? ㅡ Hanguk pergunta tranquilo. ㅡ é só ir, tá ligado? Você pega o seu pau e...
ㅡ Vai se foder, cara. ㅡ Yujin diz e estala uma tapa no braço dele. ㅡ isso aqui é claramente mais do que enfiar o pau em alguém.
ㅡ Exatamente. ㅡ falo apontando para ele, e óbvio, lhe dando razão, o que faz com que ele sorria vitorioso.
ㅡ Beleza, então qual o real problema aqui? ㅡ Hajun pergunta.
ㅡ O real problema é que eu e ele estamos praticamente transando. Na verdade, Jaejun diz que o que fazemos já se trata de sexo.
ㅡ Mas...?
ㅡ Mas nunca fomos pra valer, entendeu? ㅡ intercalo meu olhar de um a outro. ㅡ nós nunca chegamos a transar mesmo.
ㅡ Você diz, enfiar o pau? ㅡ Hanguk pergunta e novamente apanha de Yujin.
ㅡ Sim. ㅡ respondo-lhe. ㅡ eu nunca enfiei meu pau... ㅡ lamento.
Eu realmente me sinto triste, não porque necessito mesmo de sexo para me manter com Jaejun, mas porque eu sinto que ele também quer, mas algo nos impede.
E é esse algo que está me afligindo.
ㅡ Você está amando esse garoto, não é? ㅡ ouço Yujin perguntar.
Ergo meu olhar e demoro a responder, mas dou de ombros, o que faz com que ele franza o cenho.
ㅡ Não o ama?
ㅡ Acho que o amo porque somos um casal. Nós rimos, namoramos, temos momentos bons e já tivemos os ruins. Isso não seria amar? ㅡ pergunto.
ㅡ Amar é muitas coisas, Hyun-Suk, assim como você citou. Pode ser cuidar, querer, libertar, enfim... mas é algo que vem do coração. Algo que sabemos que nos faz bem.
ㅡ Jaejun me faz bem.
ㅡ Ok, deixando o papo de amor de lado, o que você quer? ㅡ Hanguk pergunta.
ㅡ Eu quero saber como prosseguir com ele sem que ele fique com medo de mim.
ㅡ Você tem medo do seu jeito? ㅡ Hajun pergunta.
ㅡ Como assim: seu jeito? ㅡ Yujin indaga.
ㅡ Hyun-Suk é um dominador, Yujin, e ele têm os modos próprios de sentir prazer.
ㅡ Disso eu sei bem, mas, o que isso te impede? ㅡ torna a pergunta, mas desta vez sua visão é endereçada a mim. ㅡ o garoto sabe disso e você até tem mostrado-o esse mundo, então qual o seu verdadeiro medo?
ㅡ E se eu não me controlar? ㅡ pergunto. ㅡ ele é virgem, eu nunca fiz algo assim.
ㅡ É normal ter medo, você é uma pessoa comum como qualquer outra. Suas vontades e desejos não te impedem de nada, basta Jaejun permitir, vocês vão se sair bem.
ㅡ Mas agora é diferente, Yujin. Qualquer toque com ele é único. Qualquer momento com ele é bom, é cheio de sorrisos, e eu não queria que quando enfim chegássemos lá, ele deixasse de ser ele, entende? Tenho medo que Jaejun só pense em me agradar.
ㅡ Isso não vai acontecer. ㅡ ele rebate. ㅡ E afinal, o garoto já não é praticante? Você não o levou para a boate?
ㅡ Vocês não estão entendendo. Eu...
ㅡ Quem não está entendendo é você. ㅡ Jin diz.
ㅡ Realmente, Hyun-Suk. ㅡ Hanguk fala, me chamando atenção. ㅡ eu nunca estive numa situação como a sua, mas se vocês estão juntos, por que não diz isso a ele? Porque não fala das suas inseguranças e resolvem isso juntos?
ㅡ Realmente, se é com ele que você quer transar, por que não tem essa conversa com ele? ㅡ Hajun indaga. ㅡ olha, por experiência própria, acho melhor você falar diretamente com ele, pelo menos ele entenderia a sua vontade e preocupação.
ㅡ E se vocês se gostam mesmo, acharão um modo de seguir. ㅡ Yujin fala, sorrindo calmo.
