Das histórias de GoodNovel que li, talvez a mais impressionante seja Capturada pelo Alfa Cruel. A história é boa demais, me deixando com muitas expectativas. Atualmente, o mangá foi traduzido para 02. A Loba Rebelde. Vamos agora ler a história Capturada pelo Alfa Cruel do autor GoodNovel aqui.
Stefanos
O cheiro de sangue ainda impregnava o ar. Denso. Ferroso. Familiar.
Eu estava acostumado a ele.
A guerra moldou quem eu sou. Desde jovem, fui treinado para isso, para caçar, para matar, para nunca hesitar. Enquanto outros alfas se preocupavam com política e alianças frágeis, eu me fortalecia no campo de batalha.
Minha alcateia prosperava porque eu a construí com ferro e sangue.
E foi isso que chamou a atenção do Alfa Supremo.
Aos vinte anos, recebi minha primeira ordem direta. Aos vinte e cinco, me tornei seu lobo de confiança. Hoje, aos trinta e oito, sou mais do que apenas um Alfa.
Sou seu executor. Seu cão de briga. O predador que ele solta quando quer que alguém desapareça.
E, até agora, nunca falhei.
A Alcateia Invernal já estava condenada antes mesmo de eu pisar naquele solo. Solon cavou a própria ruína, preso em sua obsessão cega, agarrando-se a rituais ultrapassados e crenças insanas.
Se as investigações estivessem corretas, ele fazia parte de um clã não reconhecido pelo Supremo, uma ramificação clandestina que operava à margem das leis das grandes alcateias.
Mas qual era a real finalidade deles?
Sacrifícios? Poder? Ou havia algo ainda maior acontecendo nas sombras?
Eu apenas acelerei o processo.
Agora, as chamas consumiam o que restava de seu território.
Solon fugiu como o covarde que sempre foi, e as mulheres que ele pretendia sacrificar estavam agora sob minha guarda. Se fossem inúteis, eu mesmo terminaria o serviço.
Mas antes, eu precisava de respostas.
E havia uma loba em especial que chamou minha atenção.
A morena que se chocou em mim.
Ela não se curvou como as outras. Não chorou, não implorou. Manteve a cabeça erguida, mesmo sabendo que estava diante de um destino incerto.
"Não achei que voltaríamos tão rápido."
A voz do motorista quebrou meu pensamentos enquanto o caminhão atravessava a estrada rumo à Alcateia Boreal.
"Nem eu." Cruzei os braços, observando as luzes da cidade se aproximando. "Não houve glória na queda da Alcateia Invernal. Já estava morta antes mesmo de eu pisar lá."
O motorista soltou um riso nasal, mantendo os olhos na estrada. "A obsessão do Alfa foi sua ruína?"
"Ele perdeu antes mesmo de lutar." Meu tom foi indiferente. "Gastou sua força perseguindo um sonho inútil enquanto o verdadeiro inimigo se fortalecia. Se focasse no que importava, talvez tivesse resistido por mais tempo."
A cidade se revelava à nossa frente. Próspera. Imponente. Minha.
Diferente das alcateias decadentes que rastejavam em crenças ultrapassadas, a minha crescia pela força e inteligência. Aqui, não pedíamos bênçãos à Deusa—nós as tomávamos.
O celular vibrou no meu bolso. Peguei-o e deslizei o dedo pela tela, vendo a mensagem piscando.
Revirei os olhos e bloqueei a tela sem responder. O Alfa Supremo queria respostas, mas só receberia quando eu estivesse pronto para entregá-las. Antes, havia algo que eu precisava resolver.
"Essas mulheres vão para a cela de interrogatório também?" O motorista perguntou, indicando a parte de trás do caminhão com um movimento de cabeça.
"Não." Passei os dedos pela barba, sentindo o incômodo crescer dentro de mim. "Vou lidar com essas de outra forma. E eu preciso de respostas."
Os sons abafados da parte traseira do caminhão chegaram até mim. Soluços contidos, respirações irregulares, murmúrios baixos carregados de medo.
Meu maxilar se contraiu. Fraqueza. Eu odiava aquele som.
O veículo reduziu a velocidade antes de parar em frente à mansão. Sem perder tempo, abri a porta e desci, sem ao menos lançar um olhar para trás.
"Levem as lobas para o salão principal."
Os guardas obedeceram sem hesitação. Atravessei o hall principal e empurrei as portas do salão, indo direto para minha cadeira. Assim que me sentei, o mordomo se aproximou, colocando um copo de whisky em minha mão.
Girei o líquido antes de levá-lo aos lábios.
"Que isso acabe logo..." murmurei para mim mesmo, virando o whisky em um único gole. Eu não estava ali por misericórdia ou curiosidade. Aceitei essa tarefa por um único motivo: garantir meu nome como sucessor do Alfa Supremo. Esse era o próximo passo. O único que importava.
As portas se abriram, e os guardas entraram, empurrando as seis mulheres capturadas para o centro do salão. As esposas de Solon.
Observei-as em silêncio. Seis esposas. Um número excessivo, inútil. Para quê? Um Alfa precisava de uma companheira forte, não de um harém de fêmeas frágeis.
Solon as acumulava como se fossem conquistas, troféus exibidos para inflar seu ego. Então por que ele as matava depois?
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