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Nuria
O salão estava em silêncio, mas não era um silêncio vazio. Era sufocante, carregado, um campo de batalha onde as palavras eram lâminas afiadas, e eu sabia que a primeira a vacilar seria a primeira a sangrar.
Stefanos pegou a garrafa no aparador, encheu o copo e virou o líquido em um único gole antes de se servir de mais uma dose. O whisky queimava sua garganta, mas não tanto quanto sua paciência ao lidar comigo.
Então, me olhou.
Havia algo calculado naquele olhar. Ele me estudava não como uma mulher, mas como um enigma que ele queria desmontar peça por peça.
Apoiou-se na mesa, os dedos longos girando o copo lentamente. O whisky refletia a luz branda do salão, mas seus olhos... prateados como lâminas, prontos para cortar no momento certo.
"Vai me dizer seu nome ou quer que eu arranque de você aos poucos?"
Segurei seu olhar sem hesitar.
Não responder era minha única arma agora.
Mas ele não era do tipo que desistia facilmente.
O canto de sua boca puxou um sorriso de leve. "Acha que seu silêncio vai me cansar?" Ele bebeu outro gole, os olhos nunca deixando os meus. "Acredite, posso ser muito paciente quando quero."
"Não vejo por que isso importa para você."
Ele riu, um som rouco e carregado de diversão genuína. "E quem disse que importa? Eu apenas quero ouvir da sua boca."
Mantive a postura firme. "Eu era ninguém antes de Solon. Uma mulher sem nome, sem importância. Exatamente como sou agora."
Mentira.
Mas era o que ele queria ouvir.
Seu olhar percorreu meu rosto. Ele sabia que eu estava mentindo.
"Antes de ser esposa dele, o que você fazia?"
Minha mandíbula travou. As lembranças arderam como brasas dentro de mim. Minha família. Meu passado. A vida que Solon destruiu.
Mas Stefanos não precisava saber.
"Eu trabalhava em uma casa de família." Minha voz saiu firme. "Empregada doméstica."
Uma sobrancelha arqueada. O olhar dele se tornou mais atento.
"Hum. Trabalhando para humanos ou para uma alcateia?"
"Para uma alcateia pequena."
Ele assentiu devagar, girando o copo de whisky entre os dedos.
"Interessante."
Cada vez que ele repetia essa palavra, eu sentia como se estivesse me enforcando com minha própria mentira.
"Então sabe cozinhar?"
Hesitei. Foi rápido, quase imperceptível. Mas nada passava despercebido por ele.
"Sim."
Um sorriso surgiu no canto de seus lábios. "E costurar? Casas pequenas costumam precisar de alguém que faça de tudo."
"Um pouco."
"Hum." Ele inclinou a cabeça, os olhos me analisando com mais intensidade. "Empregadas domésticas costumam ter marcas nas mãos. Pequenos cortes, queimaduras, calos nos dedos."
Minha respiração falhou por um instante.
Por reflexo, estendi minha mão, mas assim que o fiz, percebi meu erro.
Seus olhos baixaram, e vi o momento exato em que ele notou os calos—pequenos, endurecidos nas pontas dos dedos. Exatamente onde um violinista os teria.
O olhar dele brilhou com algo perigoso.
Os dedos de Stefanos deslizaram lentamente pelo dorso da minha palma, subindo pela pele tensa. Não havia cortes, queimaduras ou sinais de trabalho pesado. Apenas os calos estrategicamente posicionados.
Calos de alguém que passava horas segurando um arco, pressionando cordas.
Ele riu baixo. "Interessante."
Eu puxei minha mão de volta antes que ele pudesse segurá-la por mais tempo.
"Delicada demais para quem passou a vida esfregando chão... mas não para outra coisa, não é?"
O sorriso dele era o de um caçador que acabava de farejar sangue.
"Eu cuidava mais da organização do que da cozinha."
"Ah, claro." Ele fingiu consideração, mas eu sabia que ele já havia encontrado a primeira rachadura na minha história.
"Então não precisava cozinhar, só organizar?"
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