ㅡ Vocês são uns filhos das putas. ㅡ falo encostando-me e esfrego as mãos no rosto rapidamente. ㅡ e estão certos.
ㅡ Eu sei. ㅡ Hanguk diz, carregando um sorriso debochado.
ㅡ Eu não sei se consigo falar de sexo com Jaejun agora. ㅡ digo. ㅡ ele está tão atarefado...
ㅡ Não me culpe, ele está trabalhando na carga horária correta! ㅡ Hajun logo diz, defendendo-se.
ㅡ Não, eu sei disso, idiota. Mas tem a avó dele, e todo aquele assunto com a tal tia adotiva... Eu não quero parecer ingrato nem nada.
Eu ouço passo adentrar o cômodo e vejo um dos trabalhadores trazerem cervejas em bandejas. Sorrio, porque sei que é coisa de Jihoo.
ㅡ Leve-o para jantar. ㅡ Yujin dá a sugestão, aceitando e agradecendo uma das latas que lhe foi entregue. ㅡ leve-o para o Kim's outra vez. Reservo a melhor mesa e sirvo o melhor jantar.
ㅡ Você consegue isso para mim também? Mesa para três? ㅡ Hajun pergunta, animado.
ㅡ Não. ㅡ Yujin responde, fazendo meu amigo cessar o riso rapidamente, enquanto eu e Hanguk rimos alto. ㅡ é somente para casais em crises específicas.
ㅡ Um namorado com dois namorados que já foram namorados, não é uma crise para você?
Eu olho rapidamente para Hajun e o vejo ainda encarando Yujin.
ㅡ JiHo e Taeshin? ㅡ pergunto surpreso. Hajun assente. ㅡ E não deu merda?
ㅡ Não, mas tem dado umas noites bem gostosas de sexo. ㅡ ele fala e sorri, como se lembrasse bem. ㅡ penso até em convidar Taeshin para acompanhar a mim e a JiHo numa noite na Scandal.
ㅡ Jaejun jurou que daria em merda. Preciso contar a ele que vocês três estão juntos!
Eu busco meu celular rápido, digitando com euforia uma fofoca novinha para a minha flor, e envio-a, esperando ansiosamente sua resposta.
ㅡ O que será que significa um emoji com a cabeça explodindo, um foguinho, um caixão e um símbolo de proibido?
ㅡ Tudo junto? ㅡ Yujin pergunta. Assinto. ㅡ que ele está surpreso, que sabe como Hajun tem fogo no rabo para ter dois namorados, que logo um matará o outro e que estamos proibidos de falar com Hajun porque ele levará a culpa do homicídio.
ㅡ O seu cu. ㅡ Hajun diz rápido e me olha. ㅡ Como assim você e Jaejun já sabiam disso? ㅡ Ele pergunta e eu só rio.
ㅡ Não ouse demitir o meu Jaejun, entendeu? ㅡ digo-o. ㅡ e só vocês não sabiam, lerdos do caralho.
ㅡ Eu também não sabia de nada disso. A propósito, quem é Taeshin? ㅡ Yujin pergunta.
ㅡ Você nunca sabe de nada. ㅡ Hanguk o alfineta. ㅡ você nunca vem aos nossos encontros ou sai conosco.
ㅡ É porque eu trabalho e não tenho uma vida fácil como a sua. ㅡ devolve, implicando.
Eu nego para ambos, bebendo de minha cerveja e vejo a cara de surpresa e indignação que Hajun ainda tem, e sinto meu celular vibrar, sorrindo logo em seguida quando vejo que é uma mensagem de Jaejun.
ㅡ Ok, vocês já podem ir. ㅡ digo erguendo-me e repousando a cerveja no móvel de centro. ㅡ tchau?
ㅡ O quê? ㅡ eles indagam em uníssono, mas é Yujin que sorri, enquanto os outros dois idiotas ainda me olham.
ㅡ Ok, vamos. ㅡ ele diz, ficando de pé. ㅡ a hora da conversa sobre foda com carinho chegou, certo?
ㅡ Não é isso. ㅡ digo negando. ㅡ eu só vou encontrar ele. Ele está com saudade.
ㅡ Hm... ㅡ ele semicerra os olhos. ㅡ não ouse dirigir, você bebeu.
ㅡ Mas foi só um golinho!
ㅡ Só um golinho pode lhe matar. ㅡ responde duro. ㅡ se eu souber Park Hyun-Suk...
