Bela Flor - Romance gay romance Capítulo 33

Resumo de Capítulo trinta e um: Bela Flor - Romance gay

Resumo do capítulo Capítulo trinta e um do livro Bela Flor - Romance gay de Evy Maze

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo trinta e um, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Bela Flor - Romance gay. Com a escrita envolvente de Evy Maze, esta obra-prima do gênero Erótico continua a emocionar e surpreender a cada página.

POV: Hyun-Suk

ㅡ Empurra que dá, Hyun! ㅡ dizia Jaejun enquanto se concentrava em sentar, colocando toda sua força. ㅡ vai, me ajuda nisso, empurra também!

Meu riso não era controlado enquanto seu rosto se contorcia todo.

ㅡ Não dá pra ir com força, você vai se machucar.

ㅡ Eu só quero que isso termine logo, estou exausto, então vai, empurra.

Assentindo enquanto ainda rio de si, eu empurro e ponho toda a minha força para fechar a mala logo abaixo de si.

ㅡ Ufa. ㅡ Jaejun sorri e me agarra pelo pescoço. ㅡ Você é um namorado dez!

Meus olhos se fecham por instantes já que meu sorriso cresce ainda mais.

Ouvir Jaejun me chamando de namorado assim, fácil, nem entrega o colapso que ele teve quando fiz o pedido.

[Dias antes]

Jaejun ainda tinha seus olhos arregalados para mim e os meus não conseguiam desviar de si em completo desespero.

Meus joelhos já doíam, mas lá estava eu de joelhos, à espera de somente uma resposta.

"Diz sim" era o que eu pedia ao universo.

ㅡ Não! ㅡ mas foi isso o que ele respondeu ㅡ Você tá doido, é? Não quero!

ㅡ O quê? ㅡ ergo-me completamente incrédulo. ㅡ é claro que você quer.

ㅡ Quero, mas agora não quero.

ㅡ Como? ㅡ minha cabeça inclina. ㅡ não entendi.

ㅡ Você está pedindo isso só porque eu te chamei de namorado, não é? ㅡ Pergunta levando as mãos até a cintura. ㅡ Hyun, foi de brincadeira!

ㅡ Não! Quer dizer, sim, mas... eu quero pedir.

ㅡ Quer nada. ㅡ Jaejun fala já criando seu típico bico, virando-se e indo até à cozinha a passos pesados. ㅡ Seu mentiroso!

ㅡ Mas... ㅡ sem palavras, ergo-me e o sigo. ㅡ é verdade, meu bem.

Jaejun tem em sua mão um copo com água, e eu sou capaz de vê-lo tremer levemente. Mas ele parece duro para ceder, e desconfiado, mede olhar comigo, mas não me encara.

Eu o espero beber a água e desta vez sou eu quem sinto minha própria mão tremer.

Desde quando me tornei tão inconsistente assim?

ㅡ Você disse que não queria namorar. ㅡ ele enfim diz, abandonando o copo sobre o balcão ainda sem me encarar. - eu não quero se não for realmente real...

ㅡ Mas Jaejun. ㅡ falo e me aproximo ainda mais de si. ㅡ eu sou apaixonado por você, como pode não ser real?

ㅡ Paixões podem mudar. ㅡ diz fazendo círculos imaginários pelo mármore escuro. ㅡ e você pode se cansar de mim.

ㅡ Eu nunca me cansaria de você. ㅡ digo tocando-o sobre a cintura e ainda sem me olhar nos olhos, ele vira de frente a mim. ㅡ Me aceita como seu namorado... Por favor.

Seus olhos enfim me encaram, e eu percebo o sorriso relutante que ele faz questão de esconder.

ㅡ Eu não quero sofrer, Hyun. ㅡ fala, tocando sutilmente meu peito com a ponta de seu dedo. ㅡ Você promete não me machucar?

ㅡ Você sabe que essa promessa é impossível, meu bem, mas eu estou tentando ser o melhor para você, não estou? ㅡ falo sorrindo, deixando um selar casto em sua bochecha. ㅡ eu vou aprender a ser um namorado também. Prometo ser um namorado bom.

ㅡ Eu quero um namorado dez...

ㅡ Prometo que serei seu namorado dez. ㅡ falo abraçando-o de vez pela cintura e tendo seu corpo colado ao meu. ㅡ Você me aceita?

Jaejun desce o olhar para seu dedo em meu peito e volta a fazer círculos ali. Eu espero pacientemente os segundos que se passam por nós, mas é vendo-o assentir devagar e tímido que meu coração erra duas batidas.

