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Capturada pelo Alfa Cruel romance Capítulo 108

Stefanos

Ela ainda estava no meu colo, os braços em volta do meu pescoço, o coração acelerado contra o meu peito... mas algo dentro dela já tinha ido embora.

As palavras dela ainda ecoavam na minha mente.

"Ele era irmão do Supremo."

O impacto daquilo me atravessou como um golpe seco. Não era só sobre ela. Era sobre tudo o que isso representava.

A linhagem.

O segredo.

A Deusa.

E a mentira que pairava sobre todas as alcateias até agora.

Minha mandíbula travou. Meu lobo rosnou, baixo e tenso, dentro do peito.

Sem dizer nada, passei um braço por baixo das pernas dela e a sentei com cuidado sobre a cama, como se fosse feita de vidro. Me levantei em seguida, caminhando pelo quarto enquanto tentava encaixar todas as peças.

"Você vai ter que me contar tudo agora," falei, de costas, a voz firme. "Sem rodeios. Sem metáforas. E sem mais silêncio."

Me virei, os olhos presos nos dela.

Ela me encarou, surpresa com o tom.

"Stefanos..."

"Não como seu Alfa," cortei antes que ela recuasse. "Mas como o homem que carrega sua marca. O lobo que morreria pra te manter viva."

Ela mordeu o lábio, e não de um jeito sedutor, mas de um jeito que eu sabia que machucaria se ela continuasse.

"Por onde você quer que eu comece?" murmurou.

"Por que diabos você não me contou que o Supremo é seu tio? Ele veio aqui, ficou na mesma sala que você, e você não achou que eu devia saber?"

Ela engoliu seco.

"Porque ele não me reconhece como sobrinha. E eu nunca tinha visto ele pessoalmente… até aquele dia. Pra ele, minha família estava morta. Nós eramos apenas um passado morto e enterrado."

"Nuria, eu sou bom com estratégia. Mas não sou vidente. Preciso das informações completas."

"Aquele dia no seu escritório... foi a primeira vez que vi o rosto dele de perto. Mas ele já sabia quem eu era, Stefanos. Ele sabia que só existia uma loba com sangue azul viva."

"Então por que nenhum de vocês disse nada? Nenhuma palavra? Nenhuma pista?"

"Porque eu não confiava em você ainda!" a voz dela se elevou, cheia de frustração contida. "Naquele momento, nós não éramos nada. E essa verdade... podia me custar tudo."

Cruzei os braços, absorvendo.

"Mas por que ele mataria a própria família?"

"Porque o orgulho dele não suporta o fato de que a Deusa escolheu meu pai. E não ele. Meu pai foi considerado o mais forte da geração deles. Não o Supremo."

Respirei fundo e me aproximei.

"Você vai precisar ser mais clara. Agora não é só sobre você. É sobre toda a Boreal."

Ela assentiu, a voz mais estável.

"Meu pai era o irmão mais novo do Supremo. Quando conheceu minha mãe, o vínculo apareceu de imediato. Eles eram destinados. E isso destruiu o ego do meu tio. Ele tentou convencer o Conselho de que havia um erro. Mas a Deusa não erra."

Ela fez uma pausa, olhando pro vazio.

"Vieram ataques. Tentativas de assassinato. Meu pai acusou o Supremo, e ele apenas riu, dizendo que era ilusão. Quando minha mãe engravidou, meu pai decidiu sumir. Abandonou tudo pra nos proteger."

"Então ele fingiu a própria morte." Eu concluí, sentindo o peso dessa escolha, e ela assentiu com a cabeça.

"Nos escondeu num lugar remoto. Onde ninguém nos acharia. Onde eu pudesse crescer sem o medo constante de ser caçada... Mas Solon nos encontrou. Alguém sabia sobre nós. Alguém vazou a informação."

Me ajoelhei diante dela, sentindo a pulsação em suas mãos, tão fortes e tão frágeis ao mesmo tempo.

"E por que não prenderam sua mãe também? Ela também fazia parte da linhagem milenar."

Ela demorou um pouco para responder. Olhou para mim como se já soubesse o impacto do que diria.

"Porque ela não tinha mais o sangue azul. Ele passa para a primeira filha, uma mistura do sangue Millenar com o lobo mais forte da geração." Fez uma pausa. "Quando minha mãe morreu… o sangue dela era vermelho."

Travei a respiração.

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