ㅡ Tudo bem. ㅡ ergo as mãos em rendição, e vejo como meus outros amigos também ficam de pé, mas resmungam durante o trajeto até a porta.
ㅡ Da próxima vez que você me fizer sair de casa com uma mensagem falsa, eu vou mandar você tomar no cu. ㅡ Hajun diz, buscando de volta seu casaco.
ㅡ O que me dizem de irmos para um bar? ㅡ Hanguk sugere.
ㅡ Eu digo que você quer morrer de tanto beber. ㅡ Yujin responde. ㅡ Vamos é comer.
ㅡ Você paga?
ㅡ Mão de vaca, você é rico.
ㅡ Aliás, o mais rico. ㅡ Hajun fala.
ㅡ Então você que paga. ㅡ Yujin finaliza a discussão, esperando Hajun sair e logo empurra de leve Hanguk para que ele faça o mesmo. ㅡ Até logo Hyun-Suk, nos conte se transar, ok?
Eu rio de todos os outros afirmarem e pedirem o mesmo, mas assinto, despedindo-me deles, e assim que os vejo sair, corro para me arrumar e anseio ver o meu ruivinho.
Porém, antes de sequer chegar ao meu quarto, sou impedido no meio das escadas, e por uma pessoa no qual meus olhos se abrem rapidamente em ver.
ㅡ Vocês deveriam falar um pouco mais baixo, sabia? ㅡ Sunhee diz, e seu sorrisinho explica bem o que ela quer dizer com isso.
ㅡ Não me diga que você ouviu tudo...
O quão ruim isso seria?
ㅡ Não tudo, apenas da parte em que você mandou uma mensagem sobre um vibrador preso...
Eu abano a cabeça e fecho os olhos, completamente envergonhado e passo por ela, ouvindo-a gargalhar alto, e ainda dizer:
ㅡ Se ainda estiver preso e quiser outro, te empresto o meu!
ㅡ Vai à merda. ㅡ rio, correndo para meu quarto.
Bato contra minha própria testa por esquecer completamente que nessa casa existem outras pessoas, e entre elas uma é minha ex-noiva, o que me faz ter completa vergonha e vontade de sumir. Mas recebo outra mensagem de Jaejun e me animo por vê-lo dizer que já me espera em nosso apartamento, e que até iria se atrever a fazer o jantar, o que faz obviamente meu coração derreter.
Jaejun:
|Você pode trazer Mingu?
Hyun-Suk:
ㅡ Senti sua falta.
ㅡ Também senti a sua. ㅡ responde, sorrindo e ainda mexendo na panela.
ㅡ O que está cozinhando?
ㅡ Minha especialização.
ㅡ E qual seria?
ㅡ Lamen!
Sorrio e o vejo desligar o fogão, mexendo e misturando os temperos.
Ainda consigo roubar-lhe de sua tarefa árdua de cozinhar algo, e o encosto sobre o balcão, beijando-o em meio a um sorriso, sentindo meu próprio coração pulsar mais forte apenas por perceber a bagunça que somos.
ㅡ Woah, você trouxe o Mingu! ㅡ ele diz ao ver o gato estabanado em seu tapete felpudo.
ㅡ Ele ficou feliz quando soube que viríamos para te ver.
Ele sorri como um bobo, roubando um selar meu.
ㅡ Põe a mesa, Hyun. ㅡ ele pede com um biquinho. Minhas mãos apertam sua bochecha, o que me rende uma risada.
ㅡ Não quer comer direto da panela?
ㅡ Que tipo de rico é você? ㅡ ele pergunta enfim se soltando de mim e indo até à gaveta com chopsticks.
ㅡ Do tipo que é humano. ㅡ respondo caminhando até a sala e busco o controle. ㅡ vem, eu ponho um filme para nós, vamos comer sentados no chão.
Jaejun nega, buscando a panela e me apressa para que eu coloque um protetor térmico sobre o móvel de centro, assim não o danificando.
Eu escolho um filme qualquer de comédia romântica já que é o tipo favorito dele e o vejo buscar duas latinhas de refrigerante.
Sentados lado a lado no chão, eu ainda roubo um beijo de Jaejun antes de aceitar o chopsticks que me é entregue.
ㅡ Está bom? ㅡ ele pergunta quando sou o primeiro a provar.