ㅡ É um sim? ㅡ pergunto ainda cauteloso.

Outra vez ele assente.

ㅡ Sim... Eu aceito você como meu namorado.

A golpeada que meu coração deu outra vez no peito com suas batidas fortes e frenéticas, fez-me apertá-lo ainda mais e beijá-lo com toda vontade.

Jaejun sorri em meio à confusão de nossas bocas, mas me abraça pelo pescoço e me puxa até que esteja encostado no balcão, suspirando junto a mim quando nossos corpos se juntam ainda mais.

Suas mãos então desviam, indo até meus cabelos e os puxam sem muita força. Um gemido baixo escapa por minha boca e isso faz com que ele aperte ainda mais os dedos. Mas como se estivesse se controlando, Jaejun afasta a boca e me encara, sorrindo quando volta os olhos para os meus.

ㅡ Hyun... ㅡ Não fui capaz de responder, já que minha boca permanecia distribuindo beijos por seu pescoço. ㅡ Acho que está na hora de tentarmos ir além.

Meus olhos outra vez subiram por seu rosto e encaram os dele.

Ele está falando de sexo?

ㅡ É. ㅡ sequer preciso responder para que ele entenda minha confusão. ㅡ estou falando daquilo. Confio em você...

Sorrindo outra vez, levo ambas as minhas mãos até seu rosto, acariciando-o antes de lhe beijar com calma.

Findando o toque com seu lábio inferior entre os meus, eu torno a olhá-lo nos olhos.

ㅡ Você tem certeza? Eu não quero que tenha pressa com nada.

ㅡ Eu tenho... ㅡ fala tímido, mordendo o lábio inferior.

Outra vez sorrio, aproveitando que minha mão ainda permanece em sua bochecha para deixar outro carinho.

ㅡ Eu prometo que não vou te machucar.

ㅡ Eu sei que não irá, Hyun...

ㅡ Você quer que seja agora? ㅡ pergunto.

ㅡ Agora? ㅡ Jaejun torna a abrir seus olhos, tão assustado que chega a ser fofo. ㅡ Mas, não terminamos nem de comer, e... hm, talvez com a barriga cheia dê ruim não é? Ai meu Deus, que vergonha... E também eu ainda vou ter que fazer aquele negócio, e ainda não aprendi direito como se faz.

Ele esconde o rosto em meu pescoço, mas isso me faz rir. Ele é tão fofo.

ㅡ Você tentou? ㅡ pergunto me afastando, vendo-o ficar rubro. ㅡ se quiser eu te ajudo.

ㅡ Não, Deus me livre, eu fiz, mas não sei se fiz bem, então quando nós formos... Sabe... fazer, eu quero ter feito certinho...

ㅡ Eu não quero que se apresse, tudo bem? Tenha seu tempo, eu te espero.

ㅡ Mas eu quero. Eu... hm, quero saber como é.

Outra vez sorrindo, roubo-lhe um último selar e me afasto de vez.

ㅡ Quer viajar comigo? ㅡ encosto sobre a ilha.

ㅡ Viajar?

ㅡ É, no fim de semana. Só nós dois.

ㅡ E para onde?

Dou de ombros.

ㅡ Você pode escolher.

ㅡ Qualquer lugar?

ㅡ Qualquer lugar.

ㅡ Até para fora do país?

ㅡ Para onde quiser, amor.

Observo Jaejun sorrir e em seguida se pôr pensativo. Ele não conhece muito a Coreia, sei disso, quem dirá o mundo, Jaejun ainda não tem passaporte.

Algo que ele com certeza terá que fazer.

Mas onde quer que ele escolha, onde quer que seja o destino que ele diga, eu o levarei.

[Dias atuais]

ㅡ Eu deveria ter escolhido Europa.

Vendo Jaejun carregar sua mala pesada até o carro, ouço dizer aquilo e nego, sorrindo.

ㅡ Eu te disse qualquer lugar. Foi você quem escolheu Gyeongju.

ㅡ É a cidade onde minha mãe queria visitar no meu aniversário de dez anos.

Vendo-o colocar mais mala no carro, eu faço o mesmo, fechando o compartimento.

ㅡ Mas ela morreu antes disso... ㅡ Jaejun lamenta.

ㅡ Mas mesmo depois da morte dela você nunca foi?

ㅡ Eu fui morar com Su-ji, então você já sabe...

Assentindo e adentrando o carro, eu espero Jaejun adentrar e pôr seu cinto de segurança.

