Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 110

Islanne Lima

Cheguei em Washington e fui direto procurar o barco em que eu morava, mas para a minha surpresa, ele havia sumido.

Na mesma hora liguei para o meu pai, pois eu não podia acreditar que ele havia perdido o barco também, embora eu não fosse voltar a morar lá, eu venderia para levantar um dinheiro, agora que vou cuidar do meu Andrew sozinha e ainda trabalhar na galeria daqui.

Peguei o celular e comecei a ligar, mas ele não atendia. Reparei duas moças entrando num barco ao lado e estavam rindo de mim. Provavelmente seria por estar com um bebê e duas malas, mais o cobertor dele, e ainda o celular.

— Ei! Você não pode ficar nessa área, aqui é apenas para quem tem barco, se não sair vou pedir para o segurança ajudá-la! — eu não estava a fim de responder, então para não mandar a mulher para o inferno, eu a ignorei.

— Sai daí, mãe solteira! Traiu o Leno e acabou sozinha e sem dinheiro? — ao ouvir a outra falando, me virei depressa.

— Como é? — elas gargalharam.

— Pelo visto, o golpe do baú deu errado! Veja Priscila, voltou apenas com as malas! — eu saí a passos firmes na direção delas, deixei as malas no chão e segui em frente, mas ao ver o Leno chegando e a abraçando eu entendi... ele estava espalhando fofocas sobre mim.

— Você não tem vergonha na cara, Leno? — ele me encarou e logo o vi agarrando a linguaruda, não iria valer a pena discutir com eles.

— Aqui todo o mundo sabe que você deu um golpe naquele cara famoso. Mas, olha... até que me surpreendeu, pensei que era você quem pagava pra ele sair contigo! — Juro que só não bati naqueles dois por que estava com o Andrew, e fiquei com medo de machucá-lo.

— Você é um mentiroso, nojento! Como pode ser tão falso? — Falei com raiva.

Com toda a força que eu tinha, eu empurrei o Leno para trás e me afastei logo em seguida, quando a mocréia o segurou. Pelo visto, ele nunca sentiu nada por mim e estava comigo por algum interesse. Se eu o tivesse deixado vender a casa que era da minha mãe, certamente me roubaria, e ainda bem que desisti do negócio a tempo.

— Sua vadia! — a mocréia falou e veio pra cima de mim, que dei dois passos para trás e acabei tropeçando na minha própria mala.

Me desesperei com o meu filho no colo, e na mesma hora me arrependi de ter empurrado, eu deveria ter ido embora dali. Segurei ele com uma das mãos, e a outra tentei me segurar em algo, e para a minha sorte, alguém me segurou e eu não caí.

Olhei depressa para saber quem era o meu salvador, e era um homem muito bonito, negro e com uma boca linda, aliás.

— Caramba, o que foi isso? Vocês não têm noção? Tem um bebê aqui! — o bonitão parecia chocado e irritado. Me colocou de volta no lugar, e encarou a moça que me empurrou e a mim.

— Obrigada! Você tem razão, eu devo ir embora...

Virei as costas e deixei aquele povo discutindo, pelo visto o bonitão não gostou do que viu, mas abracei o meu filho, peguei as malas, e fui em direção da praia, teria que pedir um carro, já que o meu estava na garagem da casa da minha mãe.

— Ei, espere! — ouvi alguém gritando, então me virei e vi o bonitão correndo na minha direção, e parei onde estava para ver o que ele queria.

— Você é a Islanne, né? Já ouvi falar de você! — o olhei com desgosto, que diabos ele quer agora?

— Olha, se estiver atrás de dinheiro como o Leno sempre vem, eu não tenho! Como pode ver, sou uma mãe solteira, com muitas malas, um bebê, e pouco dinheiro. E, se também não acredita na minha versão, o problema é seu, vá embora! — virei as costas novamente e ele colocou a mão no meu ombro me puxando.

— Calma, eu só quero te ajudar! Não precisa se preocupar... — O olhei desanimada.

— O que quer?

— Avisar que o seu barco está na ilha, ouvi falar que o seu pai está morando lá.

— Na ilha? Mas, como?

— Eu não sei, só estou repetindo o que eu ouvi, e como o Leno me pediu que avisasse, eu avisei.

— O Leno?

— Não o leve a sério, ele só quer dinheiro, nem sei porque me mandou te avisar.

— Obrigada.

— A propósito, eu me chamo Gregory! Precisa de ajuda? Ou alguma carona? — olhou para os meus braços cheios com malas e o Andrew.

— Não. Eu vou pedir um carro de aplicativo, não se preocupe! — peguei o celular na mesma hora, deixei as malas no chão e comecei a procurar um carro, mas por muito azar a minha bateria acabou e fiquei frustrada. — Droga!

— Olha, eu sei que não nos conhecemos numa boa hora, mas você está com um bebê, e com malas, posso te levar em casa sem problemas! Sou formado em direito, tenho boa índole.

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