ㅡ O melhor Lamen que comi em toda a minha vida.
ㅡ Mentiroso! ㅡ acusa, sorrindo e se aproximando para comer também.
ㅡ Podemos conversar sobre como foi o seu dia? ㅡ pergunto, também me aproximando para comer mais.
De boca cheia, Jaejun assente.
ㅡ Eu fui ver a vovó.
ㅡ Ela está bem? ㅡ novamente ele assente. ㅡ fico feliz por você.
ㅡ E você?
ㅡ Só trabalhei e encontrei com os caras lá em casa. ㅡ digo-o. ㅡ isso me rendeu um gole de cerveja.
ㅡ Só unzinho?
ㅡ Uhum, inclusive foi por causa dele que demorei. Yujin não me deixou dirigir.
ㅡ Ele está correto. Eu quero meu namorado inteiro.
Tusso algumas vezes ao ouvir o que Jaejun diz, e até sinto-o bater levemente em minhas costas, me ajudando.
ㅡ Bebe um pouco. ㅡ entrega-me meu refrigerante. ㅡ come mais devagar, seu doido. A comida não vai correr!
ㅡ Você disse... Namorado? ㅡ pergunto incerto. Vai que foi só um delírio meu.
ㅡ É só modo de falar, Hyun. ㅡ ele ri. ㅡ uma besteira... não somos de verdade.
Ah...
ㅡ Entendi.
ㅡ Mas a vovó pensa que namoramos mesmo. Eu contei que sou gay, e Jackson aproveitou para dizer que eu namorava o loirão, então ela deduziu que era você.
ㅡ Sua avó? ㅡ abro em espanto meus olhos. ㅡ Sua avó sabe sobre eu e você?! E como ela reagiu?
ㅡ Ela só disse que me queria feliz, que ela já foi jovem um dia e sabe que proibições são um saco. Então falou que só fizéssemos o que desse na telha. ㅡ ele fala sorrindo.
Meu Deus.
ㅡ Meu Deus. ㅡ falo ainda paralisado. ㅡ sua avó sabe sobre a gente...
Jaejun leva um pouco de Lamen até a boca, mas para ao me encarar.
ㅡ Está tudo bem, Hyun. ㅡ fala mastigando. ㅡ de verdade. Ela disse que sempre desconfiou, desde quando eu era bem pequenininho... Lembra que Su-ji falou que eu era "errado" desde pequeno? A vovó disse que desconfiava que eu era apaixonado pelo meu vizinho dois anos mais velho. E ela tinha razão. ㅡ ele cobre a boca, rindo como uma criança.
Mas eu ainda estou aqui, embasbacado.
ㅡ Preciso levar flores quando visitar sua avó. ㅡ digo em choque. ㅡ e chocolates. Ela pode comer chocolates? O que me diz também de levar um presente? Um colar? Um par de brincos? Diamantes seriam um exagero?
ㅡ Ei! ㅡ Jaejun chama minha atenção, fazendo-me olhá-lo e cai em riso logo em seguida. ㅡ não pira, a vovó não precisa de presentes. Ela gosta de você.
ㅡ Não pirar? ㅡ falo, arregalando meus olhos. ㅡ Jaejun sua avó sabe sobre nós dois! E ainda nos aceitou?
ㅡ A vovó é um amor mesmo, Hyun.
Jaejun volta a comer tranquilamente, mas eu sinto meu coração acelerar e minha respiração até falhar, então, tomado por um impulso, fico de pé.
Jaejun me encara debaixo com sua boca suja de molho, sem entender nada.
Eu olho ao redor, analisando se o que passa em minha mente é realmente o melhor a se fazer, mas mando a merda qualquer outra coisa e respiro fundo.
Eufórico, puxo Jaejun pelo braço enquanto ele levava mais um pouco de Lamen a boca, o que fez com que o molho espalhasse todo, sujando até minha mão.
ㅡ Hyun! ㅡ novamente de boca cheia, ele reclama. E dessa vez ele parece enfurecido.
Respiro fundo outra vez e pisco atordoado.
Como faço isso?
Nunca fiz. Nunca sequer pensei em fazer.
Mas foda-se.
Então, me ponho de joelhos com os olhos bem abertos, e completamente assustado, tomado por meu próprio impulso, eu lhe pergunto:
ㅡ Quer ser meu namorado de verdade?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Bela Flor - Romance gay