ㅡ Mas por que com dez anos? ㅡ torno a perguntar já guiando o carro por a estrada. ㅡ Por causa da herança histórica?

Jaejun assente rápido e eufórico.

ㅡ Mamãe sempre contava histórias antigas sobre o nosso país, e Gyeongju era a capital da coreia durante a dinastia silla, então ela dizia que me levaria para conhecer o museu nacional de Gyeongju e como eu me sentiria empolgado com tudo o que há lá.

ㅡ Eu não sabia que você gostava tanto de história assim.

ㅡ Eu sempre pensei em estudar história, e pensava em trabalhar com elaboração de materiais didáticos. Uma besteira...

ㅡ Claro que não. ㅡ repreendo-o. ㅡ todo e qualquer sonho é importante, meu bem, mas porque o interesse em trabalhar com elaborações didáticas?

ㅡ Sabe, quando eu era criança eu sempre pegava o livro de história e lia como se fosse um conto. Eu imaginava tudo que estava lá e passava horas assim, mas eu percebia que os outros alunos não se interessavam tanto. Sempre tive vontade de montar matérias cujo alunos, principalmente infantis, se interessassem. Imagina algo como abrir o livro e se deparar com situações trágicas, mas de forma escrita não cansativa? De forma que elas quisessem ler mais e mais? Era um sonho bom.

ㅡ E isso não te interessa mais?

ㅡ Eu não sei, Hyun. ㅡ diz sincero, repousando sobre o banco. ㅡ eu não pensei muito sobre isso depois que terminei o colégio. Eu vim direto para Seul e logo comecei a trabalhar, não tive tempo sequer de pensar a respeito.

ㅡ Mas agora você tem tempo, e tem a mim também, deveria seguir seu sonho, você fala dele com muita vontade, é nítido que a paixão sobre o assunto ainda está em você.

Jaejun permanece em silêncio por minutos e eu vacilo o olhar algumas vezes para analisá-lo.

ㅡ Eu vou pensar. ㅡ ele diz findando o silêncio. ㅡ Mas não irei te garantir nada.

ㅡ Você fará isso ou qualquer coisa por você Jaejun, eu apenas vou te apoiar sempre. Seja no que for.

Juntando os dedos aos meus, eu ouço Jaejun liberar uma pequena risada enquanto seu polegar brinca em minha mão.

Meus olhos ainda permanecem atentos à estrada até o aeroporto, mas meus ouvidos captam mais uma vez, o que faz meu coração derreter-se.

ㅡ Meu namorado é dez.

[...]

ㅡ Hyun, você segura a minha mão?

Olhando Jaejun prender e verificar se seu cinto de segurança está mesmo fixo, eu ouço-o perguntar aquilo.

ㅡ É quase a mesma coisa que o helicóptero, meu bem, estaremos seguros no ar.

ㅡ Não é nada, helicóptero voa mais baixo.

ㅡ Eu perguntei se você queria ir de helicóptero, mas você não quis. ㅡ digo sem entender.

ㅡ É que eu nunca andei de avião, e eu queria fazer isso como a primeira coisa de casal que faríamos.

Sorrio prendendo meu próprio cinto de segurança e aguardo a decolagem do avião.

ㅡ Mas agora eu não sei se foi uma boa ideia. ㅡ Jaejun continua, respirando fundo enquanto seus dedos brigam entre si. ㅡ eu tô com dor de barriga, Hyun.

ㅡ Isso é algo muito romântico a se dizer. ㅡ brinco, vendo-o abrir mais uma vez os olhos, cobrindo a boca logo em seguida. ㅡ Mas, obrigado por sua sinceridade. Eu vou te proteger, não fique nervoso.

ㅡ Não, Hyun, esquece o que acabei de dizer.

ㅡ Mas é uma verdade, oras.

ㅡ Não é não. Imagine que nojento dizer isso num momento tão legal nosso.

ㅡ Mas isso é normal, Jaejun, todo o ser humano tem dor de barriga e faz...

ㅡ Se você não findar esse assunto agora mesmo, pode esquecer que estamos planejando fazer amor.

Outra vez eu rio de sua fala desesperada e não sou capaz de dizer outra coisa.

Acomodo-me melhor na poltrona espaçosa da classe executiva e ouço Jaejun bufar. Levando meu olhar para ele, vejo-o frustrado.

ㅡ O que foi? ㅡ pergunto.

ㅡ Por que escolheu classe executiva? Você tá muito longe de mim, eu queria deitar no seu ombro... ㅡ faz bico.

ㅡ Somente pensei em nosso conforto, me desculpe. Mas, a viagem é rápida, apenas uma hora e você poderá deitar aonde quiser.

