Nuria
Eu mal conseguia respirar.
Meu corpo ainda vibrava com os toques dele, com os beijos, com a forma como Stefanos me fez perder o controle de tudo. Cada músculo ainda pulsava, cada célula parecia viva demais. Mas o mais louco? Eu ainda o queria. Como se aquele ápice tivesse sido só o começo.
Me levantei devagar, com as pernas trêmulas, e fui até o banheiro. Precisava lavar a mão ferida, esfriar a cabeça... ou tentar.
Abri a torneira. A água escorreu fria sobre meus dedos, limpando os resquícios do sangue seco, e mesmo ali... sozinha por segundos... eu ainda sentia ele dentro de mim.
Mas não fiquei sozinha por muito tempo.
Ele apareceu atrás de mim.
O calor do corpo dele era inconfundível. Feroz. Alfa. Lobo. Dono.
Sua presença se moldou à minha, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, senti os dedos dele tocando minha cintura, subindo devagar pela curva dos meus quadris até alcançarem meu estômago.
"Não terminei com você ainda, Ruína..." ele murmurou, rente à minha orelha, a voz rouca, quente, me fazendo estremecer.
Seu peito colado às minhas costas, seu cheiro selvagem me envolvendo por completo. Olhei meu reflexo no espelho. Minhas bochechas coradas, os lábios entreabertos, os olhos em brasa. E então vi os dele. Fixos em mim. Completamente possuídos.
"Stef..." sussurrei, mas minha voz mal saiu. Ele passou a língua pela curva do meu ombro exposto e me mordeu ali, não forte o suficiente para doer, mas o bastante para me fazer arfar.
Com um movimento lento, ele me virou de frente. As mãos dele seguraram firme minhas coxas e me ergueram como se eu não pesasse nada. Eu instintivamente enrosquei as pernas ao redor da cintura dele. Ele me deixou na beirada da pia de mármore, e o contraste com o calor do nosso corpo foi como um choque elétrico.
"Ainda consigo ouvir você gemendo," ele sussurrou, enquanto passava a boca pelo meu pescoço, pelo colo, até alcançar meus seios novamente. "E eu quero ouvir de novo."
Eu já estava úmida. Aberta. Preparada.
Ele me provocava com os quadris, roçando a dureza dele entre minhas pernas, mas sem entrar. Apenas... deixando que o calor nos consumisse um segundo a mais.
"Você me pertence," ele rosnou, encarando meus olhos. "No escuro, no claro, no campo de batalha ou presa entre essas paredes. Você é minha, Nuria."
"Sou sua," gemi. "Completamente."
Ele me penetrou com força e urgência, arrancando de mim um grito abafado contra o ombro dele. A dor do impacto se dissolveu em prazer quase instantâneo. Eu me arqueava contra ele, os seios pressionados contra o peito dele, as unhas cavando os ombros largos. Ele só gemia rouco, sussurrando palavrões entre um movimento e outro.
"Você é a porra da minha perdição, Nuria…", ele rosnava entre os dentes, o quadril colidindo no meu com uma fome que me deixava tonta.
Minhas costas pressionadas contra a pia fria contrastavam com o calor que ele despejava em mim a cada investida. Meus cabelos grudavam na pele, minha boca mal conseguia formar sons, só suspiros entrecortados e gemidos entregues, enquanto ele me devorava ali mesmo, como se o mundo fosse acabar e meu corpo fosse a última coisa que ele pudesse ter.
E então…
Ele me ergueu de novo.
Sem tirar os olhos dos meus, me virou com facilidade nos braços, me fazendo enroscar as pernas em volta de sua cintura. Ele caminhou até o box do banheiro com passos firmes, o olhar dominador, os dentes ainda cerrados.
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