Casada por acidente com o CEO romance Capítulo 111

Louis Davis

Eu não sei ao certo por quanto tempo fiquei naquela cadeira. Fiquei olhando por um tempo o agito do hospital e a cada minuto mais pessoas se juntavam com o Matthew e a família deles.

Eu me mantive afastado, até por que no momento eu não era mais nada dela além de um amigo, e também sou um homem casado. Olhei para a tela do meu celular e um leve sorriso brotou quando vi a foto da Islanne e do Andrew na imagem, pelo menos eu ainda tenho uma família que me ama em casa.

Entrei na agenda para ligar para ela, por que eu precisava dela ali comigo, e estranhei tantas ligações dela, perdidas... eu havia deixado no silencioso e nem percebi.

Vi que tinha mensagens, e me apavorei quando li que o Andrew ficou doente. Me levantei de onde eu estava no mesmo instante, indo para o local que ela avisou que estava, mas parei no meio do percurso, quando vi que já fazia três horas que ela havia me enviado, certamente não estava mais ali.

Avisei o Matthew que voltaria depois para o velório, e fui apressado para o meu carro enquanto ligava pra ela, mas estava desligado.

Liguei para a minha casa, e estranhei quando a babá atendeu com uma voz aflita:

— Casa da família Davis...

— Jennifer, cadê a minha mulher?

— AI SENHOR LOUIS, AINDA BEM QUE LIGOU! — me apavorei quando ouvi o choro dela na linha, o meu coração estava saindo pela boca.

— Jennifer pelo amor de Deus, o que aconteceu com eles? — acelerei o carro, e comecei a dirigir feito louco.

— Aí a senhora Islanne me agrediu! E, aquela Edineide também, estou toda machucada, e deveria ter ido denunciar, mas tive pena do senhor!

— Como assim? Do que está falando?

— Ela o abandonou, senhor! Veio com uma história que o senhor e eu estávamos de caso, e me bateu e ainda deixou o senhor! Quer que eu o espere chegar antes de ir para a delegacia? Tenho pena do senhor com uma mulher dessas...

— Chame a Edineide agora mesmo!

— Não posso, senhor! Estou do lado de fora, a Edineide me botou pra correr, é que fiquei com o telefone sem fio no bolso do avental! — olhei e ainda faltavam uns oito semáforos até chegar na minha casa, e eu não estava entendendo nada.

— Eu já estou chegando! Me espere aí! — desliguei apavorado, acho que nunca dirigi tão rápido na vida.

Quando cheguei, a babá realmente estava do lado de fora e parei o carro atravessado na frente do portão.

— Caramba, o que aconteceu? — ela estava com a roupa rasgada e tinha um corte com faca no braço, o seu cabelo bem bagunçado e o rosto cheio de marcas de socos e tapas.

— Senhor Louis o senhor é um homem tão bom! — a babá me agarrou, e estranhei o seu posicionamento, e a empurrei.

— Se afaste, Jennifer! Eu só quero saber o que aconteceu, cadê a Islanne?

— Ela o deixou, eu já disse! Ela não o merece, você viu as mensagens que enviei? Ela sai com todos os alunos, e ainda me ameaça...

— SUA VADIA DE QUINTA! EU SABIA QUE EU NÃO ESTAVA LOUCA E ERA ESSA TUA VOZ DE TAQUARA RACHADA QUE EU ESTAVA OUVINDO!— Edineide surgiu do nada, e arrancou a babá pelos cabelos de perto de mim.

— Edineide, pare! Não pode agredir as pessoas assim, sem motivos... — tentei separá-las, porque pelo olhar da Edineide ela faria um estrago.

— Sem motivos? — gargalhou. — Pois ela que me processe, vou fazer questão de tirar uma selfie no dia, porque vou deixar a carinha dela perfeita! — Edineide socou o rosto da babá, e precisei separar, ela a mataria facilmente.

— É bem a tua cara bater e estragar rostos, mesmo! — a babá resmungou, e não entendi, mas eu só queria saber o que estava acontecendo.

— Edineide, o que aconteceu? — questionei.

— Essa daí é uma mentirosa! A Lanne deu um pau nela porque estava negligenciando o bebê, nem a mamadeira deu pra criança, o médico deixou bem claro, isso!

— Isso é mentira, Louis! Eu cuidava bem do Andrew! A Islanne é louca, junto com essa daí!

— Edineide cadê a Islanne? — aquela mulher me olhou furiosa, e vi que tinha mais bomba.

— Eu falei pra ela que iria arrancar as tuas gadeias, mas o meu chinelo é mais eficiente! — não acreditei quando a Edineide veio pra cima de mim com aquele chinelo, e agora eu não estava entendendo mais nada.

— O que foi que eu fiz? Aí, Edineide! Pare! — ela deu uma breve pausa, mas foi apenas para gritar com a babá:

— VAI EMBORA SUA BRUXA, MENTIROSA! SOME, QUE AGORA A MINHA CONVERSA É COM ESSE AQUI! — ela foi me empurrando pra dentro do portão pequeno e nem o carro pude tirar de lá.

— Edineide, você enlouqueceu? — ela me bateu com aquele chinelo, e eu tentava fugir, mas, no fundo, eu sabia que algo eu havia feito para ela me tratar daquele jeito, Edineide é justa.

— Você é um banana, assumido! Eu tô aqui morrendo de raiva, eu vou acabar com você! Não é de hoje que tô passando raiva com a Islanne, e acho bem feito que ela tenha te dado um pé na bunda. Eu no lugar dela, colocava um explosivo dentro das tuas calças! — segurei a mão dela com o chinelo e parei tudo.

— Então é verdade? Ela foi embora? Levou o Andrew?

— É, sua mula! Demorou pra ela fazer isso, você simplesmente deixa ela de lado pra tudo! Escritório chama, esquece a Lanne, cliente chama, esquece a Lanne, se Malu chama, então... nossa, você desaparece! Sabe quantas horas ela passou se arrumando pra sair com você? Não sabe, né? Não sabe porque nem observa! Sabe quantas horas ela passou te procurando nos últimos meses? Nem eu sei, porque a coitada vivia te esperando, te procurando... e pra quê?

— Edineide, eu não fiz de propósito... ela foi embora? — perguntei de novo, pois não estava acreditando.

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