ㅡ Hyun... ㅡ Jaejun chama rindo baixo, tão sapeca que faz-me ergue uma de minhas sobrancelhas sem entender. ㅡ Você está se tornando um boiola, sabia?

ㅡ Boiola? ㅡ franzo o cenho. ㅡ mas eu sou gay, não é novidade.

ㅡ Não, amor, o contexto de boiola mudou. ㅡ explica baixo. ㅡ Antigamente era-se usado o termo boiola para ofender, e realmente, os homossexuais eram os alvos, mas hoje significa que você é todo derretidinho por algo.

ㅡ Então isso quer dizer que me tornei uma pessoa derretida por você?

Jaejun assente, sem vergonhas nem nada.

ㅡ Um boiola. ㅡ ele rir. ㅡ eu sou desde quando te vi. Se lembra que eu te chamei de lindo quando perguntou meu nome?

ㅡ Por ela.

Vendo-o apressar o passo, Jaejun desgruda de mim e é o primeiro a chegar ao topo, respirando igualmente cansado, mas ainda sorrindo.

Quando paro ao seu lado, vejo a forma em como outra vez ele fecha os olhos, sentindo o vento.

ㅡ Ela tinha razão, Hyun. ㅡ fala, devagar virando-se para mim. ㅡ mamãe sempre disse que quando me trouxesse aqui, me faria subir no morro mais alto e mostraria com a brisa é fresca.

Fechando meus próprios olhos, sinto a brisa vir, arrepiando todo o meu corpo.

ㅡ Ela tinha razão.

ㅡ Ela sempre tinha...

ㅡ Sente-se bem ao lembrar dela, não é?

ㅡ Só quando a lembrança é boa. ㅡ Jaejun diz e senta-se na grama.

Relutante, ainda olho ao redor preocupado com insetos, mas sento ali também, aproveitando para segurar sua mão e deixar um beijo no dorso.

ㅡ Mas quando as lembranças são sobre aquele dia, ainda é assustador.

ㅡ Fala do dia em que ela morreu?

ㅡ Do dia em que ela se matou... ㅡ ele suspira pesadamente.

Tomo cuidado com o assunto delicado, mas vejo-o suspirar outra vez e deitar completamente na grama, encarando o céu.

Céus, será que preciso deitar também?

Por favor, que não tenha insetos!

Deitando, vejo o céu azul com Jaejun.

ㅡ Eu nunca te contei sobre isso, não é?

ㅡ Me conte quando apenas se sentir à vontade.

Jaejun permanece quieto, olhando o céu em silêncio enquanto eu o olho e espero que nenhum tipo de criaturinha que morde interrompa nosso momento.

ㅡ Eu não sei por que eles fizeram aquilo, Hyun. Nunca consegui entender.

ㅡ Eles?

ㅡ Meus pais. Meu pai e minha mãe estavam juntos naquela tarde. A vovó disse que eles estavam com muitas dívidas, por isso estavam se sentindo sem saída, mas tudo se dá um jeito não é? Poderia haver soluções!

ㅡ Jaejun... ㅡ chamo-o me virando. ㅡ não se force a me contar algo agora. Eu não quero te ver magoado com essas lembranças.

ㅡ É só que... ㅡ Jaejun fecha os olhos com força, travando a mandíbula. E quando torna a fitar o céu, apenas uma lágrima escorre pelo canto de seu olho. ㅡ Eu a queria aqui.

ㅡ Ei. ㅡ chamo outra vez, desta vez fazendo-o me olhar. ㅡ E quem disse que ela não está, uh? Você a ama, então isso significa que você a leva sempre no coração. Sendo assim, ela é parte de você, então ela também está aqui.

ㅡ A titia... ㅡ ele diz, mas nega, suspirando. ㅡ A Su-ji sempre me amedrontou. Ela dizia que a mamãe não podia vir me ver porque ela não era um anjo. Dizia que pessoas que tiram suas próprias vidas iam para o inferno e isso sempre me fazia chorar.

ㅡ A sua tia é a pessoa mais cruel que eu já tive o desprazer de conhecer. ㅡ falo sentindo nojo da imagem suja da mulher que logo vem à mente. ㅡ mas ela está errada, muito errada. Se há um Deus que preza por nós, que cuida independente do que fazemos, você acha mesmo que ele abandonaria a sua mãe somente porque ela fez a escolha que fez? Ela com certeza é um anjo e está em paz. Está feliz com o homem que você se tornou.

Jaejun respira fundo, controlando as lágrimas que brilham em seus olhos.

ㅡ Dizem que nada acontece sem a permissão dele, e que ele nos deu livre arbítrio. Se sua mãe fez o que fez, ninguém pode julgá-la. É claro, ninguém desejaria que isso acontecesse, todas as pessoas deveriam viver suas vidas até o fim, viver bem, felizes, mas apenas pense que ela está em algumas dessas nuvens no alto te olhando. Apreciando o homem lindo que ela pôs no mundo.

Jaejun libera mais lágrimas, negando e agora sentando-se sobre a grama.

Eu faço o mesmo, vendo como seu rosto transparece sua amargura. Suas lágrimas descem como rios, e eu temo que ele tenha outra crise, mas ele apenas nega, limpando as lágrimas para que novas caiam.

ㅡ Então porque ela ia me levar junto consigo? ㅡ olha para mim. Minhas palavras não são capazes de nada agora. ㅡ Será que Deus perdoa mesmo uma mãe que iria matar o próprio filho? Ou será que ele me odeia por não ter impedido-a? Porque talvez fosse mesmo melhor ter morrido, mas ele me deixou sofrer, me deixou apanhar e escutar tudo o que escutei de Su-ji enquanto minha mãe tinha a sua paz.

Levo minhas mãos até ele, puxando-o para mim, envolvendo-o com meus braços. Jaejun encosta a cabeça em meu peito, tão raivoso e triste, que me faz sentir mal por permitir que o assunto viesse a nós.

ㅡ Eu só não entendo...

Acaricio seus cabelos e deixo um selar sobre sua testa.

ㅡ Está tudo bem, amor, tudo bem...

Jaejun permanece quieto, fungando enquanto me aperta de volta. Penso que seu emocional fraco seja por conta da bebida, mas me preocupa esse trauma profundo que sei que ele carrega consigo.

Mas o assunto não retorna, apenas ficamos ali mais tempo do que achei que ficaríamos.

Quando enfim estamos de volta à estrada, eu o vejo quieto com a cabeça encostada sobre a janela do carro enquanto a paisagem passa por nós.

No hotel, Jaejun fica ao meu lado em silêncio e continua assim até que paramos em frente à porta de nosso quarto.

Jaejun geralmente não é quieto, e isso me preocupa, e é apenas quando abro a porta da suíte master que ouço a sua voz e isso faz meu corpo tremer em necessidade por mais.

ㅡ É tão grande... ㅡ ele diz caminhando até o centro do quarto.

ㅡ Pedi a melhor suíte para nós. Quero que fique confortável.

ㅡ Já estou. ㅡ ele diz sorrindo pequeno, sentando sobre o colchão macio. ㅡ posso tomar um banho?

ㅡ Fique a vontade, meu bem.

Vendo-o assentir, sento sobre a cama, buscando minha mala para já organizá-la.

ㅡ Hyun... ㅡ Jaejun chama da porta do banheiro. Ergo minha cabeça e vejo-o com os cabelos desbotados pingando. ㅡ Você pode vir tomar banho comigo?

Seu tom entrega que a pergunta não é nenhum pedido com segundas intenções. Ao contrário, entrega apenas carência.

Deixando a mala sobre a cama, retiro minhas roupas e as coloco sobre uma das poltronas que há ali.

Adentrando o banheiro, sinto o vapor quente da água junto a fumaça e a imagem de Jaejun completamente despido.

Ele sorri e entrega sua mão para que eu a segure, e eu o faço, logo sentindo a água quente bater contra minha pele.

ㅡ Tudo bem? ㅡ pergunto passando a mão por meus cabelos, os jogando para trás. Apenas para vê-lo dá de ombros. ㅡ Você quer algo, meu bem?

ㅡ Quero um abraço...

Encolhido, é isso que ele diz. Eu não o questiono, apenas me aproximo e sinto ligeiramente Jaejun me prender pela cintura.

Abraçando-o pelos ombros, sinto-o repousar outra vez a cabeça em meu peito, fechando os olhos, deixando apenas a água nos lavar.

Talvez eu precise ir com calma com Jaejun, e isso diz em todos os sentidos.

Jaejun é bem mais delicado do que imaginei, e a última coisa que quero é machucá-lo.

Ainda o sentindo me abraçar em silêncio, sigo as batidas do meu coração que dizem apenas uma certeza a mim.

A certeza do amor.

Então a única coisa que sou capaz de dizer quando sou eu que agora sinto a dor que ele compartilha, é:

ㅡ Eu vou para sempre cuidar de você, Jaejun.

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